PASSAGEM
PELO DESERTO
Pamela Henriques Moreira – Angra dos
Reis/RJ
Uma vez eu dormi em um deserto. Durante as
férias, conheci Wadi Rum, na Jordânia. Foi uma viagem bem interessante! Ao
entrar no deserto fiz um passeio de camelo, e confesso que dei uns gritinhos
quando aquele bicho começou a se erguer. Riram de mim, e até eu ri de mim
mesma. Estávamos eu e meu marido. Eles me deram uma camela, e a tadinha devia
estar com fome, porque toda hora abaixava para comer alguma coisa – ou, talvez,
ela gostasse dos meus gritos de agonia por eu achar que daria de cara no chão.
Foi uma experiência única! Jantamos em
tenda com os beduínos, conhecemos pessoas de diferentes regiões do mundo,
pudemos sentir o calor durante o dia e o frio do deserto à noite. Não sei se
conseguiria viver assim, mas, um dia e uma noite foram, de certa forma,
edificantes.
Em certos momentos da vida nós nos
encontramos em um deserto não literal... Parece haver um vazio, tudo se torna
seco, certos sofrimentos se tornam mais evidentes, porque parece que a chuva
nunca vem.
Em uma linda canção, Davi, que foi rei de
Israel, escreveu o seguinte:
“Na
minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo
ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos.”
Salmos 18:6
Davi temia a morte quando fugia de seu
inimigo, mas entregou suas angústias nas mãos dAquele que ele entendia ser o
único capaz de salvá-lo e dar esperança de dias melhores.
“Tu,
Senhor, manténs acesa a minha lâmpada; o meu Deus transforma em luz as minhas
trevas.” Salmos 18:28
Se você se encontra em um deserto, faça
como Davi: grite por ajuda. E mesmo que ninguém ouça o seu grito, há um Deus
que vai amparar você e lhe dará forças para enfrentar as dificuldades.
“... Ele
é um escudo para aqueles que nEle se refugiam.” Salmos 18:30
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