sábado, 23 de setembro de 2017

CANALHAS


CANALHAS
Jackson Valoni - Mangaratiba (?), Itacuruçá (?) / RJ

Esse texto foi escrito no dia 6 de setembro. Alguma novidade de lá pra cá?

Estou viajando. Volto pra casa. O som ambiente, dominado pelo sistema de refrigeração do ônibus, varia com as imperfeições da estrada. 18°C lá fora. Alguém ronca no banco 17 ou 18, não sei.  Apesar disso, a viagem está agradável. 

Faz vinte minutos que fizemos uma pequena parada numa lanchonete. Comprei dois pães de queijo e uma garrafa d'água. O ônibus começou a viagem às 17h, partindo do Centro do Rio, perto da Igreja da Candelária. Encaramos um engarrafamento na Avenida Brasil e agora são 21h21. Ainda nem passei por Conceição de Jacareí. Meu destino é o bairro de Praia Brava, em Angra dos Reis.


Hoje, quando acordei, vi notícias sobre 8 malas e 5 caixas, ambas totalizando aproximadamente 51 milhões de reais distribuídos em notas de 50 e 100, encontradas num apartamento ligado ao ex-ministro do Governo atual. Também vi que o Governo anterior é acusado de receber propinas no valor escabroso de quase 1,5 bilhão. Não escrevi errado. É bilhão mesmo.



Comprei um pão de queijo por 4 reais. Havia um biscoito de polvilho sendo vendido por 6 reais. Um absurdo!


A gente vota, a gente financia, a gente estimula. A gente fica indignado e "xinga muito no Twitter". Nós, corruptos ativos.


Jesus conheceu um canalha chamado Zaqueu. Ele trabalhava para o Governo romano, mas era judeu. O trabalho de Zaqueu era cobrar impostos, o que não é problema nenhum, porque os impostos do contribuinte ajudam a movimentar o país. O problema é que Zaqueu costumava cobrar quatro vezes mais do que o valor correto. 


Zaqueu, um homem baixo, era professor em matéria de corrupção. Talvez ele tenha prenunciado a doença brasileira que finca suas unhas encravadas e sujas nos temas de novelas que doutrinam a massa; nos púlpitos que doutrinam os fiéis despreparados; nas famílias que alimentam as crianças com os exemplos de corrupção, e depois choram; nas "traquinagens" para buscar a maneira mais fácil de ganhar bens e direitos.



A culpa, talvez, seja da democracia, ou do próprio demo.


Aquele homem, Zaqueu, teve uma segunda chance. Por alguma razão, Jesus viu esperança onde a corrupção transbordava. Jesus falou pra Zaqueu que iria pra casa dele, e que jantaria com ele. A Bíblia conta que aquele cobrador de impostos confessou a Cristo sua maneira de trabalhar, arrecadando até quatro vezes mais do que o necessário, talvez comprometendo famílias que não tivessem condições de pagar impostos tão pesados. 


Zaqueu foi restaurado porque encontrou o Salvador. Zaqueu "deu uma chance" pra Jesus quando subiu numa árvore para ver Cristo de perto. Deu certo.


"... e a verdade vos libertará." João 8:32


Você está indignado com as notícias que dominaram os jornais de hoje? Tente mudar a si mesmo; leve sua mudança para sua família. Protesto de Facebook não resolve. Dê uma chance pra Jesus.



Cheguei a minha casa. 22h46. 

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