FÉRIAS
(Por
Sérgio Mafra)
Nesta
semana terminaram os 15 dias que tirei de férias. Que tempo bom! Como é gostosa
a sensação de poder acordar sem compromisso com horários e decidir entre ir à
praia, ver um filme ou simplesmente ficar à toa mais um pouco na cama. Costumo
dizer para as pessoas que aprecio bastante a arte de não fazer nada de vez em
quando. Só de pensar que, no Brasil, o direito às férias só foi legalmente
instituído na forma de lei ampla para os empregados em 1943, fico ainda mais
agradecido por ter nascido em período posterior.
Pretendo
compartilhar algumas coisas que vivi durante esses dias, mas, por hoje,
gostaria de refletir a respeito de algo que fiz e que você, provavelmente,
também já fez em algum momento da sua vida.
Um
dos dias das minhas férias eu tirei para uma arrumação geral no meu armário.
Fui vendo e revendo tanta coisa que, confesso, a maioria delas eu nem lembrava
que estava ali. Com um saco de lixo ao lado, fui descartando várias coisas que
não fazia mais sentido guardar, mas que foram sendo acumuladas e esquecidas ao
longo do tempo. Coisas que só ocupavam espaço impedindo que outras novas
pudessem ali ser depositadas.
É
inevitável pensar que algumas coisas do passado ficam apenas ocupando espaço
desnecessário em nossa vida. Coisas que perderam a importância ou o sentido,
que ficaram inutilizadas ou mesmo que estão ali como resquícios de um tempo que
não volta e nem nos pertence mais. Existem, logicamente, lembranças saudáveis e
que devem permanecer vivas em nossa mente e coração, mas me refiro àquelas que
nada mais fazem além de impedir que algo novo e quem sabe até extraordinário
aconteça em nossa vida. Arrumar meu armário envolveu recordar, pensar,
organizar, e descartar ou manter coisas que estavam lá.
Que
espaço precisamos abrir hoje em nossa vida? Tem alguma coisa impedindo um novo
começo? O tempo é de arrumar o armário e criar novos espaços para coisas novas.
Quem sabe não é seu tempo também?
Boa
semana!
De vez em quando faço estas arrumações no quarto, nas gavetas e caixas, sempre jogo muita coisa fora, mas já reparei que sempre tem coisinhas que a gente sabe que não precisa, mas se recusa a jogar fora e vão ficando ali ocupando espaço.Concordo com você, precisamos sim criar novos espaços e jogar as tranqueiras no lixo. Abraço!
ResponderExcluirQuem sabe este não é o meu tempo também...?
ResponderExcluirPois é...
Às vezes guardamos coisas inúteis de estimação. Essas lembranças podem ficar na mente, também. Podem dar mofo, no armário e no coração.
ResponderExcluirGostei do texto. Parabéns, Sérgio!