O
GRITO
(Por Sérgio Mafra)
“Ora, Jericó fechou-se e estava
fechada por causa dos filhos de Israel: nenhum saía nem entrava. Então,
disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó... Vós, pois,
todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim
fareis por seis dias. E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifre de
carneiro diante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete
vezes; e os sacerdotes tocarão as buzinas. E será que,
tocando-se longamente a buzina de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido da
buzina, todo o povo gritará com grande grita; e o muro da cidade
cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si... E
sucedeu que, ao sétimo dia... tocando os sacerdotes a sétima vez as buzinas, disse
Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade! Gritou,
pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que,
ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande
grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada
qual em frente de si, e tomaram a cidade.” Josué
6:1-5, 15, 16 e 20.
Independentemente
de você ser ou não cristão, essa é uma boa história, afinal, temos
arqueologicamente evidências da existência da cidade de Jericó. Ela foi descoberta em 1868, a 28km ao nordeste de Jerusalém, perto do Mar
Morto. As primeiras escavações foram realizadas entre 1908 e 1910, pelos alemães
E. Sellin e C. Watzinger, 240m abaixo do nível do mar. A “cidade da lua”, nome
derivado provavelmente da adoração ao deus-Lua - “Yarih” ou “Yerah”. Entre 1930
e 1936 houve uma 2ª campanha arqueológica, dirigida pelo inglês John Garstang;
finalmente, entre 1952 e 1959 houve a 3ª e última campanha.
A primeira
surpresa surgiu quando se verificou que Jericó seria a cidade mais antiga do mundo,
pois foram encontrados restos de uma muralha de defesa (com 6m de largura, com
outro muro de 2m de largura pelo lado de dentro e uma torre de 9m, ainda
faltando seu topo, de onde se calcula que todo o muro tinha cerca de 9m de
altura com as torres mais altas, um pouco), datada de aproximadamente 4.000 a.C.
Então, Jericó erguia-se num fértil oásis, de abundantes palmeiras e tâmaras,
com copiosas nascentes de água. Os habitantes da cidade enterravam os seus
mortos debaixo do piso das suas próprias casas e temos indícios de que ela foi
destruída e reconstruída diversas vezes ao longo de sua história.
Agora
imaginemos a situação, trazendo para o contexto bíblico: um povo que tinha a
sua frente uma cidade fechada, com grandes portões de madeira, provavelmente
reforçados com ferro, e uma gigantesca muralha. Que desafio, não? E,
inusitadamente, Deus dá uma ordem difícil de acreditar: marchem ao redor da
cidade e, ao sétimo dia, gritem.
Desse texto poderíamos
tirar várias aplicações, mas hoje gostaria de abordar, especificamente, uma: o
grito.
Sabe quando os
problemas, os desafios e obstáculos parecem tão grandes na sua frente que você
não consegue enxergar uma saída no meio deles? Eu já passei por algumas
situações assim e experimentei a força que tem o grito, seja ele interno ou
externo. Chega um momento da sua história em que você precisa gritar, pra você
mesmo ou para os outros. A gente precisa dizer “não” para aquele relacionamento
destrutivo ou para aquele amigo que só nos diminui, dizer “não” para a preguiça
ou o desânimo de estudar, de procurar emprego ou de começar uma vida mais
saudável e praticar exercício físico; “não” para o trabalho que toma tanto seu
tempo que não permite que você dê valor às pessoas que realmente importam. E dizer “sim” para a vida, “sim” para o
respeito próprio, “sim” para o amor e “sim” para Deus!
Qual o grito
que você precisa dar hoje? O que precisa ser derrubado?
Confie, marche
e grite!
Boa semana e
muitos gritos pra você!
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