DO RIO A VIENA, MAS NÃO SÓ ISSO. – Parte 2 - Hoje, em Amsterdam.
(Por Lucas Souza)
Que bom que você aceitou o meu
convite de embarcar junto conosco nessa viagem especial!
Depois de quase doze horas de
voo chegamos a Amsterdam. Teríamos algumas horas de espera na escala do voo até
Viena. Então, como estávamos ávidos por conhecer novos locais, saímos do
aeroporto e passeamos por algumas horas.
Compramos um tíquete que nos
dava direito a andar por um dia em vários meios de transporte, em Amsterdam - desde
trem, barcos, metrô de superfície, até ônibus elétricos. Saímos do aeroporto de
trem e, por um equívoco, entramos na linha errada. Assim, acabamos não indo
para o centro da cidade como fora o intuito inicial. Porém, como diz um tio
meu: “A melhor maneira de conhecer uma
cidade é se perdendo nela.”. Passamos por alguns prédios cuja arquitetura sempre
fugia ao convencional e foi então, quando começamos a perceber uma área mais
rural, que nos demos conta de que não estávamos indo para a estação central da
cidade. No entanto, o passeio foi bem bacana. Vimos as típicas vacas holandesas
se alimentando de grama bem verde, em pastos que eram entremeados por rios.
Sim, a Holanda e, principalmente, Amsterdam são locais que nasceram da vida
pesqueira e cuja economia girava em torno do mar. Portanto, ali há muitos
canais de água que cortam a cidade.
Foi nessa área mais rural que
vimos algumas casas típicas Holandesas. As casas holandesas apresentam, em
geral, uma característica marcante comum – janelas grandes. Sim, janelas amplas
e grandes. É lógico que privacidade é algo importante, mas já pensou se nossa
vida fosse assim com tamanha integridade e sinceridade que não temêssemos as
janelas da vida? A transparência só é possível quando a nossa vida íntima
condiz com a nossa vida pública. Só então poderemos ser sinceros, isto é, sem cera para encobrir nossas imperfeições.
Pegamos outro trem-bala,
voltando, agora sim, em direção ao centro. Passamos pelo estádio do time de futebol
Ajax, por vários canais de água, onde havia barcos transitando pelo caminho, e,
por fim, chegamos à estação central. As inúmeras bicicletas cruzando a cidade
nos impressionaram! Havia ciclovias e, interessante, muito próximo à estação de
trem central um grande “estacionamento” de bicicletas, para que os ciclistas
pudessem então pegar o trem.
Nosso destino, agora, era a
casa de Anne Frank - a pequena menina judia que ficou refugiada, no período da Segunda
Guerra Mundial, na empresa de seu pai. Ali, a adolescente Frank escreveu o
conhecido diário intitulado pelo seu nome. Gosto muito de algumas frases de
Anne Frank e da sua resiliência ao ultrapassar os problemas advindos da
reclusão da guerra, derramando o seu coração a um diário. Quanta maturidade
para uma pequena juvenil que sonhava, mesmo em tempos de guerra, ser uma
jornalista! A esperança faz com que cruzemos as prisões circunstanciais e haja
liberdade.
Algumas das frases de Anne das
quais mais gosto são:
“Escrever um diário é
uma experiência realmente estranha para alguém como eu. Não somente porque eu
nunca tenha escrito algo antes, mas também porque tenho a impressão de que nada
do que uma garota de 13 anos escreva irá interessar mais tarde para mim ou
outras pessoas. Bom, não tem problema. Eu me sinto como uma escritora.”
“É difícil em tempos
como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo
esmagados pela dura realidade. É um milagre eu
não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e
impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar
de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.”
Os sonhos são o motor
da nossa vida e sonhar com o céu muda nossa maneira de viver desde já, aqui na
terra. Através dos sonhos podemos trazer já para o presente porções do que será
pleno apenas no futuro. Deus nos promete um local para se viver onde não há
mais morte nem pranto nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Apocalipse
21:4), porém, podemos viver uma parte da realidade do céu se Cristo viver em
nosso coração. Com Cristo no coração podemos ser transparentes, não há do que
se envergonhar. Quer liberdade maior do que essa? E a terra que ele nos reserva
é um local de liberdade plena, além das nossas expectativas, um local que nem
mesmo a imaginação de uma jovem reclusa poderia alcançar.
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que
Deus preparou para os que o amam.” (I Coríntios 2:9)
Lucas aceitou nosso convite para
escrever neste blog, mas decidiu que não teria a mesma graça se não nos fizesse
um convite também... E foi assim que teve a ideia de nos chamar pra seguir
nessa viagem do Rio de Janeiro a Viena, com ele, Loisy - sua esposa, e um Amigo
em comum. A coluna especial “DIÁRIO DE VIAGEM” trará momentos emocionantes e
reflexivos desse tour, realizado em meados de 2015. Apronte-se e venha com a
gente! Tenha em mente o que está registrado no
seu primeiro post: “Raízes são essenciais, porém, sem asas,
não se pode voar.”
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