BIG BROTHER BRASIL
João
Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City - RJ
Se
você soubesse quem você é e até onde vai a sua fé, o que você faria? Onde iria
chegar? E assim começa o programa mais tradicional do verão da Globo: o famoso
BBB. Agora em 2018 chegaremos à 18° edição (quase) anual do reality (“quase”
porque no 1° ano houve duas temporadas).
O
programa já foi a porta da fama de atrizes (Grazi Massafera), apresentadoras
(Sabrina Sato) e até políticos (Jean Willys). Foi febre (para muitos ainda é) e
também já foi muito criticado.
Eu
mesmo já fui fã, depois tentei ignorar sem sucesso, desprezei em redes sociais,
e hoje me sinto meio indiferente. Mas, confesso, mediante alguns estímulos
externos, chego a assistir alguma coisa ainda hoje.
É
um laboratório social, inegavelmente. Mostra, mesmo que alguns questionem se o
programa não seria uma grande armação, as dificuldades do convívio humano de
forma geral. E gera discussões válidas para a sociedade.
Na
última edição, por exemplo, as estripulias do casal Marcos e Emily despertaram
grande atenção para os casos de abuso e violência contra a mulher.
A
origem do nome do programa é interessante. Ele surge do livro de George Orwell,
chamado “1984”. Como foi escrito em 1948, ele era futurista. Imaginava e
descrevia uma sociedade totalmente controlada e vigiada, a realidade dos
participantes do programa. No entanto, o que era uma crítica dura, um apelo
para a que a sociedade não aceitasse essa privação de liberdade, acabou virando
um entretenimento divertido para a família brasileira.
O
Big Brother (Grande Irmão) do livro era o líder dessa comunidade de escravos
não oficiais. Ele tinha acesso a tudo, via tudo, sabia de tudo. Tem algo aí que
eu já li em outro livro...
SPOILER FINAL. Semana
após semana, cada membro do BBB é eliminado até que se defina um vencedor para
o programa. O primeiro ganhador foi o Kleber Bam-Bam, dançarino baiano, que
chegou até a participar do “Programa do Didi”, na Globo. A última foi a Emily
Araújo. Quem será o(a) próximo(a)? Você, talvez?
Isso
dependerá do voto das pessoas que acompanham a vida dos participantes minuto a
minuto com a tecnologia, a Globo, e alguns pela internet ou TV paga. Cada
telespectador assume a prerrogativa de ser Deus para cada participante, pois
ali dentro nada escapa aos seus olhos.
Mas
mesmo fora do programa (ou do livro), somos pessoas vigiadas. Não por alguém
que queira nos privar da liberdade, mas pelo Deus Criador que quer seguir os
passos de um filho como a mãe segue os de seu bebê, a fim de ter certeza de que
tudo corre bem.
O
Senhor quer acompanhar você cada vez mais de perto. Assine o pay-per-view.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
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