VARIEDADE

VARIEDADE

(Por Jackson Valoni)

Perto da minha casa tem uma feirinha de frutas, verduras e legumes  ─ um minissacolão. Toda vez que vou até lá, sinto que sou totalmente despreparado pra comprar qualquer coisa do gênero, sozinho.

Lembro de uma vez que me pediram pra comprar alface e eu cheguei de volta a casa com couve-manteiga. Além de não saber diferenciar alguns alimentos, tenho dificuldades de saber quando eles estão bons.

Ouvi dizer que pra saber se o abacaxi está no ponto é só puxar as folhas do topo (a coroa). Se sair sem resistência, a fruta pode estar podre. A cor também influencia. Sabemos quando a fruta está verde quando ela tem o aspecto... verde!

Tem alguns alimentos que nos enganam,  também. Parece que está tudo dentro dos conformes e, quando abrimos, tem algum bicho lá dentro.

Vejo que, assim como os variados alimentos, as pessoas são do jeito que elas devem ser. Há pessoas de casca dura, como o faraó (I Samuel 6:6); pessoas azedas como a esposa de Jó (Jó 2:9); pessoas que são incrivelmente doces como Dorcas (Atos 9:36). Todas, porém, merecem respeito e atenção.

É bem verdade que algumas pessoas nos tiram do sério. Acho que é ainda mais preocupante quando tiramos conclusões de alguém sem ao menos conhecê-lo.

Nem gosto de abacaxi, mas aprendi a manuseá-lo. Uma resposta atravessada pode tirar uma bela oportunidade, lá na frente. "O mundo dá voltas", diz o ditado.

Meu desejo é que tenhamos tato ao falar com as pessoas, não pelo interesse em ganhar algo em troca, mas pelo compromisso em somar algo de bom à própria vida.

"Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranquilidade do que uma casa onde há banquetes, e muitas brigas." (Provérbios 17:1)