terça-feira, 8 de dezembro de 2015

AINDA NO MONTE

AINDA NO MONTE
(Por Airton Sousa)

Este é um texto cheio de citações, repetições e clichês, mas eu não ligo, pois já trabalhei em clicheria e gosto disso; mas é também um texto cheio de Deus. E, neste momento em que escrevo, ainda estou no alto de um monte, aqui em Paciência, no Rio de Janeiro. Paciência é um bairro muito simpático da zona oeste do Rio; comparando com outros lugares, eu diria que se você nunca veio aqui em Paciência, mas já foi a Florianópolis, é a mesma coisa. Só pra situar.

Amigão, para de enrolar e vamos ao texto.

Houve uma época na minha vida em que eu não acreditava em futuro; saía pra noite e pra farra e para mesas de jogos e bares onde deixava todo o meu dinheiro e voltava cambaleando pra casa.

Houve uma época que eu tinha um monte de vidas diferentes – era, durante o dia, uma pessoa, e à noite virava o Super Zé. Frequentava todas as festas do meio publicitário, entradas grátis para shows, cinemas, estádios com tudo o que tinha direito e andava sozinho e perdido pelas noites, me atropelando e, muito provavelmente, atropelando os demais. Mentindo, enganando... e no dia seguinte esquecendo-me de tudo.

Houve uma época, sim, houve, que eu corria de um pra outro lado numa estrada sem retorno. Corria atrás do vento.

Este mês está fazendo um ano que larguei tudo isso, ou, pra ser sincero, tudo isso me largou. "Caras legais às vezes merecem uma segunda chance", foi o que ouvi num filme que vi na tv. Gosto muito dessa frase e estou pensando nela agora. Quando escrevi meus primeiros textos para este blog eu mencionei a grama seca de Brasília. Eu estava na janela de um ônibus, com a mala cheia de cacos e tristezas. Estava voltando pra casa. Eu não sabia, naquele momento, que eu tinha um encontro agendado com Deus.

Como disse no início, estou aqui no alto de um monte, contemplando a grama verde de um imenso e majestoso vale, majestosamente verde. Daqui de cima eu vejo todo o caminho que percorri em 2015, e foi, efetivamente, neste ano, que eu me reencontrei com Deus. E maravilhado com todas as coisas que O vi fazendo, pude ouvir “Eu não mudei, ainda sou o mesmo. Meus braços ‘inda estão abertos...”. Ele esteve comigo durante todo o ano e em alguns momentos pôs as mãos em meus ombros, em outros momentos me carregou nos seus próprios ombros.

Na real, mesmo, felicidade é isto! Viver ao lado de Deus. Essa foi a minha chance e eu a agarrei, e eu precisava falar isso hoje. Deus é maravilhoso. Eu não sabia que era lindo assim ter Cristo no coração. “Eu sei, há problemas, às vezes umas lágrimas, mas eu nunca estou só, pois tenho novos amigos, irmãos de fé, que também sentem seu amor.”.

Pra fechar: “Porque deveras haverá bom futuro e não será frustrada a tua esperança.” (Provérbios 23:18)

Agora é com você, meu amigo; não perca mais essa oportunidade, pois “caras legais merecem uma segunda chance.”.


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Referências:

“Caras legais às vezes merecem uma segunda chance.” – trecho de Click, 2006, Direção: Frank Coraci. Roteiro: Adam Sandler, Jack Giarraputo, Mark O'Keefe, Steve Koren, Tim Herlihy.

Ainda Sou O Mesmo – Letra e Música: Evaldo Vicente. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AfLTjVD7T_w – acessado em 04.12.2015.

Um comentário:

  1. Aquele momento... em que você se emociona, e seus olhos se enchem d'água...

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