O PONTO FRACO
(Por
Sérgio Mafra)
Eu já comentei algumas vezes, aqui, que
gosto muito de assistir a séries de televisão. Em especial, aquelas com
histórias intrigantes que estimulam o raciocínio. Ao assistir a determinado
episódio, me deparei com o diálogo entre dois personagens muito ricos e
importantes na trama. Eles travam uma disputa que vem de muitos anos e que,
apesar de atualmente serem homens implacáveis e dispostos a tudo para obter o
que desejam, teve sua origem por conta de suas paixões e, segundo um deles,
essas paixões foram capazes de trazer à tona suas maiores vulnerabilidades.
Eu me detive por um instante nessa linha de
pensamento que correlaciona paixão e vulnerabilidade. Será que aquilo que eu
amo pode ser, exatamente, meu ponto mais fraco? Cheguei às seguintes situações:
o que você seria capaz de fazer pelos seus filhos, pais ou esposa? Até onde
você chegaria para proteger quem você mais ama ou o que você mais ama? Falamos
de família, mas podemos, perfeitamente, para muitos, estar nos referindo ao
patrimônio financeiro ou ao bem tão desejado. A pergunta é: o que faz você arriscar
tudo a ponto de lhe tornar vulnerável e suscetível a abrir de mão de tantas
outras coisas e princípios?
É difícil depositar todas as suas
esperanças, sentimentos e energia em coisas e pessoas, pois sabemos que nada
disso tem garantia eterna. Pessoas traem e decepcionam, casas e palácios
desmoronam, livros e teorias caem no esquecimento. Aquilo que tem nossa total
devoção e entrega deve ser o que nos torna mais fortes e aptos a manter o que
de melhor que existe em nós e ao nosso redor. A partir disso, a pergunta se
repete: onde está o meu tesouro? A bíblia sagrada nos dá um caminho para a
resposta: “Pois onde estiver o seu
tesouro, aí também estará seu coração.” (Mateus 6:21).
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