FELICIDADE
Por Eduardo Santos
É muito comum, no meu local de trabalho, as pessoas
ouvirem músicas para fazer passar mais rápido o tempo, ou, simplesmente, manter
um som ambiente quando todos estão compenetrados em suas muitas tarefas. Numa
dessas oportunidades, ouvi uma música do Seu Jorge que falava sobre os
"significados práticos" de felicidade1.
De certa maneira, ir à procura da felicidade vai muito
além de um trocadilho com o filme protagonizado pelo Will Smith. Pode parecer
um papo um tanto filosófico, mas podemos considerar que a felicidade é um dos
objetivos comuns aos seres humanos. A grande diferença são os caminhos que
traçamos, os meios que procuramos, ou melhor, os "significados
práticos" que estabelecemos.
Recentemente, vi um filme, um drama, bastante
interessante, chamado "Papai show de bola". No meio do filme, um dos
personagens fala algo mais ou menos assim: Para
se alcançar a felicidade, devemos encontrar o pote que está no final do
arco-íris; precisamos entender qual o propósito de Deus ao nos colocar onde
estamos, no momento em que vivemos.
Palavras simples, mas um ensinamento profundo. Algo
que vai ao encontro de um verso bíblico que dá uma dimensão dos planos de Deus
para cada um de nós. Estou falando sobre Salmos 139:16: "Os teus olhos viram
o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as
quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.".
Embora esteja falando sobre a presciência divina dos
fatos, não é sinônimo de predestinação. Uma das coisas que, de forma visível e
invisível, permeia a existência humana e a história bíblica é o livre arbítrio,
nosso poder de escolha. Ou poderíamos dizer que trechos bíblicos como estes não
fariam sentido: "Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de
que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a
vida, para que vivas, tu e a tua descendência." (Deuteronômio 30:19) ou "Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei
hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam
além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a
minha casa serviremos ao Senhor." (Josué 24:15).
O fato é que, mesmo os nossos dias sendo todos já
conhecidos por Deus, Ele não nos priva de fazermos nossas escolhas nem de
arcarmos com as respectivas consequências. E, no fim de tudo, a
responsabilidade de sermos ou não felizes retorna às nossas mãos porque,
afinal, cabe a nós encontrar o pote no final do arco-íris e decidir ficar com
ele!
Forte abraço.
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Referência:
1. JORGE, Seu. Felicidade. Disponível em:
<http://m.vagalume.com.br/seu-jorge/felicidade.html>. Acessado em: 17/01/2016.
Que surpresa agradável Edu. Bela visita e um texto bastante inspirador.
ResponderExcluirAbraços
É sempre bom fazer visitas. Muito obrigado, Airton!
ExcluirPois é, Dudu, quando penso nessa coisa de "propósito de Deus" e quando não entendo por que estou vivendo determinado momento ou enfrentando alguma situação desfavorável, sempre me lembro da Rainha Ester e do que sue tio lhe disse quando a morte parecia estar chegando pra todos, inclusive pra ela e sua família: "Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?” .
ResponderExcluirSomos engrenagens num grande plano divino, muito maior do que o nosso, por isso muitas vezes não entendemos o que passamos.
ExcluirMas, além disso, enxergo neste encontrar o "propósito de Deus" uma forma de nos sentirmos completos.