QUINTO O QUÊ?
Priscila Pahim - Rio de Janeiro-RJ
Joaquim Xavier era um idealista e trabalhador mineiro que exerceu
várias profissões, e uma delas deu a ele o tão famoso apelido “Tiradentes”,
um dentista amador. Apesar de não ser intelectual, ele se interessava por
assuntos políticos e se juntou com algumas personalidades mineiras para retirar
do poder o Governo da Capitania de Minas Gerais. O motivo da revolta foi a
cobrança de impostos excessivos do ouro produzido na Capitania de Minas Gerais,
chamado “quinto”
equivalente a 20% do total extraído (anote-se, a propósito, que “em
2013 os tributos no Brasil comprometeram cerca de 41% da renda do trabalhador”¹);
dele veio a expressão “Quinto dos Infernos”.
A luta de Joaquim teve fim no dia 21 de abril de 1792. Há 226
anos Tiradentes foi “enforcado, decapitado e esquartejado. Para que os
súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi
encravada numa estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros,
espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro².” A imagem de
Tiradentes passou a ser um ícone da liberdade, um herói nacional.³
Existem muitos “Heróis Nacionais” que estão nos livros de História,
e outros que nem ao menos entraram nos registros; e mesmo sem ter ciência do
resultado de suas revoluções, ainda assim, acredito, eles teriam entregue a sua
própria vida por um ideal. Uma lealdade baseada no amor – o que me faz lembrar daqueles,
homens e mulheres, que foram perseguidos, maltratados, presos, crucificados,
torturados... pagando um preço alto por amar um ideal eterno, um ideal capaz de
transformar vidas.
Deus sempre irá preservar um idealista assim, pronto para dar a
sua vida e morrer por essa causa.
Viver e sofrer por um alto ideal.
Quer lutar por algo, entrar numa luta que já foi vencida? Cristo
venceu por você.
E embora isso não seja garantia de que as dificuldades passarão
longe, certo é que se Deus estiver do nosso lado ninguém irá nos derrotar (Romanos 8:31). As
dificuldades estarão aí, apenas não irão abalar você, pois a esperança da
recompensa final é bem maior.
Que Certas Coisas se tornem coisas certas!
Até a próxima segunda ;-)
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Referências/Fontes:
² FIGUEIREDO, Lucas. Boa Ventura! A corrida do ouro no Brasil
(1697-1810). Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 295
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