terça-feira, 9 de junho de 2015

O NÁUFRAGO

O NÁUFRAGO
(Por Airton Sousa)

Semana passada escrevi sobre o GPS e me lembrei de um texto que escrevi em 2008 sobre o filme "O Náufrago”. Usei o texto para um post, num blog pessoal, e na época em que o escrevi eu só tinha oito leitores; logo, acho que pode ser novidade por aqui:

“O Náufrago” não é nenhuma novidade na telinha, parece que já até virou filme inédito da “Sessão da Tarde”. Pra mim é um clássico. Definição de clássico é: filme + Tom Hanks = Clássico.  É um filme americano lançado em 2001 que narra a história de um empregado da Fedex que sofre um acidente aéreo e vai parar numa ilha desabitada no meio do Pacífico Sul.

Em seu isolamento, Chuck tinha duas grandes companhias: a sua bola Wilson e o relógio com a foto de sua noiva. Wilson, a bola de basquete, torna-se um amigo imaginário, mas que na verdade representa uma parte dele mesmo. Antes mesmo de cair no mar ele já era um náufrago. Como todos nós. O que mantinha Chuck vivo era sua esperança de um dia sair com vida dali. Eram as conversas com o Sr. Wilson que o animavam e divertiam.

Quando cheguei naquela ilha, logo depois de um tempo, tinha certeza que jamais sairia de lá, que tinha perdido tudo, que nunca mais retornaria e que meu grande amor estaria perdido para sempre. Tentei me matar, pois nos meus cálculos, invariavelmente, isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde, fosse por um ferimento ou doença, mas sem recurso... era inevitável. Resolvi então dar cabo de minha vida para evitar maiores sofrimentos. Escolhi no alto de uma rocha uma árvore, para poder enforcar-me, porém, antes de colocar meu próprio pescoço, fiz um teste para ver se a árvore suportaria meu peso. Não suportou e a árvore espatifou-se lá embaixo. Daquele ponto em diante, percebi que não tinha controle nenhum sobre a minha própria vida, pois nem morrer como gostaria era possível; mas que, diante disto só restava uma coisa a fazer: manter-me vivo, respirar. Simplesmente respirar”.

Um dia, aconteceu o livramento. Ao amanhecer, depois de um longo tempo, Chuck finalmente fora salvo. O que o manteve vivo durante todo o tempo e foi seu guia e GPS, naquela ilha deserta, foi o “Senhor Wilson”, a bola.

Um amigo meu, chamado Wilson Vilela, um dia me disse: "Perdi várias ondas, mas eu tenho a impressão de que a próxima onda virá bem melhor e cheia de oportunidades. Estou esperando a próxima onda.".

Quando acordei, agora pela manhã, pensei que, às vezes, até um amanhecer como este pode brilhar diferente para uns e outros. Como se sobrevive a isso? A mensagem do dia é: "Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: 'De onde me vem o socorro?'. O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida". (Salmo 127:1, 2, 7).

A certeza de que temos um Deus que nos protegerá durante essa fase ruim é o que nos mantém em pé e confiantes. Esta é a senha para sair de casa hoje, animado e cheio de confiança: “O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; é bom esperar tranquilo pela salvação do senhor.”. (Lamentações 3:25-26)

Quem sabe o que a maré poderá trazer hoje? No caso de Chuck, a maré trouxe a sua salvação.
Tenha um bom dia e boas marés.



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