UM
PEDIDO DE AJUDA
(Por Sérgio Mafra)
Você já esteve em um local em que viu
pessoas pedindo ajuda? Infelizmente, em minha cidade, já vi muita gente nessa
situação. Pessoas pedindo dinheiro, pedindo remédios, pedindo comida e, até
mesmo, pedindo água. Nossa sociedade está repleta de pessoas que precisam de
ajuda. Precisam de caridade no sentido mais amplo da palavra, precisam de
pessoas que realmente se importem e queiram fazer a diferença. É fácil tirar da
carteira uma nota de 2, 5 ou 10 reais; mais difícil é saber quem é o que pede,
onde mora ou por que está ali.
Em nossos dias, usar a expressão “meu
próximo” está tão comum quanto sem sentido. Próximo de quem? Irmão de quem?
Pessoas necessitadas são dignas de pena ou, no máximo, de um lamento. Fica
fácil falar sobre um mundo injusto e desigual diante de uma mesa farta e tendo recursos
para prover sustento e cuidados médicos a quem eu amo; mais difícil é sair da
minha zona de conforto e ir ao encontro de quem mais precisa.
Uns dias atrás, um amigo convocou algumas
pessoas para que fizessem doação de sangue. Não, ele não tinha ninguém
precisando, em casa ou em seu círculo de relacionamento. A ideia era doar,
simplesmente por doar, a qualquer um que estivesse precisando - e que não são
poucos, diga-se de passagem. Quando você chega para fazer o cadastro, uma das
primeiras perguntas é: Para quem você vai direcionar?”. “Para ninguém em
especial; estou aqui pelo meu próximo”, foi a resposta dele. Não é cristão, nem
sei se está lendo o blog, mas aquilo me fez pensar na dimensão que palavra “próximo”
pode ter.
Que possamos pensar, nesta semana, em quem
é o nosso próximo; entender que um dia nós também podemos ser “o próximo” de
alguém e que o pedido de ajuda pode vir dos nossos lábios.
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