UMA
QUESTÃO DE ESCOLHA
(Por Lucileide Santos)
Embora mencionado por Paulo em último lugar,
em Gálatas 5:22, 23, o “domínio próprio”, às vezes traduzido como “temperança”,
seguramente não é o menor dos frutos do espírito. Alguns sinônimos de domínio próprio
são: autodisciplina e força de vontade. Esse fruto do espírito vai muito além
do simples refrear de hábitos prejudiciais, pois estimula e habilita a prática
do que é bom.
Existe uma personagem bíblica que traduz em
atos o que vejo como domínio próprio. A história de José é mesmo incrível e
pode nos dizer muito sobre esse dom. Traído por sua família, vendido como
escravo, esse jovem tinha todos os motivos do mundo para duvidar do cuidado, do
amor e até da existência do Deus sobre quem havia sido ensinado durante toda a
infância1.
Contrariando as expectativas, José se
manteve firme no que acreditava, se desviando de atitudes permissivas ou
destrutivas, horando e glorificando a Deus em tudo o que fazia.
Em contraposição às atitudes de José também
há outra personagem que me chama a atenção quanto a essa questão da temperança
e do domínio das vontades. Em Juízes capítulos
13 a 16 encontramos a história de Sansão, um jovem forte e consagrado a Deus
para proteger seu povo. No relato podemos observar Sansão sempre cedendo a seus
caprichos e vontades sem se preocupar em se preservar ou ouvir os conselhos que
lhe passavam.
Sansão e José representam dois caminhos,
duas escolhas, e também nos evidenciam o grande conflito em que vivemos! Quem
nunca passou por situações em que precisou respirar fundo e pensar melhor? Ou em
que até tenha se permitido e aprendido, por um processo mais doloroso, que
aquele não era o melhor caminho?
A vida, meus queridos, é feita de escolhas.
Estamos constantemente sendo levados a continuar a corrida, como diz Paulo em
sua metáfora para o transcorrer de nossa vida: ”Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha
o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos
jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo
perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo
assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar.
Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter
pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.” (I Coríntios 9:24-27, NVI). Não
podemos desanimar. Para isso contamos com a ajuda de nosso grande Amigo e
Salvador Jesus! Ele esteve com José e também com Sansão e hoje está disposto a
estar conosco. É só aceitarmos seu convite.
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Referência:
1-
Gênesis 37.
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