COISAS QUE EU PRECISO LEMBRAR – Parte 1
Airton Sousa – Rio de Janeiro - RJ
Todos os dias, antes de sair de casa, tenho
a oportunidade de ler a Bíblia e orar. Se eu não faço o que a Bíblia me ensina
ou se não concordo ou não entendo, Deus não me chama de imbecil nem de burro.
Na verdade, Ele me chama de “filho” e na outra página me explica o que não
entendi na página anterior.
Todas as manhãs eu entro num trem que
conduz centenas de passageiros até a Central do Brasil. Geralmente vou em pé,
encostado na minha porta preferida, olhando a paisagem pelo vidro, enquanto
leio um livro ou ouço algo no meu fone de ouvido adquirido nesse mesmo trem,
onde também se vendem pares de meias, doces e salgados, entre outras coisas. Eu
fico chateado por ter que vir em pé na maioria das vezes, pois o trem sempre
chega com todos os lugares ocupados, mas eu também fico triste quando alguém me
oferece lugar. Eu penso “por que eles estão me oferecendo lugar? ”. Eu esqueço
que envelheci... mas uma coisa me diz que eu preciso lembrar sempre que
envelheci e não sou mais um garotinho de 25 anos... Eu me lembro da história de
John. Você conhece a história?
John havia servido no mar, como marinheiro
da Marinha Real da Inglaterra. Aos vinte e poucos anos partiu para a África,
onde se sentiu fascinado com o lucrativo comércio de escravos e passou a ganhar
a vida a bordo do Greyhound, um transatlântico navio negreiro.
John não era cristão. Ele ridicularizava o
Evangelho e a Bíblia, andava em más companhias, zombava dos religiosos e
duvidava da existência de Deus.
Mas teve uma noite em que houve uma grande
tempestade. John acordou e sua cabine estava cheia de água; uma parte do seu
navio estava danificada. Ele trabalhou a noite inteira bombeando água. Ele e os
outros marinheiros lutaram para evitar que o navio afundasse, mas ele sabia que
estava perdendo a batalha. Finalmente, depois que suas esperanças foram
minguando, açoitadas pela tempestade, ele se atirou de joelhos no convés
alagado e suplicou: “Senhor, tem piedade de todos nós!”.
Ali, naquele momento, ele recebeu a piedade
que não merecia. O Greyhound e sua tripulação sobreviveram.
John nunca se esqueceu da misericórdia de
Deus. Ele voltou para a Inglaterra onde se tornou um grande compositor de música.
Estou falando de John Newton e você já cantou alguns dos hinos que ele
escreveu. “Amazing Grace” é o seu mais famoso.
Durante quase 50 anos ele subiu aos
púlpitos e encheu igrejas, contando a história do Salvador que vem ao nosso
encontro em meio à tempestade.
Um ou dois anos antes de sua morte ele não
enxergava mais, e estava perdendo a memória, mas não quis parar. Não podia
parar.
Ele confessou que suas forças estavam
acabando:
- A memória eu praticamente perdi, mas me
lembro de duas coisas: eu sou um grande pecador e Jesus é um grande salvador.
Comecei falando do tempo e das coisas que
faço diariamente. Hoje são 23, faltam alguns dias para o meu aniversário... Os
dias passaram rápido demais. Algumas coisas ficaram para depois, outras ficaram
esquecidas, mas o importante mesmo é que eu tenho um grande salvador.
Do que mais preciso me lembrar?
Graça
maravilhosa (Amazing Grace)
Preciosa
a graça de Jesus,
Que um dia me salvou.
Perdido andei, sem ver a luz,
Mas Cristo me encontrou.
Que um dia me salvou.
Perdido andei, sem ver a luz,
Mas Cristo me encontrou.
A
graça, então, meu coração
Do
medo libertou.
Oh, quão preciosa salvação
A graça me ofertou!
Oh, quão preciosa salvação
A graça me ofertou!
Promessas
deu-me o salvador
E nele eu posso crer
É meu refúgio e protetor
Em todo o meu viver.
E nele eu posso crer
É meu refúgio e protetor
Em todo o meu viver.
Perigos
mil atravessei
E a graça me valeu
Eu são e salvo agora irei
Ao santo lar do céu.
E a graça me valeu
Eu são e salvo agora irei
Ao santo lar do céu.
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