quinta-feira, 30 de abril de 2015

CONTANDO CARNEIRINHOS




CONTANDO CARNEIRINHOS
(Por Carina Baptista)

Ontem, como todos os dias de segunda a sexta, acordei às 6h, olhei o relógio e pensei: "ah, só mais um pouquinho". Na teoria, se eu sair de casa até às 7h, consigo chegar ao trabalho no horário, isso sem considerar o tempo até o ponto, o ônibus que demora e o trânsito insuportável. É meu lado adolescente, como diz minha mãe, que acha que é possível chegar a qualquer lugar na hora certa saindo 15 minutos antes. Mas podem ficar tranquilos que isso é algo em mim que, diariamente, procuro melhorar.

Acordar cedo não é uma tarefa fácil; eu acordo antes das 7h desde pequena e até hoje não acostumei. Na época da escola ansiava pela vida de universitária, quando, finalmente, eu poderia acordar a hora que eu quisesse (tadinha de mim...). Fiz a faculdade no período da noite e o primeiro semestre realmente foi ótimo, acordava sempre depois do sol, fazia os trabalhos durante o dia e à noite estudava.

Não sou a pessoa que mais gosta de dormir que conheço a menos que eu esteja doente, não me verá dormindo até às 10h, mesmo indo dormir depois da meia-noite. Sério! Geralmente meu relógio biológico desperta às 7h, mas para eu acordar bem preciso de, pelo menos, 8 horas de sono; e, como os especialistas dizem, comigo funciona bem deitar antes das 22h. O que é tentador, neste mundo com internet, é ficar até altas horas conectado. Fiz uma pesquisa e encontrei um esquema que mostra quantas horas de sono nosso corpo precisa de acordo com a idade:

Bebê recém-nascido: 17 horas por dia, sendo distribuído ao longo do dia;
Bebê com 1 mês: 8h30min durante a noite e 7h durante o dia;
Bebê a partir 2 meses: 10 horas durante a noite e 5 horas durante o dia;
Bebê a partir dos 5 meses: 11 horas durante a noite e 3h45min durante o dia;
Bebê a partir dos 2 anos: 11 horas durante a noite e 2 horas durante o dia;
Criança dos 3 aos 12 anos: 10 horas por noite;
Adolescentes dos 12 aos 18 anos: 9 horas por noite;
Adultos a partir dos 18 anos: 7 a 9 horas por noite;
Idosos a partir dos 65 anos: 7 a 9 horas divididas entre o dia e a noite.

Porém, é válido lembrar que mais importante que a quantidade de horas dormidas é a qualidade do sono. Portanto, é preciso ficar atento: as condições são favoráveis para uma boa noite de sono ou não? Especialistas deram dicas, também, sobre como obter um sono saudável:
·        Manter um horário para dormir, mesmo nos fins de semana.
·        Ter uma rotina para dormir relaxado.
·        Exercitar-se diariamente.
·        Garantir condições ideais de temperatura, ruído e luz no quarto.
·        Dormir em um colchão e travesseiros confortáveis.
·        Ter cuidado com a ingestão de álcool e cafeína.
·        Desligar aparelhos eletrônicos antes de dormir.

O sono deve ser um momento de reparação do nosso corpo. Estar atento e cuidar da qualidade do sono é essencial para ter um dia produtivo. Com a vida corrida e muitas vezes sobrecarregada de atividades acabamos nos esquecendo de coisas fundamentais para a manutenção da saúde e, como sabemos, sem saúde não conseguimos ter uma vida completa. Se você sofre de algum distúrbio do sono, deve procurar um especialista para orientação; e se trabalha durante a noite, deve fazer as adaptações. Mas se puder escolher, não troque suas horas de sono por coisas que não são importantes; você não poderá recuperá-las.

Um beijo e até semana que vem!

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Referência:
http://www.tuasaude.com/quantas-horas-se-deve-dormir/ - acessado em 1º de abril de 2015

quarta-feira, 29 de abril de 2015

CROMA O QUÊ?!




CROMA O QUÊ?!
(Por Eduardo Santos)

Já ouviu falar de cromatografia?

A cromatografia é uma técnica muito antiga de separação de substâncias químicas. Há relatos de sua utilização logo no primeiro século de nossa era, mas, cientificamente falando, começou a ser posta em prática só no início do século XX. Descoberta por um botânico russo chamado Mikhail Tswett, quando ele pesquisava um método de separação de pigmentos, recebeu, por esse motivo, um nome baseado em duas palavras gregas: chroma que significa “cor” e graphe que significa “escrita”. A separação não é pela cor, isso foi uma das coisas que o descobridor da cromatografia fez questão de explicar, mas elas, as cores, nos ajudam a ter uma ideia do número de substâncias separadas e, às vezes, a classificá-las.

Os anos passaram, não foram muitos, pouco mais do que cem anos, e essa técnica continua sendo usada. Foi aprimorada, é claro, criaram-se inúmeros tipos de cromatografias, mas a base continua a mesma. Só que, conforme o tempo passou, seus utilizadores esbarraram em um enorme problema, quase impossível de ser resolvido: nem todas as substâncias químicas têm cor que os seres humanos podem ver. Como saber se elas estão ali?

Diante dessa grande dificuldade, eles deram um jeito. Passaram a usar o que hoje chamamos de “reveladores”. Funcionam exatamente como os reveladores de fotos antigas - já viu como era o processo? Basta uma aplicação, às vezes com aquecimento, às vezes sem, que a cor logo aparece.

A semelhança desse tópico com a vida humana chega a ser curiosa. Somos capazes de ver certas características das pessoas que nos rodeiam, mas somos diferentes de Deus, que consegue ver, também, o interior (I Samuel 16:7). Existem detalhes da vida humana que possuem cores invisíveis aos olhos humanos e a esses se faz necessário adicionar o revelador, para sermos capazes de caracterizá-los.  Cristo fez isso uma vez, falando aos seus discípulos. Em João 13: 5, Ele diz o seguinte: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”. Isso mesmo, o amor ao próximo é o revelador do discipulado cristão!

Mas não se engane. O amor verdadeiro não vem de nós, vem de Deus, “(...) porque o amor é de Deus (...)” (I João 4:7). Não poderia brotar algo tão sublime dentro de seres imperfeitos. Na verdade, se somos capazes de amar, é porque temos tanto contato com “a fonte” que Seu amor preenche nosso ser e nos transborda, alcançando aqueles que estão a nossa volta. Afinal, “(...) nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.” (I João 4:16). O contrário, apesar de ser duro de ouvir, também é real: “Aquele que não ama não conhece a Deus (...)” (I João 4:8).

Hoje, convido você a se aprofundar nesse amor inesgotável, conhecê-lo e permitir-se ficar fascinado com sua grandeza, atentando no conselho do apóstolo conhecido como “discípulo amado”: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I João 4:7).


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Referência:
1.    2006 - Cem anos das palavras cromatografia e cromatograma. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422006000400045&script=sci_arttext>. Acessado em: 07/04/2015.

terça-feira, 28 de abril de 2015

FALAR COM DEUS (PARTE 3)


FALAR COM DEUS (PARTE 3)
(Por Airton Sousa)

Descobri o livro quando estava “fuçando” o Facebook dos outros. Uma amiga minha escreveu um comentário para sua tia: “Tia, esse é o livro que te falei” e postou uma imagem da capa do livro “A Oração de Jabez”. Apesar de não saber quem era esse tal de Jabez, gostei dele. Taí, pensei, eis um homem de oração, e esse livro me interessa ler. Comprei pela internet e chegou alguns dias depois; e em menos de uma semana eu já havia devorado o livro. Gostei tanto que comprei alguns exemplares em uma loja e saí distribuindo para meus amigos.

“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o lhe tinha pedido”. (I Crônicas 4:9-10). Essa é a única vez que a Bíblia menciona esse tal de Jabez; não existe nenhuma outra informação em toda a Bíblia sobre ele - apenas que as coisas começaram mal e que, devido a uma oração comum, de apenas uma frase, tudo acabou bem para ele.

Fui influenciado pelo livro a melhorar meu jeito de pedir as coisas a Deus: Deus, hoje eu quero pedir que me abençoes.

Na mesma época que lia o livro, eu estava juntando as papeladas para dar entrada na minha aposentadoria e faltava um documento do Exército, chamado “averbação do tempo de serviço militar”. Não consegui resolver em São Paulo e tive que vir ao Rio. Fui até a Junta de serviço militar em Campo Grande, no Rio. Lá, fui informado de que não poderia ser atendido, pois estava de bermuda, o que era proibido. No dia seguinte, comprei uma calça jeans e fui novamente ao local, e dessa vez descobri que não era lá que eu resolveria, teria que me dirigir até a unidade militar onde servi em 1981, na Marambaia. Fui duas vezes ao quartel, sempre no dia e hora errados. Não conseguia resolver de jeito nenhum.

Na terça-feira, dia de reunião de um pequeno grupo de oração do qual participo, eu pedi que as pessoas presentes orassem por um problema que teria que resolver no dia seguinte (sem mencionar o problema). No final da reunião, um vizinho que também participa das reuniões, veio conversar comigo e perguntou o que eu tinha de tão grave para resolver no dia seguinte. Informei que tinha que ir à Unidade do Exército, na Restinga de Marambaia. Para minha surpresa e arrepio ele me disse que era sargento do Exército e que prestava serviços exatamente naquela Unidade. Ele me indicou as pessoas que eu deveria procurar e me disse para mencionar que eu era amigo dele, Sargento Nelson. Mas tinha um problema ─ disse Nelson:
- O Coronel, que vai assinar o Certificado sai de férias amanhã e só volta daqui a quarenta dias... mas pelo menos você já deu entrada no documento. Já é um grande passo.

Chegando lá, após explicar tudo o que eu precisava, o militar responsável pediu que eu aguardasse na recepção. Enquanto aguardava, aparece o Coronel, portando uma mochila e um computador e se despedindo das pessoas. Ao olhar para mim, disse o seguinte:
- “O que o senhor está precisando, vai depender da minha assinatura? Estou saindo de férias, mas nesse caso eu espero mais dez minutos para assinar. Não me custa nada.”

Eu saí de lá, e andei os três quilômetros que separam a praia de Marambaia da saída, gritando comigo mesmo: “Ê, Deus Tremendo!”.

Em todos estes dias, tenho me perguntado, muitas vezes, sobre como explicar esse fato. Um amigo ateu me disse que isso aconteceu porque eu estava no lugar certo na hora certa, que essas coincidências acontecem mesmo. Mas tenho plena convicção de que era uma resposta de Deus a minha oração: "Peço que me abençoes".

Meu amigo, Deus lhe reserva uma enorme quantidade de bênçãos não pedidas, todas a sua espera. Sei que isso parece impossível – até mesmo um pouco suspeito nestes dias de tanto egocentrismo. Mas é justamente esta dinâmica – seu anseio pela plenitude que vem de Deus – que tem sido a terna vontade do Pai para sua vida desde o início dos tempos.” (A Oração de Jabez - Bruce Wilkinson).

Continuo com o meu projeto de oração, pois “orar a Deus faz bem a alma, falar com Deus me satisfaz”.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

FÉRIAS (II)


FÉRIAS (II)
(Por Sérgio Mafra)

As últimas férias me permitiram algumas experiências e uma delas foi avaliar a importância do telefone celular em nossa rotina. Fui pesquisar um pouco a história desse aparelho fascinante e motivo de vício para muitos: a partir de 1917 a comunicação móvel começou a ser testada no sistema ferroviário alemão. Foi usada durante a Segunda Guerra e teve um protótipo desenvolvido pela Ericsson em 1956 pesando mais de 40 kg. Em 1973, a Motorola apresenta seu primeiro aparelho e Martin Cooper faz a primeira ligação a partir dele.

Mas essa história toda é pra chegar ao ano 2015, onde mais de seis bilhões de aparelhos estão ativos em todo o mundo e em nosso país os encontramos em, praticamente, todos os lugares, conectando milhões de pessoas. Você já deu uma olhada ao seu redor, nos diversos ambientes que frequenta, e percebeu como estamos cada vez mais dependentes desse aparelho? Em maior ou menor grau, de uma forma ou de outra, com aparelhos modernos ou antiquados, todos estão fazendo uso dele.

A despeito das incontáveis discussões a respeito do distanciamento pessoal por conta de tantas redes sociais e tecnologias, o celular nos permite ficar conectados a tudo, o tempo todo. É justamente nesse ponto que quero chegar. Eu me peguei, na primeira semana de férias, sem tirar férias. Parece irônico, mas não é. Com um simples aparelho permaneci conectado em, praticamente, tudo o que eu faço regularmente.

Conclusão: algumas vezes, pra descansar, é preciso desligar. A mente, o corpo e o coração precisam de descanso. Celular, computador, jornal, TV... do que você precisa se desligar, hoje? Faça um teste; eu já fiz, e você, como eu, vai se surpreender.

Uma excelente semana!

domingo, 26 de abril de 2015

ALEGRO



ALEGRO1
(Por Lucileide Santos)

Nosso primeiro fruto do Espírito é a alegria. Essa característica é imprescindível na vida das pessoas.

Quando penso em alegria, lembro-me de uma senhorinha que congrega na mesma igreja que eu. Desde criança, observo aquela irmãzinha e como dela emana leveza! Estar com ela é realmente muito agradável!

As palavras podem gerar diversos efeitos de sentido, dependendo de quem as recebe e da maneira como são usadas. Para que não haja esse problema em nossa conversa, hoje, vamos delimitar um pouco o que pode significar alegria quando tratamos sobre os dons do Espírito.

Alegria deriva da palavra latina Alacritas2 do verbo Alacer que significa “de ânimo leve”, “contente”. No original grego, “chara”, traduzimos essa palavra como “gozo”, que também significa uma vida graciosa e bondosa, resultado de bem-estar e prazer na presença de Deus.

As pessoas que recebem a alegria de estar na presença do Senhor se tornam pessoas leves e de fácil lidar.

Receber esse dom do Espírito nos transformará tanto na maneira de enxergamos as situações na vida, como nas nossas relações no trabalho, com os filhos, com pais e amigos, ou seja, transformará nossa forma de ultrapassar as dificuldades.

Muitas vezes nos sentimos tentados a pensar que ser uma pessoa alegre significa nunca estar triste ou ter uma vida animada e cheia de festas, mas esse, meu querido leitor, é um ledo engano.

Um pouco mais acima, lhes apresentei o que é ser alegre quando se trata da alegria como dom do Espírito. Vejamos agora o outro significado de alegria:

a·le·gri·a 3
(alegre + -ia)

substantivo feminino
1Sentimento de grande contentamento, que geralmente se manifesta por sinais exteriores. = FELICIDADE, GÁUDIO, JÚBILO, REGOZIJO ≠ TRISTEZA
2. O que está na origem desse sentimento.
3. Acontecimento feliz.
4. Divertimento, festa.

Como havia dito antes, existem diversas maneiras de se entender uma mesma palavra. Na definição do dicionário, eu concordo com o fato de que pessoas alegres experimentam uma grande sensação de contentamento, a mesma que experimentou Davi no Salmo 23 quando menciona as memoráveis palavras: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”.

Normalmente, nos sentimos tentados a restringir essas palavras aos bens materiais, mas ao concluir o que está exposto nessas premissas o salmista se referia também ao prazer de estar na presença de Deus e à alegria trazida pelo contentamento de saber que sua vida estava sendo guiada pelo Altíssimo.

Que a cada dia possamos experimentar a verdadeira alegria de estar na presença de nosso Senhor.

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Referências:

1. Andamento musical leve e ligeiro para dar mais alegria e vivacidade à música.

2. http://origemdapalavra.com.br/ - Acessado em 21-04.2015

3. "Alegria", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/Alegria [consultado em 21-04-2015].