domingo, 22 de abril de 2018

MENINO MALUQUINHO


MENINO MALUQUINHO 
Jackson Valoni – Angra dos Reis/RJ

O primeiro livro que comprei foi “O Xangô de Baker Street”. Foi durante uma Bienal do Livro, no Riocentro. Naquela época era certo minha família ir à Bienal. Era uma tradição ótima.

Eu li aquele livro, escrito por Jô Soares, em algumas semanas. Antes desse livro tentei ler “Senhora”, de José de Alencar, mas tinha um monte palavra que eu não entendia, então desisti.

Aos sete anos, meu tio Gerson me presenteou com uma coleção, da Editora Globo, de clássicos da Literatura Brasileira. “Senhora” era um deles. 

Dia 18 de abril foi o Dia Nacional do Livro Infantil, data oficializada em 2002 e escolhida por ser o dia de nascimento de Monteiro Lobato. E tem um livro que eu preciso ler pro meu filho, quando, um dia, ele chegar ao mundo: “O Menino Maluquinho”. Gosto dele pelos desenhos precisos, pelas frases marcantes, e por duas páginas que demorei a entender... eu não sabia o significado do que estava escrito. 
Uma das páginas fazia referência ao divórcio dos pais. E como o pai foi pra um lado e a mãe pra outro, o menino maluquinho criou a Teoria dos Lados, pra não sentir falta de ninguém:

“Todo lado tem seu lado
Eu sou o meu próprio lado
E posso viver ao lado
Do seu lado, que era meu.” 
(Teoria dos Lados, Menino Maluquinho.)

Foi difícil, pra mim, entender essa teoria maluca que servia pra acabar com a saudade.

Mas a outra página que me deixava confuso, era sobre o fato de que o menino maluquinho tinha pernas enormes (que davam pra abraçar o mundo).

Eu queria ter alguma coisa desse menino, porque ele era um cara muito legal, mas eu também queria entender o porquê das pernas serem tão grandes. 

A gente costuma usar a expressão "abraçar o mundo" quando se refere a um desejo de conquista muito grande. Mas conquistar com os pés? Talvez o menino maluquinho fosse bem inquieto e quisesse aparecer em vários lugares ao mesmo tempo...


Abraçar o mundo é coisa restrita a Deus, mas a gente pode ter um gostinho do que é isso quando percebe que ambicionar posses no mundo não tem tanto valor quanto dar brilho à vida de alguém. Quando isso acontece, parece que o mundo inteiro abraça a gente. Na verdade, é o próprio Deus quem nos envolve em Seus braços de amor.

"Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum."
I Coríntios 12:4-7

Desejo que você seja uma pessoa feliz, como o final do livro diz que o Menino Maluquinho foi. Mas desejo, principalmente, que Deus queira abraçá-lo toda vez que você cuidar de algum filho dEle, que precisa de atenção. 

Fique com Deus.

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