terça-feira, 26 de maio de 2015

PUXÃO DE ORELHAS



PUXÃO DE ORELHAS
(Por Airton Sousa)

Fazia tempo que eu não levava um puxão de orelhas, embora tenha passado a vida inteira levando-os. Eu fico muito sem graça quando alguém me chama a atenção sobre algum comentário que tenha feito ou sobre algo errado que eu esteja fazendo. Calma, eu explico!
Durante a nossa programação de divulgação do blog fui seriamente advertido por uma irmãzinha lá em Madureira, que me puxou pela orelha e disse: ”Não espere até o final do ano para selar seu pacto com Deus, o tempo passa rápido, amanhã pode ser tarde demais pra você”. Assim mesmo, nesse tom que você imaginou. E não parou por aí; seguiu-se um sermão interminável sobre pessoas que adiaram decisões importantes. Quando ela terminou eu dei um jeito de sair à francesa, de tão pensativo que fiquei.

Procurando em meus guardados e escritos encontrei algo muito interessante sobre o relógio da vida:

“Faça de conta que uma vida de 70 anos foi concentrada num dia, das sete da manhã às onze da noite, e veja como é eloquente a fugacidade do tempo. Se hoje você tiver:
15 anos, são 10:25
20 anos, são 11:34
25 anos, são 12:42
30 anos, são 13:51
35 anos, são 15:00
40 anos, são 16:08
45 anos, são 17:16
50 anos, são 18:25
55 anos, são 19:34
60 anos, são 20:42
65 anos, são 21:51
70 anos, são 23:00
O que você acha? Ficou sério? E veja como a coisa é muito mais séria se você lembrar que o ser humano dorme em média 8 horas por dia. Quer dizer que alguém que viver 75 anos, terá passado 25 anos dormindo”. (Mais Semelhantes a Jesus – Alejandro Bullón, CPB, p. 130)

Tive um estagiário que se gabava muito por ser jovem e vivia praticando “bullying” com os mais velhos, como se a juventude ou a velhice de alguém nunca fosse terminar; só porque para ele eram 11h34 e para mim já passava das 18h.

Mas me diga: o que importa o relógio se você não estiver vivendo de acordo com o seu tempo e se preparando para o próximo período?

Você se lembra daqueles relógios de ampulhetas? Eu tinha um daqueles e gostava de ficar vendo a areia cair sem retornar. Havia um momento em que a parte superior ficava completamente vazia; apesar de demorar muito, acontecia, e aí, era só virar de ponta cabeça e a areia voltava a cair, dando a ilusão de que a vida continuava.

“Se você quiser fazer Deus rir, conte a Ele sobre seus planos para o amanhã; pode ser que o amanhã não venha para você ou para aquela pessoa com quem você deveria fazer acertos hoje.” (Encontros com Deus, p. 137, Casa Publicadora Brasileira)

Isso é sério e o que a irmãzinha que nem sei o nome me disse também é muito sério: “Muitos que planejam buscar a Deus no próximo sábado morrem na sexta; então, meu jovem, não espere mais”.

Sabe, esses puxões de orelhas me deixam pensativo, muito pensativo...

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Isso é bom e é muito sério, Lidia. Serve pra todos nós. Obrigado pela visita.

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  2. Sábio foi Deus que nos criou com as orelhas vizinhas ao cérebro. Assim, quando levamos "puxões", tao logo começamos a analisar e refletir.
    Sua autorreflexão contagia, acredite.
    Um forte abraço.

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    1. Puxões de orelhas doem mas nos fazem refletir e ver quanto tempo estamos perdendo. Obrigado Henrique, que bom tê-lo por aqui. Fica a vontade e conheça nosso espaço. Abração!

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  3. Sábio foi Deus que nos criou com as orelhas vizinhas ao cérebro. Assim, quando levamos "puxões", tao logo começamos a analisar e refletir.
    Sua autorreflexão contagia, acredite.
    Um forte abraço.

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