NAS MÃOS DO PAI
(Por
Eduardo Santos)
“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal,
porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.”
(Mateus 6:13).
Fim de mais um série de textos. Eu fico
pensando que não poderia ser diferente, afinal, a série está terminando com uma
reflexão baseada num trecho riquíssimo em conceito. É maravilhoso notar como as
palavras e assuntos se encaixam de maneira extraordinária, como Jesus acaba abordando
todos os temas da vida humana de forma genérica.
A maneira como Jesus encerra a oração
estende uma linha que conecta as palavras iniciais às palavras finais. Nelas
encontramos adjetivos que caracterizam a grandiosidade, majestade e onipotência
divinas. Através delas somos capazes de compreender que o Ser com quem estamos
falando é Deus, um Ser soberano, Criador e Mantenedor de tudo que existe.
Ensinam-nos a dar a Deus o lugar que lhe é devido.
Mas não vamos parar por aqui. Peço que
empregue algum tempo meditando no pedido que é feito no trecho de reflexão de
hoje. O que achou? Vejo que com ele aprendemos que não é por nossos esforços
que vencemos as tentações, que não existe ato humano que nos livre de pecar.
Essa pequena parte da frase mostra que é por intermédio de Cristo que somos
capazes de permanecer em pé quando tudo provoca a nossa queda. Por meio dessas
palavras estamos dizendo algo assim: “Senhor,
toma-me nas tuas mãos e me proteges, pois sou incapaz de fazer isso por mim
mesmo. Cobre-me com as tuas mãos protetoras e não permitas que os assaltos do
mal venham a me abalar.”.
O mais tocante disso tudo é que ainda
podemos enxergar esse pedido de outra forma. De acordo com o pensamento
cristão, pecar é afastar-se de Deus.1 Em outras palavras, Jesus nos
incentiva a pedir a Deus que nos mantenha perto de si, a única forma de não
cair em tentação. Pois é, Deus nos quer o mais próximo possível a cada
instante!
A verdade mais bela que essa oração traduz
só é percebida ao lê-la por completo. Sabe a tal linha que falei três
parágrafos acima? Eu chamo de graça, pois, mesmo sendo muito maior do que nós,
como as extremidades da oração nos mostram, ainda assim, se preocupa conosco. Como
eu disse no texto “PP,
P, M, G OU GG?”2, se o próprio Deus, na pessoa
de Jesus, no ensina a chamá-lo de Pai, é porque Ele nos considera seus filhos
e, se os pais terrenos atendem os pedidos de seus filhos, quanto mais nosso Pai
do céu nos atenderá. (Mateus 7:11).
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Referências:
1- TILLICH,
P. Teologia sistemática. Editora
Sinodal. 6ª Edição.
2- SANTOS,
L. E. P. PP, P, M, G OU
GG?. Disponível
em: <
http://www.entaoserve.blogspot.com.br/2015/07/pp-p-m-g-ou-gg.html>.
Acessado em: 20/08/2015.
"Livra-nos do mal." Numa cidade tão linda mas perigosa, como a que vivemos, em dias de maldade e tentações para que nos afastameos do bom caminho, saber que podemos pedir esse favorzinho ao Pai e que Ele nos atenderá é confortante!
ResponderExcluirDo jeito que as coisas estão, eu diria que é um favorzão...rs
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