O GATO DE SUÉTER
Jackson Valoni - Angra dos
Reis/RJ
Minha irmã adotou um
filhote de gatinho preto que encontrou nos fundos da igreja. Nunca vi essa
garota tão dedicada com alguma coisa. O bicho dormia no quarto dela, come ração
de primeira, vai ao Veterinário... sem contar que minha irmã pendurou uns
barbantes pra ele ficar esbofeteando as cordinhas amarradas. O bicho substituiu
o lugar que eu ocupava na casa.
Um dia o gato ficou
estranho. Um fungo poderoso atacou o rosto da criatura. O nariz dele ficou em
carne viva, a orelha e o rabo também foram atingidos. Pouco depois, o gato
ficou com pneumonia.
Meu pai, que nunca foi fã
de gato, falava entre os dentes que nunca quis o bicho em casa.
Aos sábados, quando vou
almoçar na casa dos meus pais, dava pena (e nojo) de ver aquele bicho cheio de
feridas, deformado. A respiração dele era ofegante, e não tinha o mesmo ânimo
de antes. Por recomendação veterinária o gato deveria ficar isolado, porque o
fungo só poderia ser combatido assim. Ele não podia mais pegar sol, e deveria
tomar remédios diários.
Por fim, o Veterinário
disse que o tratamento poderia durar até um ano. Meu pai reforçou seu
descontentamento e me uni a ele.
Outro dia prometi pra
Pamela que daria um porquinho da Índia pra ela. Outro dia falei que queria um
peixe, porque não dá trabalho. Outro dia eu pesquisei vários cachorros pra dar
de presente pra Pamela. Não cumpri nenhuma dessas promessas. O arrependimento
era quase instantâneo.
O gato está lá na casa dos
meus pais, ganhou um suéter pra se proteger do frio, e anda pra cima e pra
baixo com um cone na cabeça pra não piorar a situação dele. O bicho tem nome:
Vuitton (por causa daquela marca chique, Louis Vuitton, que minha mãe gosta).
Aos pouquinhos ele vai melhorando, o que é um milagre. Só minha irmã acredita
que esse bicho vá se recuperar plenamente.
Eu admiro essa fé que
quanto mais impossível possa parecer o final feliz mais forte ela se torna.
Gosto de pensar que Deus tem fé em mim no seguinte sentido: Ele não desiste de
mim (e nem de você). E ainda que eu esteja no escuro, distante, e
voluntariamente escolha errar, Deus me acompanha e o Espírito Santo intercede
por mim para que eu volte a quem sempre pertenci: o próprio Deus.
"Deus não é homem,
pois não mente. (...) Ele faz o que promete." Números 23:19
E Deus promete uma
herança, que é uma vida de paz no Céu. Mais do que a fé de Deus por nós,
precisamos ter fé nEle, e aceitar esse amor infinito. Chame por esse Deus que
cuida de você em todas as ocasiões. Obedeça aos desejos desse Ser que é tão
inteligente que nos dá uma lista de coisas boas para a nossa vida.
Leia Romanos 3:31, Romanos 7:7; Êxodo 20.
Mais um texto cheio de conteúdo. Amém!
ResponderExcluirFé pode mover montanhas, desistir, não é uma opção.
ResponderExcluirE melhoras pro Louis...eu me sentindo íntima, já dando apelido!