quarta-feira, 26 de agosto de 2015

NAS MÃOS DO PAI

NAS MÃOS DO PAI
(Por Eduardo Santos)

E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.” (Mateus 6:13).

Fim de mais um série de textos. Eu fico pensando que não poderia ser diferente, afinal, a série está terminando com uma reflexão baseada num trecho riquíssimo em conceito. É maravilhoso notar como as palavras e assuntos se encaixam de maneira extraordinária, como Jesus acaba abordando todos os temas da vida humana de forma genérica.

A maneira como Jesus encerra a oração estende uma linha que conecta as palavras iniciais às palavras finais. Nelas encontramos adjetivos que caracterizam a grandiosidade, majestade e onipotência divinas. Através delas somos capazes de compreender que o Ser com quem estamos falando é Deus, um Ser soberano, Criador e Mantenedor de tudo que existe. Ensinam-nos a dar a Deus o lugar que lhe é devido.

Mas não vamos parar por aqui. Peço que empregue algum tempo meditando no pedido que é feito no trecho de reflexão de hoje. O que achou? Vejo que com ele aprendemos que não é por nossos esforços que vencemos as tentações, que não existe ato humano que nos livre de pecar. Essa pequena parte da frase mostra que é por intermédio de Cristo que somos capazes de permanecer em pé quando tudo provoca a nossa queda. Por meio dessas palavras estamos dizendo algo assim: “Senhor, toma-me nas tuas mãos e me proteges, pois sou incapaz de fazer isso por mim mesmo. Cobre-me com as tuas mãos protetoras e não permitas que os assaltos do mal venham a me abalar.”.

O mais tocante disso tudo é que ainda podemos enxergar esse pedido de outra forma. De acordo com o pensamento cristão, pecar é afastar-se de Deus.1 Em outras palavras, Jesus nos incentiva a pedir a Deus que nos mantenha perto de si, a única forma de não cair em tentação. Pois é, Deus nos quer o mais próximo possível a cada instante!

A verdade mais bela que essa oração traduz só é percebida ao lê-la por completo. Sabe a tal linha que falei três parágrafos acima? Eu chamo de graça, pois, mesmo sendo muito maior do que nós, como as extremidades da oração nos mostram, ainda assim, se preocupa conosco. Como eu disse no texto “PP, P, M, G OU GG?2, se o próprio Deus, na pessoa de Jesus, no ensina a chamá-lo de Pai, é porque Ele nos considera seus filhos e, se os pais terrenos atendem os pedidos de seus filhos, quanto mais nosso Pai do céu nos atenderá. (Mateus 7:11).

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Referências:

1-    TILLICH, P. Teologia sistemática. Editora Sinodal. 6ª Edição.
2-    SANTOS, L. E. P. PP, P, M, G OU GG?. Disponível em: < http://www.entaoserve.blogspot.com.br/2015/07/pp-p-m-g-ou-gg.html>. Acessado em: 20/08/2015.

 

2 comentários:

  1. "Livra-nos do mal." Numa cidade tão linda mas perigosa, como a que vivemos, em dias de maldade e tentações para que nos afastameos do bom caminho, saber que podemos pedir esse favorzinho ao Pai e que Ele nos atenderá é confortante!

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  2. Do jeito que as coisas estão, eu diria que é um favorzão...rs

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