quarta-feira, 15 de abril de 2015

QUE HORAS SÃO??


QUE HORAS SÃO??
(Por Eduardo Santos)

O texto de hoje tem como título uma pergunta muito comum, mas que me lembra de três situações, duas delas bastante pessoais e curiosas, a outra, de domínio público. Eu deixei você curioso, né?! Farei isso por mais um tempo. Não muito mais do que o necessário para chegar aos próximos parágrafos.

Partirei do privado para o público, iniciando por uma situação que envolve uma pessoa de quem gosto muito; mas a manterei no anonimato. Certo dia, estava eu próximo a essa pessoa e reparei que ela exibia em seu pulso um belo relógio digital, bonito de verdade. Em certo momento, precisei saber as horas e fiz nossa pergunta em questão. Qual não foi a minha surpresa em descobrir que o relógio estava queimado, a pessoa estava usando apenas por estilo, segundo ela.

Não tão engraçada quanto a história que acabei de contar, mas exageradamente intrigante, contarei uma experiência que vivi junto com meu pai. Estávamos no ponto de ônibus (“parada de ônibus”, em alguns estados) esperando uma condução que normalmente se atrasava. Após um acesso de impaciência, me queixei dizendo que já devia ter passado de uma dada hora qualquer que não me lembro agora. Meu pai, sereno, olhou pra mim e discordou. Em seguida, falou com estranha convicção seu palpite do horário.

Eu não acharia estranho se ele tivesse parado ao me dizer as horas; mas, não satisfeito, me informou, com a mesma certeza, os minutos também. Esperei durante um tempo pelos segundos, não houve resposta. Mesmo assim, confesso que achei esquisito e, provavelmente, devo ter ficado com um olhar de espanto e desconfiança. Ao que meu pai me encorajou a perguntar para um senhor que estava no ponto também. Não é que ele estava certo?! Depois dessa, passei a acreditar que ele trabalha na CIA...

Brincadeira à parte, reparei em certas atitudes que me levaram a crer que esse belo palpite do meu pai não foi mais do que consequência de observação dos fatos ao seu redor: a posição do sol, sombras ao nosso redor e sabe-se lá o que mais.

O interesse sobre as horas pode ser referente ao passado, ao presente e ao futuro, tudo depende da flexão verbal da tal pergunta. Quanto ao passado, pouco, ou nada, podemos mudar. Em relação ao presente, ainda há certas coisas que podemos fazer para tomarmos rumos e direções diferentes. E o futuro é um vasto mistério, coisa, às vezes, imprevisível para nós; mas, se quisermos ter um vislumbre do que está por vir, devemos perguntar à Pessoa certa e prestar atenção nos fatos.

Em Mateus 24:3 (a tal história pública), os discípulos de Cristo lançaram a seguinte pergunta: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”. Foi apenas uma forma distinta de querer saber a hora do evento. Faça o teste. Substitua o advérbio "quando" pela locução adverbial "a que horas". Agiram da forma correta, perguntaram para Alguém que podia responder. Além disso, ainda tomaram nota dos eventos que são descritos no decorrer do capítulo, a exemplo: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares (...) Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” (Mateus 24: 7-12).

Pode ser que você esteja pensando que tudo o que foi citado acima acontece desde que o mundo é mundo e é bem provável que esteja certo. Mas aprendi com "o agente da CIA" que tomar ciência dos fatos não é suficiente para ter ideia das horas; é preciso mais do que isso. É necessário um olhar atento e minucioso, um olhar crítico e tempo de análise de cada detalhe separada e conjuntamente.

Como citou a Lu(1), dia desses: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”(2). Já se deu conta de que a frequência e intensidade dessas desgraças têm aumentado assustadoramente? Prestou atenção no fato de que, ultimamente, elas têm acontecido todas em várias partes do mundo, não só algumas das mais frequentes, como a fome e os cataclismos naturais? Pôde perceber que até mesmo o intervalo entre os eventos citados tem diminuído? Não é mera coincidência!

Se quiser saber minha opinião, esses eventos me mostram, claramente, um Rei que se aproxima ─ não um rei qualquer ─, me mostram que a hora prevista está chegando (e olha que esse compromisso foi marcado faz tempo), me trazem a esperança de vida, mundo e tudo muito melhor. Mas, lembrando de um dos textos do Sérgio(3), o tempo é certo. Ele vem para buscar aqueles que, dentre as várias opções do cardápio, escolheram “Ele”.

O tempo certo é agora! O passado não podemos mais mudar e o futuro não conhecemos. A hora da escolha é esta, não deixe passar a oportunidade. É tempo de ouvirmos o conselho de Hebreus 3:15: “(...) Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais o vosso coração (...).”

Ele vem para nós, Ele vem por nós! Mas, se deixarmos o tempo certo passar, perderemos a maior oportunidade de nossa vida. Pense nisso!

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Referências:
1. SANTOS, L. P. 50 tons de cinza ou um tom de vermelho? Você escolhe. Disponível em: <http://entaoserve.blogspot.com.br/2015/03/50-tons-de-cinza-ou-um-tom-de-vermelho.html>. Acessado em: 05/04/2015.
2. SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. Companhia das Letras, 1995. São Paulo.
3. JÚNIOR, S. M. No tempo certo. Disponível em: <http://entaoserve.blogspot.com.br/2015/03/no-tempo-certo.html>. Acessado em: 17/03/2015.

2 comentários:

  1. "Este é o tempo". Se a gente tivesse mesmo noção do tempo...
    Que sejamos sábios para perceber os sinais.

    P.S.
    E não é que seu pai parece mesmo um agente da CIA??

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    Respostas
    1. Faz bem estar atento e ter noção do tempo. Isso nos condiciona a estar preparados para não sermos pegos de surpresa.
      Quanto ao suposto agente, quando eu tiver certeza, te digo! rs

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