segunda-feira, 6 de abril de 2015

O MAR


O MAR
(Por Sérgio Mafra)

Remonta à Idade Média a relação de medo e fascínio do homem com o mar. Naquela época, o homem era essencialmente terrestre e, apesar de haver certo fluxo comercial fluvial, e até marítimo, o homem médio tinha muito receio do mar com sua vastidão, infinita aos olhos. O que percebemos, desse período, é a formação de colônias de pescadores convergindo homens que tinham sua vida voltada para o mar, separadas das colônias de camponeses, com homens que viviam da terra. Durante muito tempo, os conhecimentos da pesca, navegação etc. ficaram distantes do homem em geral, em virtude dessa distância mantida das águas profundas e indomáveis.

Hoje muita coisa mudou nessa relação, mas o mar não deixa de continuar exercendo fascínio e assombração com suas ondas fortes e intensas num volume sem fim. Mesmo com toda a tecnologia disponível, uma coisa me chama a atenção: a nossa incapacidade; a de controlar a subida da maré, por exemplo. Você já observou como esse evento acontece? Lentamente, minuto após minuto, as águas vão subindo num crescente volume, e uma bela praia, em instantes, deixa de existir, submersa em águas profundas. O fenômeno se repete e, vez após vez, a bela praia disputada num dia de verão some ao cair da tarde.

Também o mar, com esse fenômeno tão cotidiano nos faz lembrar das maravilhas de um Deus criador. As ondas vêm e vão, o mar pode até nos submergir em alguns momentos, mas Deus nos faz permanecer firmes. Meu amigo, não se esqueça, durante esta semana, de que, esteja sua vida como uma bela praia num dia de verão ou submersa em águas profundas e aparentemente sem fim, Deus está com você. Em meio às alegrias, mas também enfrentando as lutas e dificuldades, Ele não o abandona. As águas podem parecer acabar com tudo, mas uma grande alegria, para mim, é voltar no dia seguinte, vislumbrar e desfrutar a bela praia que novamente apareceu após uma longa noite submersa.

3 comentários:

  1. Amei o tema!
    O mar. Medo e fascínio. A maré. Alta. Baixa. Ondas que vêm e às vezes tomam a areia e vão até a calçada. Engolindo tudo. Depois que a agitação passa, volta a sutileza do mar e a beleza da praia...
    Pensar que Deus está comigo durante os momentos em que encaro o mar agitado da minha vida me dá uma espécie de paz e confiança que não posso encontrar em outro lugar nem em outra pessoa. Isso é muito bom!!

    ResponderExcluir
  2. É, realmente, reconfortante ter a certeza que, a despeito das marés da vida, temos um companheiro constante que nos ajuda nas horas difíceis e celebra conosco nas horas alegres.

    ResponderExcluir
  3. Toda vez que olho para o mar, eu lembro de uma frase do meu amigo. "Estou esperando a próxima onda".Sempre penso, que toda esta agitação, a maré alta, podem nos trazer coisas boas.
    Que a próxima onda então, venha cheia de benções.
    Abraço, amigão!

    ResponderExcluir

O que você acha?