terça-feira, 2 de outubro de 2018

O SONHADOR





O SONHADOR 
Airton Sousa – Direto de Paciência – Rio de Janeiro - RJ

Estou lendo um livro sobre a vida de José do Egito, “Aí vem o sonhador”, e só digo uma coisa: todo mundo deveria ler esse livro. Um amigo do trabalho foi quem me indicou e nestas manhãs e noites em que viajo de trem de Paciência até Botafogo e de Botafogo até Paciência, estou desfrutando dessa leitura fantástica. É uma das mais marcantes histórias da Bíblia. O relato está em Gênesis 41.1-57.

José era o 11º filho de Jacó, mas se tornou o seu preferido por ser o primeiro filho dele com Raquel. Havia uma rivalidade com os irmãos mais velhos. Um dia, esses irmãos tramaram sua morte, mas desistiram e resolveram vendê-lo a um mercador de escravos ismaelita, com quem cruzaram no caminho. Para Jacó, levaram a túnica de José manchada de sangue, e falaram que ele havia sido morto por um animal. Triste pelo acontecimento, Jacó lamentou profundamente a perda de seu filho.

No Egito, foi vendido para Potifar, que era oficial e capitão da guarda do rei. Novamente, com esforço e dedicação, tornou-se administrador da casa e dos demais escravos de Potifar, e aprendeu o idioma egípcio. Porém, a esposa de Potifar desejou seduzi-lo, e diante da recusa de José ela passou a acusá-lo de tentativa de abuso, o que fez com que o rapaz fosse preso.

Enquanto esteve detido na prisão José se relacionava com os demais presos, e fez fama de intérprete de sonhos, ao mostrar o significado dos sonhos de dois prisioneiros: o copeiro chefe e o padeiro chefe do palácio real, que estavam presos sob acusação de conspiração contra o rei.

Em determinado momento da história, o Faraó teve um sonho em que sete vacas magras comiam sete vacas gordas e permaneciam magras. Incomodado com o sonho, o Faraó convocou todos os sacerdotes do Egito, porém nenhum deles soube interpretar seu sonho. O copeiro chefe do palácio real, que havia sido perdoado pelo Faraó, lembrou-se das interpretações de José a respeito dos sonhos. E contou ao rei que havia um prisioneiro, que poderia ajudar. Da prisão José é chamado para estar na presença do rei e desvendar os mistérios que havia nos sonhos que o rei teve.

Veja como as coisas se encaixam de repente. De uma hora para outra José, que estava preso, é liberto, troca de roupa, faz a barba e vai ao encontro do rei.

Tudo isso em uma hora. De repente! É de repente, também, que no mar Vermelho as águas se abrem e Israel pode passar. É de repente que, no Monte Carmelo, o fogo cai do céu sobre o sacrifício e Israel é levado mais uma vez à conversão. De repente o Espírito Santo vem sobre Maria, o poder do Altíssimo a cobre e ela concebe um filho. De repente, Paulo, na estrada de Damasco, é confrontado pelo Jesus ressurreto! “(1)

Sem dúvida, Deus trabalha no seu tempo. Muitas vezes, as coisas parecem andar lentamente e nós não suportamos a espera, às vezes até pensamos que Deus é lento demais.

Devemos manter a calma e esperar com paciência, pois para Deus, “um dia é como mil anos... (II Pedro 3:8). Isso quer dizer, então, que aquilo que você acha que é “de repente”, na verdade é a obra de um milênio.

José esperou pacientemente que as coisas mudassem. Ele sabia que o tempo certo chegaria. Ele tinha esperança de que as coisas mudariam.
De repente. No tempo de Deus.
Deus não erra o Seu tempo. Mesmo que o dia de hoje seja difícil, espere em Deus, porque o seu dia vai chegar.

 “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo. E fortifique-se o teu coração. Espera, pois. Pelo Senhor” (Salmos 27:14)


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Fonte/Referência:

“Aí vem o Sonhador” – Editora Vida, página 95 e 96.


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