terça-feira, 12 de setembro de 2017

CRENÇAS - 23


CRENÇAS - 23
Airton Sousa - Direto de Paciência – Rio

Quando chego à crença 23, me vem uma inquietação. Como escrever um texto sobre a família sendo eu solteiro? Mesmo já tendo participado de alguns casamentos, fui lá na condição de solteiro, de convidado, de padrinho, de amigo do noivo ou da noiva, ou de ambos, mas nunca na condição de noivo. Ser solteiro não foi só uma opção minha, devo ser sincero; foi culpa minha também. Demorei muito para escolher e acabei não sendo escolhido. Mas eu e a solteirice que me foi reservada convivemos muito bem. Criei dois filhos nessa condição e sou feliz assim.

Lembrei que Jesus também era solteiro e compareceu a um casamento; lá Ele realizou Seu primeiro milagre.

Você pode ler a história em Mateus 19:3-6.


O fato de Jesus ter estado nesse casamento e feito o milagre da multiplicação do vinho, me mostra que embora Ele não tenha casado, em função do seu ministério como Messias, apoiou e honrou o casamento como instituição divina. Deus sabe o que é melhor para o homem e por isso mostrou a indissolubilidade do casamento. “O que Deus juntou não separe o homem.”

Li um texto em que Peter Marshall, fala sobre o casamento. Era algo mais ou menos assim: Quando nos apaixonamos de verdade, não é apenas atração física. Se for só isso, não vai durar muito. O ideal é também uma atração espiritual. Deus abriu os nossos olhos para ver a alma de alguém e nós nos apaixonamos pelo interior da pessoa... Por isso é que Deus é a peça principal do romance. Para começar, foi Ele que elaborou tudo. Faça com que Ele esteja em casa e seja parte de seu casamento, e Ele vai levar o seu casamento para um outro nível; acima do nível mundano, para algo raro, lindo e duradouro.


Certa vez eu fui convidado para um casamento. A ordem do noivo, que por acaso era o meu filho, era que eu deveria usar terno; de qualquer jeito! Naquela época eu não usava ternos e sentia arrepios terríveis só de pensar nessa possibilidade. Mas eu era o pai do noivo e também seria o celebrante do casamento. Que situação! Mas eu caprichei nos detalhes... Queria que meu filho sentisse orgulho de mim no dia mais feliz da sua vida.

Eu comparei o casamento a uma viagem que eles estavam iniciando e as minhas palavras foram mais ou menos as seguintes:

Filhos, tenham sempre na mente que essa pessoa que está ao seu lado é a pessoa que você escolheu para ser seu companheiro ou companheira nessa viagem.

Não briguem e nem acusem um ao outro por algo errado no percurso da viagem. Procurem descobrir a origem do erro, vejam o que é possível fazer para repará-lo e fiquem atentos para não repetir o mesmo erro. Cada um deve reconhecer suas próprias falhas. Ninguém é perfeito. Todos estão cercados por limitações.

Não guardem mágoas ou ressentimentos. O perdão é o lenitivo para o coração. Perdoem-se mutuamente.

Conversem, conversem muito. Repartam seus problemas, compartilhem suas dúvidas e dificuldades. Não escondam absolutamente nada um do outro. O casamento morre com a primeira mentira. A mentira, além de minar a confiança, abre precedentes para outras mentiras e cada vez maiores.

O casamento é uma viagem de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos que não chegaram a se realizar.

Lembre-se, William, meu filho, agora você é o cabeça do lar e, como tal, tem a solene tarefa de proteger e amparar a Juliana. Você é o provedor de todos os meios necessários para o bem-estar físico, moral e espiritual da Juliana e também do seu filho, Ryan, que está para nascer.

Nunca exija da Juliana obediência e submissão cegas porque você é o cabeça do lar. Autoridade não se impõe; ela é conquistada pela força do amor. Simplesmente ame-a verdadeiramente.

Juliana, respeite o William como seu marido e aceite a missão que Deus confiou a ele. Dê preferência, sempre, ao juízo do seu esposo.

Sejam sempre românticos. Tenham sempre palavras carinhosas. Gestos românticos como um beijo e um abraço serão verdadeiros amortecedores de choques e uma fonte de água para dessedentar o cansado viajante.

William, traga flores ao voltar para casa.

Juliana, sempre o receba cheirosa e com um sorriso de felicidade.

Juliana e William, o mais importante numa viagem é a chegada. Na vida existem muitas estradas com rumos e destinos incertos, muitos atalhos perigosos que atrapalham a chegada.

Imaginem que agora vocês têm um destino a chegar. De mãos dadas, alegres, às vezes tristes, sorrindo e às vezes chorando, vocês começam a caminhada rumo a um alvo mais elevado. Que o alvo de vocês seja tornarem o lar de vocês, junto com o Ryan, um pedacinho do céu.

Não se esqueçam de convidar um quarto personagem para morar com vocês. Deus. Ele deverá ser o melhor amigo e companheiro de vocês nessa viagem. Que sejam quatro as pessoas que irão compor esse novo lar: William, Juliana, Ryan e Deus.
E se Ele não estiver na viagem é possível que vocês percam o rumo.

Boa viagem e que Deus os abençoe!

Taí, esses foram os meus conselhos quando meu garoto casou e hoje desejo o mesmo para todos os casais que estão lendo este texto. Que Jesus Cristo seja o convidado especial do seu casamento e que vocês sejam felizes até que a morte os separe!

Boa terça-feira!

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