ALÔ?!
Por Sérgio Mafra
Eu estava em determinada igreja quando uma
mulher começou a tecer algumas reflexões acerca do tema a ser abordado naquela
noite, que seria “Tecnologia”. Ela iniciou com uma pergunta que me chamou
atenção: “Qual o primeiro livro que você
lê ao acordar?”. Como estávamos em uma igreja, a maioria das pessoas
respondeu ser a Bíblia, numa resposta, digamos, meio tímida, ao que a mulher
indagou: “Será que nosso primeiro livro
do dia não é o smartphone?” A plateia concordou.
Quando isso aconteceu minha mente começou a
viajar e constatei essa realidade na minha vida. Ao acordar, praticamente todos
os dias eu pego, primeiro, o celular. A desculpa oficial é a necessidade de ver
a hora; mas o aparelho tem tantas funções, como internet, WhatsApp, Skype, Facebook,
bancos, GPS, jogos, notícias e outros que, se você não parar, fica fácil ali
distraído, por uma hora! Parei, então, pra pensar no poder que esse instrumento
tem sobre nós. Fiquei refletindo, então, que preciso separar tempo para tudo
aquilo que é importante.
Em uma recente entrevista no programa do
Jô, o rapper Marcelo D2 contou sua experiência em ficar seis meses sem celular.
No início a crise é forte, mas depois você se acostuma e nem sente tanta falta.
Nunca passei tanto tempo sem celular, mas o fato é que menos de dois dias sem WhatsApp,
há algumas semanas, foi suficiente para causar comoção nacional.
Eu não sei como você usa seu celular... Ele
pode trazer muitas coisas boas se nós assim o utilizarmos. Cabe a cada um de
nós escolher, conscientemente, o tempo que iremos dedicar a ele, o tempo que
dedicaremos às pessoas que estão ao nosso redor e que tipo de utilidades e benefícios
extrairemos desse importante aparelho. O “alô”, velho conhecido dos telefones,
está, paulatinamente, sendo substituído pelo teclado das mensagens e pelo FaceTime,
mas a boa e eficiente comunicação não pode ser deixada de lado.
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