SUICÍDIO
(Por Jackson Valoni)
Vi outro dia no Fantástico uma reportagem
sobre a rotina do médico emergencista. Esse profissional é auxiliado por
enfermeiros e socorristas para dar mais uma chance de vida a pessoas em estado
crítico. Uma das cenas da reportagem mostrava a luta da equipe médica que fazia
massagem cardíaca e usava o desfibrilador em um paciente que estava
inconsciente. Os médicos se revezavam sobre o tórax de um rapaz para reanimar
seu coração com massagem, enquanto outro esperava sua vez para realizar o
choque elétrico.
O envolvimento era grande, cada
profissional estava ligado em sua atividade. Acompanhavam nível de oxigênio no
sangue, batimento cardíaco, pulso, sinais vitais! O rapaz estava em estado
gravíssimo, mas os médicos continuavam, insistiam, o que estivesse ao alcance
seria utilizado.
Quantas pessoas já perderam seus cônjuges,
pais, ou até os filhos? Quantas pessoas já perderam o emprego ou estiveram com
a amarga sensação de ser demitido? Como se controlar diante de situações assim?
O rapaz da reportagem veio a falecer. Tão
tenso quanto salvá-lo seria dar a notícia à família. Anunciar o que ninguém
quer ouvir é uma tarefa ruim demais. Nessas horas não importa o tamanho do
controle emocional, conhecimento intelectual ou frieza do coração de alguém. A
notícia da morte às vezes revela tudo o que existe no coração - através das
lágrimas de tristeza, raiva, dor ou saudade.
Houve um profeta chamado Jeremias que
estava encarregado de dar notícias ruins a um povo que se desgarrou de Deus.
Mas, nesse caso, diferentemente do rapaz na reportagem, o povo precisava de uma
escolha própria para sobreviver. Dependiam de ninguém, senão deles mesmos, para
mudar o rumo de sua história. Deus estava lá, com balão de oxigênio, por
precaução, mas o povo decidiu morrer.
Jeremias, mesmo sabendo que tinha a
proteção divina, mostrou todo o seu desconforto a Deus (Jeremias 1:5, 29:11).
As pessoas faziam piada dele, ninguém acreditava no que ele dizia e até
planejaram sua morte.
“Por
que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem
perfidamente?” Jeremias 12:1
Desistir dos caminhos de Deus é a escolha
mais fácil (II Timóteo 3:12), mas é o mesmo que se suicidar; é agir como o
paciente terminal, que não acredita mais que haverá melhoras, e deseja a
eutanásia (que não é legalizada no Brasil).
Cessa a esperança, cessa a vida.
“O
meu povo disse: Ó Senhor Deus, os nossos pecados nos acusam, mas pedimos que
nos ajudes, como prometeste. Muitas vezes nos afastamos de ti e contra ti temos
pecado.” Jeremias 14:7
Que Deus não rejeite a nossa oração.
“Sê fiel até a morte e
dar-te-ei a coroa da vida.” Apocalipse 2:10
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