quarta-feira, 31 de outubro de 2018

LEVEZA


LEVEZA
João Octávio Barbosa – Bangu – RJ

A palavra do dia é LEVEZA.

Muito já se falou sobre a leveza. Vou citar aqui algumas frases famosas sobre esse tema:
“As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.”
“Procuramos sempre o peso das responsabilidades, quando o que na verdade almejamos é a leveza da liberdade.”
“Da vida só devemos querer leveza, sorrisos e encantos que jamais morarão no que passou.”
“Só quem possui a força de uma amizade consegue levar a vida com leveza.”
“A vida é contínua como uma breve viagem, afinal, ela é curta; então guarde só os sorrisos, deixe os pesos para trás, leve só o necessário, seja leve.”

A leveza é um termo que nos traz paz, pois soa como algo fácil e agradável, não é mesmo? Mas para mim a leveza é mais que uma palavra. Eu penso que leveza é Deus. Não UM deus. O Deus. O meu Deus. Possivelmente, aquele que você também conhece como Deus, mesmo que não o considere assim. O Deus da Bíblia. E nesse livro, a Bíblia, que Deus chama de “sua palavra”, vemos o seguinte sobre a nossa palavra de hoje, leveza, pelo contexto:

Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas.”

Eu destaquei a palavra “pombas” porque todos conhecemos aquela expressão que diz “leve como uma pomba”. Esse animal representa a leveza, e Jesus pede que sejamos como esse animal, ou seja, ele quer nos proporcionar a leveza. Você aceita?

Deus é muitas coisas, entre elas é a leveza. Sem Deus não há leveza, pois ele mesmo sendo Todo-Poderoso é capaz de nos tocar pessoalmente de forma gentil. Se tudo que você quer é leveza no seu dia hoje, ponha Deus nele agora!

Hoje é dia de leveza.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

COISAS QUE EU PRECISO LEMBRAR – Parte 2


COISAS QUE EU PRECISO LEMBRAR – Parte 2
Airton de Sousa - Direto de Paciência – Rio de Janeiro

Sempre que leio a história da “ovelha perdida”, eu me lembro das coisas que eu preciso lembrar. Aqui em Lucas 15 Jesus conta a história de um pastor de ovelhas que certa noite, ao fazer a contagem, descobriu que estava faltando uma. Eram cem ovelhas. Só tinha 99. Então deixando as 99 no aprisco sai à procura da ovelha que estava perdida, até achá-la.

A ovelha se perdeu porque quis. Um dia, olhando pela janela, descobriu que a grama do vizinho era mais verde e se debandou para o outro lado em busca de outros campos, outros gramados, outros rochedos. Quando chega a noite e o frio, sem ter para onde ir, é que se sente realmente perdida e se angustia.

Pense. Ela sabe que está perdida. Ela sabe o caminho de volta, mas não consegue voltar.

"Enquanto o sol brilha, ela não se sente perdida. Pelo contrário, ela até desfruta da sua liberdade, correndo de um lado para o outro. Mas quando o sol começa a se esconder, as nuvens negras a chegar e as trevas começam a envolver a Terra, então, a ovelhinha, começa a sentir medo e percebe que está perdida. A louca corrida pelos campos verdejantes agora não a satisfaz mais. Ela precisa do calor do seu pastor. Sente que está perdida e tenta encontrar o caminho de volta. Experimenta uma trilha e se machuca. Então, experimenta outra e bate a cabecinha...". [i] 

Foi o cantor Cazuza quem disse uma vez: “Os marginais estão mais perto de Deus. Toda ovelha desgarrada ama mais, odeia mais, reza mais, sente tudo mais intensamente...[ii]

Pense em pessoas intensas, ou melhor, pense numa ovelha perdida que ora e clama intensamente e imagine o que o Bom Pastor não faz por essa ovelha tão intensa! O resto do rebanho sabe que uma ovelha se perdeu, mas não sabe dos fardos, das dores, das culpas, e por isso não se importa.

A história começa a ter um final feliz quando o pastor das ovelhas sai ao seu encontro... ”Escala as montanhas, derruba as muralhas, destrói as mentiras só para me encontrar”.

Semana passada, dia 27 eu comemorei o meu aniversário. Eu estou muito feliz por ter sobrevivido e por ter sido achado pelo meu Salvador. Eu nunca vou me esquecer daquele encontro. Foi meu dia feliz!

“Oh! Impressionante amor, infinito e ousado amor de Deus!”


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Fontes/Referências:

[iAlejandro Bullón - Sermões Online: 
acessado em 02.03.2015

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

AMOR INCONDICIONAL


AMOR INCONDICIONAL
Denize Vicente – Rio de Janeiro – RJ

Sempre fui uma apaixonada pelo Rubem Alves e já falei isso aqui uma dezena de vezes... Repito: muito me encantam sua inteligência, sua habilidade com as palavras, a analogia com as histórias da Bíblia, as metáforas, sua capacidade de nos envolver em suas conversas, o tom intimista de seus ensinamentos, a clareza das ideias, a beleza da pessoa, sua lucidez...


Hoje vou trazer um texto dele. Esse mesmo texto eu publiquei aqui neste mesmo blog em agosto do ano passado. E agora, relendo, apesar de ter sido escrito originalmente em 2002, eu me emocionei de novo e pensei mais uma vez em como podemos nos afastar de um amor tão lindo como o de Deus. É um texto social e afetivo, que nos leva a pensar no hoje e no amanhã, sem esquecer o passado.

Como diz a letra daquela música linda:

“É doce relembrar que muito tempo atrás
Jesus deixou Seu lar no Céu por nós.
Enquanto aqui andou pregou o amor e a paz
Prometeu jamais deixar Seu povo a sós...”

Na Bíblia, como disse Rubem Alves, o povo e Deus vivem andando em direções opostas, mas Ele continua nos amando. Amando e amando. Isso é simplesmente “amor incondicional”.


Rubem Alves – in Quarto de badulaques (VII) 
 - O povo unido jamais será vencido: é disso que eu tenho medo. Com a democracia o “povo“ expulsou Deus da ordem política: Vox populi, vox Dei – a voz do povo é voz de Deus. Não sei se foi bom negócio porque o fato é que a vontade do povo é de uma imensa mediocridade. Na Bíblia o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés se distraísse, no alto de uma montanha, para que o povo, na planície, se entregasse a um carnaval idólatra desenfreado. Voltando das alturas e vendo aquela farra Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas onde os 10 mandamentos estavam escritos. E há a linda estória do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras idéias. No fundo, era uma prostituta. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou... Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos... E que foi que ele viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: “Agora você será sempre minha, para sempre...“ Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus. Deus era assim, como ele. Amava um povo de todo o seu coração. Mas o povo que ele amava era uma prostituta. E a amava como prostituta, prostituta mesmo e não prostituta arrependida que virou santa de mãos postas e olhos revirados para o céu. Que Deus ama o povo-prostituta é fato. Mas que esse povo-prostituta seja digno de confiança está errado. Veja o caso dos profetas: foram homens solitários. O povo não gostava deles. Em nada se pareciam com esses padres e pregadores que agitam as massas, fazem reuniões espetaculares para milhares de pessoas e têm programas de televisão. Quem fazia isso eram os falsos profetas. O povo sempre segue os falsos profetas porque o povo gosta de mentiras. As mentiras são doces. A verdade é amarga. Os políticos romanos sabiam que é fácil enrolar o povo. Basta dar-lhe pão e circo. O povo se vende a preço barato. No tempo dos romanos o circo era os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava do sangue e dos gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O espetáculo cristão era diferente, mais perfumado: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. Para a edificação da fé. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos. Aconselho a leitura do livro de Noah Gordon O último judeu. Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, escreveu um livro fascinante com o título Homem moral e sociedade imoral. Ele chama a nossa atenção para o fato de que os indivíduos, quando isolados, são seres morais. Eles são “perturbados“ pela voz da consciência que lhes diz: “Isso não deve ser feito“ ou “Isso deve ser feito“. Sentem-se “responsáveis“ por aquilo que fazem. Mas quando eles passam a pertencer a um grupo, a consciência individual é silenciada pelas emoções coletivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes de linchar um indivíduo. Ou de pôr fogo num índio adormecido. Ou de matar friamente um homem sequestrado indefeso. Ou de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Precisei fazer força para ler o livro do Saramago Ensaio sobre a cegueira. Fracassei na primeira tentativa. O livro me revolveu as vísceras. Foi demais. Não aguentei. Um ano depois eu retomei a leitura, aguentei o horror e fui até o fim. Saramago descreve uma cidade onde todos ficam cegos. Ficando todos cegos, os indivíduos perdem a sua condição de seres morais. E o que acontece é inimaginável. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Meu amigo Lisâneas Maciel, no meio de uma campanha eleitoral, me dizia que estava difícil porque o outro candidato a deputado estava comprando votos a troco de franguinhos da Sadia. E a democracia se faz com os votos do povo. Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Na verdade, quem decide as eleições são os produtores de imagens. Os partidos tratam de comprar, a preço de ouro, os melhores produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o melhor produtor de imagens... O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos, isto é, aqueles que, em meio à irracionalidade coletiva, continuam a pensar. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham. Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo... Durante a Revolução Cultural na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar. O povo alemão amava o Führer. O Führer também amava o povo alemão. O Nazismo era um governo para o povo. Tanto assim que ele fez criar, para o povo alemão, o mais famoso de todos os automóveis: o Volkswagen. Volk, em alemão, quer dizer “povo“... O povo unido jamais será vencido! Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos... Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio, não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol (tive a desgraça de viajar por duas vezes, de avião, com um time de futebol...). Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos a repetir slogans, à semelhança do que aconteceu na China. De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Quando isso acontece, surge a esperança. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: Caminhando e cantando e seguindo a canção...

A propósito, vou lhe desejar um sábado FELIZ, cheio de amor, e vou deixar uma canção de esperança pra você: 




A esperança e o amor de Jesus são essenciais.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

TRANQUILIDADE


TRANQUILIDADE
João Octávio Barbosa – Bangu – RJ

A palavra do dia é TRANQUILIDADE.
Muito já se falou sobre a tranquilidade. Vou citar aqui algumas frases famosas sobre esse tema:
“Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade.”
“Não é a riqueza nem a pompa, mas a tranquilidade e a ocupação que dão felicidade.”
“Quanto não ganha em tranquilidade quem não se preocupa com o que o vizinho diz, faz ou pensa, mas apenas com os seus próprios atos.”
“Ausência de desejos traz tranquilidade.”
“Se a tranquilidade da água permite refletir as coisas, o que não poderá a tranquilidade do espírito?”

A tranquilidade é algo que parece cada vez mais distante do mundo atual, com o tempo sempre corrido, os problemas mais urgentes. Onde podemos encontrar a calma, a paz, a tranquilidade?

Eu acredito que tranquilidade é mais do que uma palavra. Eu penso que tranquilidade é Deus. Não UM deus. O Deus. O meu Deus. Possivelmente, aquele que você também conhece como Deus, mesmo que não o considere assim. O Deus da Bíblia. E nesse livro, a Bíblia, que Deus chama de “sua palavra”, vemos o seguinte sobre a nossa palavra de hoje, tranquilidade, através do contexto:

“E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?”

Reparem no seguinte: nessa história, Deus procurou um de seus profetas para conversar. Houve fogo, terremoto, coisas grandiosas, mas Deus apareceu mesmo foi numa tranquila voz, mansa e delicada.

Deus é muitas coisas, entre elas é a tranquilidade. Sem Deus não há tranquilidade, pois em seu imenso poder e sabedoria, ele nos acalma. Se tudo que você quer é ter um dia tranquilo hoje, ponha Deus nele agora!

Hoje é dia de tranquilidade.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

COISAS QUE EU PRECISO LEMBRAR – Parte 1


COISAS QUE EU PRECISO LEMBRAR – Parte 1
Airton Sousa – Rio de Janeiro - RJ

Todos os dias, antes de sair de casa, tenho a oportunidade de ler a Bíblia e orar. Se eu não faço o que a Bíblia me ensina ou se não concordo ou não entendo, Deus não me chama de imbecil nem de burro. Na verdade, Ele me chama de “filho” e na outra página me explica o que não entendi na página anterior.

Todas as manhãs eu entro num trem que conduz centenas de passageiros até a Central do Brasil. Geralmente vou em pé, encostado na minha porta preferida, olhando a paisagem pelo vidro, enquanto leio um livro ou ouço algo no meu fone de ouvido adquirido nesse mesmo trem, onde também se vendem pares de meias, doces e salgados, entre outras coisas. Eu fico chateado por ter que vir em pé na maioria das vezes, pois o trem sempre chega com todos os lugares ocupados, mas eu também fico triste quando alguém me oferece lugar. Eu penso “por que eles estão me oferecendo lugar? ”. Eu esqueço que envelheci... mas uma coisa me diz que eu preciso lembrar sempre que envelheci e não sou mais um garotinho de 25 anos... Eu me lembro da história de John. Você conhece a história?

John havia servido no mar, como marinheiro da Marinha Real da Inglaterra. Aos vinte e poucos anos partiu para a África, onde se sentiu fascinado com o lucrativo comércio de escravos e passou a ganhar a vida a bordo do Greyhound, um transatlântico navio negreiro.

John não era cristão. Ele ridicularizava o Evangelho e a Bíblia, andava em más companhias, zombava dos religiosos e duvidava da existência de Deus.

Mas teve uma noite em que houve uma grande tempestade. John acordou e sua cabine estava cheia de água; uma parte do seu navio estava danificada. Ele trabalhou a noite inteira bombeando água. Ele e os outros marinheiros lutaram para evitar que o navio afundasse, mas ele sabia que estava perdendo a batalha. Finalmente, depois que suas esperanças foram minguando, açoitadas pela tempestade, ele se atirou de joelhos no convés alagado e suplicou: “Senhor, tem piedade de todos nós!”.

Ali, naquele momento, ele recebeu a piedade que não merecia. O Greyhound e sua tripulação sobreviveram.

John nunca se esqueceu da misericórdia de Deus. Ele voltou para a Inglaterra onde se tornou um grande compositor de música. Estou falando de John Newton e você já cantou alguns dos hinos que ele escreveu. “Amazing Grace” é o seu mais famoso.


Durante quase 50 anos ele subiu aos púlpitos e encheu igrejas, contando a história do Salvador que vem ao nosso encontro em meio à tempestade.

Um ou dois anos antes de sua morte ele não enxergava mais, e estava perdendo a memória, mas não quis parar. Não podia parar.

Ele confessou que suas forças estavam acabando:
- A memória eu praticamente perdi, mas me lembro de duas coisas: eu sou um grande pecador e Jesus é um grande salvador.
  
Comecei falando do tempo e das coisas que faço diariamente. Hoje são 23, faltam alguns dias para o meu aniversário... Os dias passaram rápido demais. Algumas coisas ficaram para depois, outras ficaram esquecidas, mas o importante mesmo é que eu tenho um grande salvador.

Do que mais preciso me lembrar?
                                                                           
Graça maravilhosa (Amazing Grace)
Preciosa a graça de Jesus,
Que um dia me salvou.
Perdido andei, sem ver a luz,
Mas Cristo me encontrou.
A graça, então, meu coração
Do medo libertou.
Oh, quão preciosa salvação
A graça me ofertou!
Promessas deu-me o salvador
E nele eu posso crer
É meu refúgio e protetor
Em todo o meu viver.
Perigos mil atravessei
E a graça me valeu
Eu são e salvo agora irei
Ao santo lar do céu.

sábado, 20 de outubro de 2018

HOJE NÃO...

HOJE NÃO...
Eduardo Santos - Sankt Peter am Hart, Bogenhofen, Áustria

Há alguns meses, eu conversava com uma colega sobre a mania dos vizinhos dela de sempre puxarem assunto ao vê-la passar e sobre como nem sempre ela estava disposta a corresponder. Confesso que tentei controlar meu sarcasmo, mas ele foi mais forte e propus que ela fizesse uma daquelas camisetas personalizadas com a frase “Hoje não!”. Ironicamente, ela gostou da ideia; só não sei se chegou a pôr em prática...


Tempos depois, mais especificamente ontem, dia 06 de outubro de 2018, eu ouvia uma mensagem que falava sobre os momentos finais da vida de Jesus Cristo e de como Ele foi traído por um de seus melhores amigos. Talvez seu primeiro palpite tenha sido... Judas; mas devo lhe dizer que a mensagem falava sobre Pedro.

Eu tinha o costume de considerar o ato de Judas como traição; não o de Pedro. Só que pensando um pouco mais a fundo, naquele momento, pelo menos, Pedro agiu como um daqueles amigos que estão por perto nos bons instantes, mas que, quando a coisa aperta, desaparecem. 

“Eu não sei nem quem é esse homem de quem vocês estão falando.”

Nunca me pus a pensar profundamente sobre os motivos que Pedro teve para negar a Cristo, talvez também seja esse o seu caso. E apesar de parecer um detalhe supérfluo, pode ser isso o que define o destino da trajetória do cristão. 

Proponho que comecemos com o fim. Em Mateus 26:58, o autor do evangelho retrata Pedro seguindo Cristo à distância, momentos antes de negar conhecê-lo. Se voltarmos um pouco nos versos do mesmo capítulo, versos 31-35, Mateus conta que Pedro foi avisado e que negou com veemência a possibilidade de abandonar seu Mestre. No verso 41,  Cristo pronuncia certas palavras que parecem responder à reação de Pedro no verso 35. Em outras palavras, Jesus diz aos Seus discípulos: “Sei que existe um grande desejo de permanecerem firmes, mas estão buscando forças da fonte errada.” (tradução livre). 

Pensando no ocorrido, é inevitável não se perguntar se a mera distância física teria sido suficiente pra tamanho tropeço, e eu creio que não. Olhando por outro ponto de vista, se adiantarmos a leitura pra João 15:5, enxergaremos que, mais do que fisicamente, podemos estar espiritualmente distantes da videira e que, sendo assim, nada poderemos fazer. 

A reflexão que fica pra nós hoje é esta: até que ponto Pedro não deixou que o choque entre sua idealização do Messias e a realidade do Messias o distanciasse dEle? Até que ponto a sujeição servil que Cristo apresentou ao pagar os impostos cobrados não o chocaram? Até que ponto a recusa da instauração de um reino revoltoso não abalou a fé do pescador de Betsaida? Até que ponto a recusa de proteção no jardim do Getsêmani não o fez questionar sua fé?

Mais do que criticar as escolhas que Pedro fez durante sua vida aqui na Terra, a intenção do texto de hoje é nos levar a pensar até que ponto as nossas frustrações e decepções desta vida nos afastam lentamente do Salvador, até o momento que dizemos: “Hoje não, Senhor... Hoje, eu não tenho tempo pra passar contigo. Hoje eu não estou disposto a estar na Sua presença. Hoje, eu quero as coisas do meu jeito!”.


O apelo continua sendo o mesmo para nós hoje: “Sim, eu sou a videira; vocês são os ramos. Todo aquele que permanecer em mim, e eu nele, esse produzirá muito fruto. Porque separados de mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5).


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

“DESIDERATA” – AS COISAS QUE SE DESEJAM



“DESIDERATA” – AS COISAS QUE SE DESEJAM
Denize Vicente – Rio de Janeiro – RJ

Diz-se que o texto abaixo foi encontrado em uma igreja, em 1650; outros atribuem o texto a Max Ehrmann, datado de 1927; há quem diga que se trata de um manuscrito encontrado numa igreja em Boston por volta de 1644 - quem sabe a mesma igreja em que dizem foi achado por volta de 1650; e existem, ainda, os que afirmam ter sido encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692. O texto é repassado, ano após ano, naturalmente com algumas variações, e talvez nunca se saiba a sua verdadeira origem, o nome do autor. Talvez não se saiba o seu nome, mas ninguém duvida da inspiração.

Se quem conta um conto aumenta um ponto, eu me dei o privilégio de “adaptar” a obra, trocando uns pontos. Ou melhor, umas poucas palavras, para que a mensagem tivesse mais a minha cara. Você vai perceber.


Boa sexta!
Bom dia!
Boa vida!

E PAZ. Muita PAZ!

DESIDERATA

Siga tranquilamente, entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível, sem se humilhar desestimar, mantenha boas relações com as pessoas.
Fale a sua verdade mansa e claramente e ouça os outros, mesmo os insensatos e ignorantes, pois eles têm também sua própria história.
Evite as pessoas escandalosas e agressivas; elas afligem o nosso espírito.
Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois sempre haverá alguém superior de maior excelência e alguém inferior em desvantagem em relação a você.
Mas você é filho do Universo de Deus, parte do Universo, irmão das estrelas e árvores.
Você merece estar aqui está aqui porque isso foi planejado! E mesmo sem você perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino papel.
Desfrute de suas realizações, bem como de seus planos.
Mantenha-se interessado em sua carreira, ainda que humilde modesta, pois ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo.
Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcias; mas não se torne um cético, porque a virtude pureza sempre existirá.
Muita gente luta por altos ideais, e em toda a parte a vida está cheia de heroísmos; seja você mesmo. Principalmente, não simule afeição, nem seja descrente do amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva o firmamento.
Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os arroubos inovadores da juventude.
Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão.
A despeito de uma disciplina mais rigorosa, seja gentil para consigo mesmo.
Esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba. E quaisquer que sejam os seus problemas, trabalhos e aspirações, na fatigante confusão da vida, mantenha-se em paz com sua alma consciência.
Apesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos, o mundo ainda é bonito.
Seja prudente! Faça tudo para ser feliz!

Se você ainda duvida de que o melhor caminho para a felicidade é o da paz e da sensatez, leia os versos deste poema de Davi: “Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” Salmos 34:12-14.



quarta-feira, 17 de outubro de 2018

INTELIGÊNCIA


INTELIGÊNCIA
João Octávio Barbosa – Bangu – RJ

A palavra do dia é INTELIGÊNCIA.
Muito já se falou sobre a inteligência. Vou citar aqui algumas frases famosas sobre esse tema:
“Agir, eis a inteligência verdadeira.”
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência.”
“Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.”
“A inteligência é a insolência educada.”
“A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver.”

A inteligência não é um atributo apenas para os mais letrados. Pessoas sem uma educação formal às vezes são muito inteligentes, sábias em seus pensamentos. Mas como isso é possível?

Eu acredito que inteligência é mais que uma palavra. Eu penso que inteligência é algo de Deus. Não UM deus. O Deus. O meu Deus. Possivelmente, aquele que você também conhece como Deus, mesmo que não o considere assim. O Deus da Bíblia. E nesse livro, a Bíblia, que Deus chama de “sua palavra”, vemos o seguinte sobre a nossa palavra de hoje, inteligência, com a variação de “sabedoria”:

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;”

Reparem: Paulo pede que os cristãos recebam de Deus o “Espírito de Sabedoria”, ou seja, a inteligência vem do Senhor. Deus é muitas coisas, entre elas é a inteligência. Sem Deus não há inteligência, basta ver o mundo natural ao redor, a obra prima dele. Se você acredita que precisa de um dia cheio de inteligência hoje, ponha Deus nele agora!

Hoje é dia de inteligência.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

A GRANDE PROMESSA

A GRANDE PROMESSA 
Airton Sousa - Direto de Botafogo - Rio de Janeiro

Já contei aqui do imenso privilégio que tenho de contemplar uma das mais lindas paisagens do mundo, direto da janela do meu trabalho. Sim, eu trabalho na Praia de Botafogo, de frente para o mar. E todos os dias eu paro um pouquinho e fico observando este maravilhoso espetáculo que a natureza oferece a cada dia. Mas, sabe, nem sempre é assim.

Uma tarde dessas eu estava muito concentrado no meu trabalho, quando eu alguém gritou para mim:
- Amigão vem ver o que você está perdendo.

Quando saí da minha sala reparei que todos os funcionários estavam na varanda do prédio filmando e fotografando.
O que será que esse povo tanto fotografa? - pensei.
Havia chovido durante todo o dia, e no finalzinho da tarde fomos brindados com um espetáculo!
O arco-íris!
Veja bem, não é um quadro, nem uma pintura. Isto é real e estava bem ao meu alcance. É de verdade mesmo!


Enquanto todos tentavam explicar sua existência, e faziam os comentários mais diversos sobre esse fenômeno. Eu me lembrava da promessa de Deus. Eu me lembrei do dilúvio.

Logo depois, quando aquelas chuvas cessaram, Deus fez um pacto com a humanidade e prometeu que nunca mais destruiria o mundo daquela maneira. Esse pacto foi representado pelo arco-íris.

"Porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a Terra".
Gênesis 9:13

E até os dias de hoje essa aliança ainda é representada pelo arco-íris.
O arco-íris me lembra da bondade e do cuidado de Deus.

Algumas vezes os nossos problemas são tantos, as nuvens escuras e as tempestades... Nossos medos nos afastam de Deus. É o fim, pensamos. E nos esquecemos do cuidado do nosso Pai do Céu.

A aliança é um reflexo da bondade de Deus. Ele se preocupa tanto conosco, que para nos deixar tranquilos ainda aceita confirmar essa preocupação enviando o arco­‑íris.

Cada vez que você contemplar um arco-íris no céu e ficar extasiado como eu e os meus colegas ficamos, tenha certeza de que Deus o ama muito profundamente e lhe oferece a salvação todos os dias, mesmo que às vezes você nem se lembre disso.

Primeiro a chuva, depois o arco íris.  É... acostume-se; a ordem é essa.

Que grande espetáculo!