sábado, 6 de maio de 2017

OUÇA O BRILHO


OUÇA O BRILHO
Jackson Valoni - Angra dos Reis/RJ

Eu já estava acostumado a chegar do trabalho e ver minha esposa em casa, me esperando. Durante algum tempo pude ter esse privilégio. Foi um período agradável. Durante dois meses vimos filmes, dormimos tarde, almoçamos sem pressa. Enquanto eu estava no trabalho, ela arranjava alguma coisa pra arrumar dentro de casa. Até parede ela pintou!

Ela passou por uma cirurgia e teve que ficar em repouso por 60 dias (mas, na realidade, ela não sossegou hora nenhuma). Como se não bastasse a licença médica, coincidentemente nossas férias deram início ao término daqueles 60 dias de convalescência. Assim, aproveitamos mais um período sabático que, pela definição do Jô Soares, é um momento para pessoas preguiçosas fazerem nada. Foi o que fizemos, na medida do possível.

Durante todo esse tempo em que minha esposa esteve em casa, não produzi muito. Li pouco, escrevi pouco, resolvi poucas coisas. Estou com muita coisa pra terminar. Parece que, quando meu corpo relaxa, a noção de responsabilidade relaxa junto. Tudo tira minha atenção. Ultimamente tenho utilizado protetor auricular dentro de casa. Preciso abafar todos os ruídos que possam interferir na minha concentração, e os sons que tiram minha concentração são: televisão, celular, música e Pamela (minha esposa).

Obrigado, inventor do protetor auricular.

Neste exato momento em que estou digitando há silêncio na minha casa. É uma sensação diferente... Estou há quase três meses sem ouvir o barulho do motorzinho do filtro de água na cozinha!


“Por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” Salmos 19:4

A voz de Deus, conforme ensina o salmista, e é reafirmado pelo apóstolo Paulo em sua carta aos romanos (Romanos 10:18) é impossível de ser evitada.

Numa palestra muito descontraída que o falecido escritor Ariano Suassuna fez, em determinado momento ele revela a maneira como conheceu sua esposa, Zélia. Num certo ponto da história ele conta, de uma forma muito romântica e lúdica, sobre um fenômeno jamais visto por ele: enquanto caminhava pela rua, à noite, uma luz irradiou e tomou conta daquele espaço. Até que ele revela: era a “figura radiosa”, cujo brilho emanava dos olhos.

Quando vi esse depoimento apaixonado me lembrei do sorriso da minha esposa e, tomando emprestado um adjetivo que Suassuna utilizou naquela palestra, eu vejo um sorriso de esplendor todos os dias.

O brilho de Deus contagia e Sua voz, possui uma chama que conforta a todos. Você pode ser usado para transformar a vida de alguém. Veja só:

“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” Romanos 10:13, 14

Vou terminando por aqui; ela acabou de chegar.

Ouça a voz e pregue.

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