quarta-feira, 6 de julho de 2016

OSTENTAÇÃO


OSTENTAÇÃO
Por João Octávio Barbosa

Eu sou a pessoa mais rica do mundo. Sim, eu. E escrevo essa coluna com o único objetivo de ostentar minha riqueza na sua cara.


Meu princípio rege o seguinte: rico não é o que mais tem; é o que menos precisa. Por isso, me considero o mais rico do mundo. Deus tem me abonado com tudo o que eu preciso e muito mais do que eu mereço. 


Hoje é aniversário do dólar, a moeda americana. São 231, anos segundo a Wikipédia*. Minha riqueza não envolve ter nenhum dólar no bolso. Mas, como eu disse, aos meus olhos isso não significa nada de importante. Creio eu que Deus concorda comigo. Porque é a principal lição que tiramos do nosso “Perfil Sem Curtidas” de hoje, a viúva pobre de Lucas 21:1-4. Vejamos:

E, olhando ele (Jesus), viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro;
E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas;
E disse ele: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva;
Porque todos aqueles deram em ofertas a Deus do que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha.


Com essas palavras, Jesus mostrou a contabilidade diferenciada de Deus. Dá mais aquele que fica com menos. A regra da proporcionalidade gera justiça. Em seu livro “Como Jesus Tratava as Pessoas”, Morris Venden diz o seguinte: “Deus mede nossas dádivas, não pela quantia de dádivas, mas pela quantia que sobrou depois de termos dado.”.

Interessante, não? A viúva deu meros centavos, mas era tudo o que ela podia. Os ricos deram muito, mas ainda muito sobrou. Não é a toa que Jesus afirmou antes que era muito difícil o rico entrar no Céu. Muito difícil não é impossível, é verdade, mas é mais desafiador. O desapego deve ser maior para quem já tem muito.

Mas rico não é o que mais tem; é o que menos precisa. Do que você precisa?
O que você escolhe ser sua prioridade? O jovem rico que era obediente a Deus e queria seguir a Jesus não conseguiu “não precisar” de toda a sua riqueza e desistiu de Cristo. Na parábola de Lucas 16, a partir do versículo 12, o agricultor “louco” não conseguiu “não precisar” guardar as sobras da sua lavoura, em vez de ajudar o necessitado.


Existe alguma coisa na sua vida que você não consegue “não precisar”? A despeito de riqueza, dólar, viúva pobre, ostentação e necessidade, o texto de hoje, na verdade, é sobre coração. Está seu coração entregue a Jesus? Só duas moedas, ou uma grande soma de notas? Cuidado com a pegadinha! Aqui, a resposta ideal para Jesus é: “só as duas moedas”, porque elas representam TODO o seu coração.

Como é bom, para mim, saber que Deus enxerga as minhas atitudes pela ótica das minhas intenções. A clássica frase “De boas intenções o inferno está cheio” é um atentado grotesco aos princípios bíblicos. Jesus não vê como vê o homem. Não se engane também. Abra seu coração. Ele é mais importante do que a sua carteira.


Não peço que concordem, espero que reflitam!


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