DEU TUDO ERRADO... E
AGORA?!
(Por
Eduardo Santos)
Certa vez, estava
ouvindo uma história bastante interessante de um pesquisador chamado Adams - o primeiro
nome já não me recordo mais. Ele trabalhava com eletroquímica, um ramo da
química analítica que utiliza as diferentes respostas dos diversos elementos
químicos frente a um estímulo elétrico.
Ele foi
contemporâneo da técnica polarográfica, uma ferramenta muito potente na quantificação
de substâncias químicas. Essa técnica era capaz de determinar a presença de
elementos, se não me engano, em concentrações de 1,00x10-7 mol/L - em outras palavras, se pensarmos, por exemplo,
em espécies leves, é como se pudéssemos encontrar um palito de 1cm olhando um
intervalo de 10Km. Mas ela tinha suas complicações: por ser uma técnica muito
sensível, seu aplicador deveria ter muitos cuidados; era à base de mercúrio, um
metal extremamente tóxico; seu equipamento deveria ser mantido hermeticamente
fechado, pois o mercúrio não podia ter contato com o oxigênio... e por aí vai.
Creio que por esses
motivos, e talvez outros, Adams tenha se empenhado em inventar um eletrodo mais
simples, um eletrodo à base de grafite. Seu grande desejo era desenvolver um
eletrodo que fosse tão eficiente quanto o de mercúrio, que fosse mais simples e
que gotejasse assim como o de mercúrio. E foi, então, que ele se deparou com
seu enorme problema: sua pasta de grafite não era fluida o suficiente para
gotejar. Por essa razão, ele desistiu, pensando que tivesse jogado seu tempo
fora. Mas, ironicamente, um aluno seu, de doutorado, resolveu discordar de sua conclusão, levou adiante
seus estudos e, hoje, o eletrodo de grafite é um dos mais utilizados, por sua
versatilidade.
Não sei ao certo o
que passava na cabeça de Adams, mas creio que todos já passamos por momentos
assim. Na verdade, me lembrei agora de um relato de uma
enorme frustração: a esperança dos judeus em relação à vinda do Messias como o
grande libertador político. Essa decepção fica clara em Lucas 24 (a partir do
versículo 13), na parte em que fala sobre os dois discípulos no caminho para
Emaús. O ideal é que se leia até pelo menos o versículo 31, assim conseguimos
ver a maravilhosa explicação da missão do messias dada por Ele mesmo.
Sabe, existem
momentos nos quais não enxergamos os propósitos divinos por tentarmos
encará-los com nossos olhos egoístas. Tentamos encaixar
nossos desejos e nada parece fazer sentido, pois “(...) o
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”
(I Coríntios 2:14).
Se hoje não entendemos certas coisas,
peçamos a Deus que nos explique ou que simplesmente nos mantenha tranquilos
para continuar agindo de acordo com a vontade dEle, que, no final, tudo vai
terminar bem.
Não entender e mesmo assim confiar! Um desafio que só pode ser superado com fé. Quantos teriam paz verdadeira e saúde se simplesmente aceitassem confiar! Teriam tranquilidade suficiente para enxergar o que Deus tem feito!
ResponderExcluirSe formos um pouco mais ao cerne nessa questão de confiança, chegaríamos a conclusão que, se desde o começo o ser humano tivesse confiado, não precisaríamos conhecer as mazelas desse mundo.
ExcluirConfiar em alguém que não seja nós mesmos é muito complicado, mas temos que entender que não estamos falando de qualquer um, sim de Deus.
Segurar nas mãos de Deus e seguir, não questionar, não duvidar...como é difícil! Confiança é a base de qualquer relacionamento, principalmente entre nós e Aquele que deu a vida para nos salvar. Deus tem planos perfeitos, merece todos os votos de confiança.
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