PUXÃO DE ORELHAS
(Por
Airton Sousa)
Fazia
tempo que eu não levava um puxão de orelhas, embora tenha passado a vida
inteira levando-os. Eu fico muito sem graça quando alguém me chama a atenção
sobre algum comentário que tenha feito ou sobre algo errado que eu esteja
fazendo. Calma, eu explico!
Durante a nossa programação de
divulgação do blog fui seriamente advertido por uma irmãzinha lá em Madureira,
que me puxou pela orelha e disse: ”Não espere até o final do ano para selar seu
pacto com Deus, o tempo passa rápido, amanhã pode ser tarde demais pra você”.
Assim mesmo, nesse tom que você imaginou. E não parou por aí; seguiu-se um
sermão interminável sobre pessoas que adiaram decisões importantes. Quando ela
terminou eu dei um jeito de sair à francesa, de tão pensativo que fiquei.
Procurando em meus guardados e
escritos encontrei algo muito interessante sobre o relógio da vida:
“Faça de conta que uma vida de 70 anos foi concentrada num dia, das sete da manhã às onze da noite, e veja como é eloquente a fugacidade do tempo. Se hoje você tiver:
15 anos, são 10:2520 anos, são 11:3425 anos, são 12:4230 anos, são 13:5135 anos, são 15:0040 anos, são 16:0845 anos, são 17:1650 anos, são 18:2555 anos, são 19:3460 anos, são 20:4265 anos, são 21:5170 anos, são 23:00O que você acha? Ficou sério? E veja como a coisa é muito mais séria se você lembrar que o ser humano dorme em média 8 horas por dia. Quer dizer que alguém que viver 75 anos, terá passado 25 anos dormindo”. (Mais Semelhantes a Jesus – Alejandro Bullón, CPB, p. 130)
Tive
um estagiário que se gabava muito por ser jovem e vivia praticando “bullying”
com os mais velhos, como se a juventude ou a velhice de alguém nunca fosse
terminar; só porque para ele eram 11h34 e para mim já passava das 18h.
Mas
me diga: o que importa o relógio se você não estiver vivendo de acordo com o
seu tempo e se preparando para o próximo período?
Você
se lembra daqueles relógios de ampulhetas? Eu tinha um daqueles e gostava de
ficar vendo a areia cair sem retornar. Havia um momento em que a parte superior
ficava completamente vazia; apesar de demorar muito, acontecia, e aí, era só
virar de ponta cabeça e a areia voltava a cair, dando a ilusão de que a vida
continuava.
“Se
você quiser fazer Deus rir, conte a Ele sobre seus planos para o amanhã; pode
ser que o amanhã não venha para você ou para aquela pessoa com quem você
deveria fazer acertos hoje.” (Encontros com Deus, p. 137, Casa Publicadora
Brasileira)
Isso
é sério e o que a irmãzinha que nem sei o nome me disse também é muito sério: “Muitos
que planejam buscar a Deus no próximo sábado morrem na sexta; então, meu jovem,
não espere mais”.
Sabe,
esses puxões de orelhas me deixam pensativo, muito pensativo...
Bom demais!!!
ResponderExcluirE isso é muito sério!
Isso é bom e é muito sério, Lidia. Serve pra todos nós. Obrigado pela visita.
ExcluirSábio foi Deus que nos criou com as orelhas vizinhas ao cérebro. Assim, quando levamos "puxões", tao logo começamos a analisar e refletir.
ResponderExcluirSua autorreflexão contagia, acredite.
Um forte abraço.
Puxões de orelhas doem mas nos fazem refletir e ver quanto tempo estamos perdendo. Obrigado Henrique, que bom tê-lo por aqui. Fica a vontade e conheça nosso espaço. Abração!
ExcluirSábio foi Deus que nos criou com as orelhas vizinhas ao cérebro. Assim, quando levamos "puxões", tao logo começamos a analisar e refletir.
ResponderExcluirSua autorreflexão contagia, acredite.
Um forte abraço.