GRAÇA. PRECIOSA GRAÇA.
Por Airton Sousa
Não sei como funciona com vocês, mas eu,
particularmente, gosto de escrever ou ler ouvindo alguma música especial, e
hoje acordei com uma letra, uma melodia e uma linda voz na cabeça.
Faz um tempinho que estou aqui neste blog, contando
a minha vida. Se você tem a sorte de me acompanhar desde o inicio, quando
peguei aquele ônibus e vim olhando a grama seca, na Dutra... - não sei se você lembra que
eu estava voltando pra casa, trazendo bastante tristeza na bagagem; não sei o
que você lembra da minha história, mas você tem mais de cinquenta textos para
trás pra reler e compreender - ... talvez, aí, você entenda esta
minha manhã de domingo.
Estou ouvindo a canção “Preciosa Graça”, da cantora
Joyce Carnassale. É uma canção especial. É algo que dá vontade de sair gritando
“Aleluia”. É algo inexplicável, sem palavras. Ouvi ontem essa música na igreja,
e por essa razão acordei com isso na cabeça, até procurar e perguntar no Google,
e chegar até a autoria e a dona da voz:
“Condenado eu
andei, procurando meu destino. E sem rumo eu vaguei, como folha no caminho...”
Aqui ela menciona uma caminhada como folha no
caminho - enquanto eu mencionava que eu corria atrás do vento, o que dá no
mesmo quando você não sabe para onde está indo. Até ser alcançado pela graça.
Isso me dá uma ideia de Deus correndo atrás de mim até me alcançar. É uma coisa
fantástica, isso.
“Mas, pelo
sangue de Jesus, aleluia!, fui achado. Pela glória de sua cruz sou feliz e
perdoado. Não há limites para o Deus eterno. Ele vai além para conceder sua
graça.”
Se você ouvir a canção vai entender este som, que
faço agora, uma mistura de muitas notas e lágrimas... “Aleluia!”, eu gritei
aqui na varanda. “Aleluia! Fui alcançado pela graça!”
Você sabe, você acompanhou.
Em João 9 “Jesus ia caminhando quando viu um homem
que tinha nascido cego... Jesus cuspiu no chão, fez um pouco de lama com a
saliva, passou a lama nos olhos do cego e disse que fosse lavar o rosto no
tanque de Siloé. O Cego foi, lavou o rosto e voltou
vendo. Os seus vizinhos impressionados com sua cura, perguntaram:
- Será este aquele cego que vivia pedindo esmolas? Ou é alguém muito
parecido com ele?
Ele respondeu:
- Sou eu mesmo. Encontrei-me com um homem chamado
Jesus, que mudou minha vida. A única coisa que sei: eu era cego e agora vejo.”.
Essa é a história de um homem que andou na
escuridão a vida inteira, até o dia em que se encontrou com Jesus Cristo. É um
cara que não tem muita coisa pra contar. Não se demorou muito falando da sua
família, nem de seus filhos, seus amigos. Ele não me diz nada. Seu testemunho
de fé é apenas este: “Eu só sei que eu era cego e agora eu vejo.”.
Essa é a grande diferença desta para outras histórias,
mas que termina do mesmo jeito que as demais. O amor de Deus sempre fazendo a
diferença. “Ele vai além pra conceder sua graça. Preciosa graça.”
Alguma coisa enternece meu coração, quando ouço da
Graça. Nenhuma canção conseguirá explicar este momento... quando me sento aqui
e começo a pensar na Graça. Simples assim. Deus me amou e deu seu filho. Graça
é tudo que me concedeu e foi muito além. E Foi por mim. Talvez você canse de
ler eu escrevendo sobre isso, mas eu não sei falar mais de outra coisa, não sei
mais ler sobre outra coisa, não sei mais ouvir nada que não seja da Graça de Deus.
E se eu puder, eu quero repartir essa Graça com você. Só pelo prazer de ver
você sentir e receber essa mesma Graça em sua vida.
“E não
importa qual o seu pecado. Basta aceitar e receber sua graça. Preciosa graça.”
“O único remédio para os pecados e
sofrimentos dos homens é Cristo. Unicamente o evangelho de Sua graça pode curar
os males que amaldiçoam a sociedade. (...) Ele, unicamente, substitui o
cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor.” — Parábolas de Jesus, pp.
252-254, Ed. Casa Publicadora Brasileira.
Como disse, é uma manhã de domingo, primeiro de maio de 2016, um
dia preguiçoso, tímido e nublado, mas quando você é perdoado dos seus pecados e
se livra daqueles pesados fardos que até outro dia atormentavam o seu corpo e a
alma, tudo passa a correr mais livremente. Os dias são leves. As lágrimas descem com vontade sobre o rosto,
mas não são mais lágrimas de tristeza...
Eu não sei muito sobre essa Graça. A única coisa que eu sei: “eu
era cego e agora vejo”.
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