segunda-feira, 15 de maio de 2017

MÃES E FILHOS, EM POESIA, PROSA OU NARRATIVA


MÃES E FILHOS, EM POESIA, PROSA OU NARRATIVA  
Maria Paula Guimarães - Niterói-RJ
 
Ontem foi o Dia das Mães. E eu queria escrever um texto que fosse, ao mesmo tempo, para a minha mãe e para todas as mães. Mas acho difícil. Primeiro, porque quando ouço minhas amigas falarem sobre suas mães, me sinto uma estranha no ninho. A minha mãe não tem nada a ver com o “padrão mãe” narrado por elas. Minha mãe não fica cobrando de mim uma coisa ou outra, nem se ocupa de tarefas da casa que devem ser feitas por mim. Se sou eu que tenho que fazer, eu que o faça. Ela não fará por mim, ainda que eu demore, enrole e postergue. Segundo, porque eu acho que não sei escrever textos publicitários de datas comemorativas. Só sei falar do que sinto, não do que os outros sentem.


Sendo assim, a única mãe sobre a qual eu poderia falar é a minha. Essa eu conheço. E se conheço! Todo ano, aliás, eu tiro do meu coração, nesta data, as melhores palavras que possam expressar a nossa relação e o meu sentimento por ela e, então, compartilho com o mundo.

Uma vez, foi um poema. Na outra, fiz em prosa e, depois, narrei alguns dos nossos episódios. Isso porque nossa relação é assim. Às vezes, poesia – cheia de amor, afeto, atenção e cuidado, que se encontram e vão rimando dentro da gente. Outras, porém, ela é prosa. Não tem tempo de rimar, porque, na correria do dia a dia, nem sempre sobra tempo pra isso, então acabamos por ficar com o básico. Por fim, nossas amadas narrativas, nossos episódios clássicos e tragicômicos, que, vez ou outra, emergem de nosso relacionamento e vão desenhando, espontânea e livremente, a nossa relação mãe-filha.


Essa relação, talvez, não seja das melhores. Eu e ela somos diferentes em incontáveis aspectos. E essas diferenças, quando vêm à tona, não nos deixam rimar uma com a outra. Elas nos fazem prosa, sem muita poesia. Mas quando muda o texto, mudamos as personagens em nós, e entramos numa mesma história – com emoção, suspense, desespero, diversão e, claro, amor.

Essa é a nossa história que, por ser verdadeira e humana, pode ser a de tantos outros filhos e filhas com suas mães. Pode ser que seja a mesma história, escrita pelo mesmo Deus, mas com outras personagens. Pode ser que seja a mesma poesia, feita pelo Autor da Vida, mas com outras estrofes. Pode ser que seja a mesma prosa, escrita por Ele, que nos permita estar hoje aqui, leitores e escritora, dividindo o mesmo ponto em comum: nossas queridas mães.


À minha mãe, desejo a bênção de Deus, pra continuar exercendo o dom da maternidade, seja em poesia, prosa ou narrativa. Às outras queridas mães, desejo que continuem sendo essa influência para o bem na vida de seus filhos. E a todas vocês, deixo Números 6:24-26, como meu pedido de oração a Deus:

“O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz”.

Ainda em tempo, porque sempre há tempo para esse amor: Feliz Dia das Mães!

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