ELE TINHA TUDO, MAS...
Eduardo
Santos – Rio de Janeiro/RJ
Faz
um tempo, eu escrevi um texto falando sobre o significado de felicidade na
cultura contemporânea. Já nem lembro o título dele, mas sei que escrevi!
É
inevitável não voltar a esse tema, pois acaba sendo um tópico muito abordado em
círculos de conversa, reflexões pessoais, matérias de jornais ou revistas etc.
Já
reparou que estipulamos uma lista de metas pra alcançar a felicidade e que
muitos dos itens, na maioria dos casos, são vinculados a bens materiais e
status?
Quero apresentar ou relembrar a história de um personagem bíblico. Ela se encontra em II Reis 5. Eu aconselho que você leia o capítulo todo, mas, por ora, ficaremos apenas com alguns versos.
O
início do capítulo apresenta Naamã da seguinte forma: "Naamã, comandante do exército do rei da
Síria, era grande homem diante de seu senhor e de muito conceito, porque por
ele o Senhor dera a vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso."
(II Reis 5:1).
É
claro que os parâmetros são completamente diferentes dos que estamos
acostumados atualmente, mas acho que dá pra notar que Naamã tinha prestígio,
honra e, provavelmente, muitas posses. Arrisco dizer que era um dos homens mais
respeitados do reino, até não seria estranho se fosse mais estimado do que o
próprio rei, por conta de suas conquistas.
Resumindo:
ele tinha status e muitos bens. Só que a construção da frase, propositalmente
construída dessa forma, me leva a crer que nada disso valia a pena! Como se o
próprio autor do relato quisesse dizer: Sabe
todas essas coisas boas que citei? Esquece; ele era leproso.
Só
que a história continua. Naamã descobre que existe um meio de ser curado de sua
doença - mergulhar sete vezes no Rio Jordão. Pelas próprias palavras do
comandante, a gente entende que esse não era um dos melhores rios pra se tomar
banho. Agora eu abro parênteses: Deus tem uma forma curiosa de agir, usa coisas
simples pra fazer o extraordinário. Coisas que colocam nossa razão de cabeça
para baixo.
A
história termina e não se lê mais nada sobre a vida de Naamã, nem mesmo se fala,
explicitamente, se ele se tornou um homem mais feliz depois dessa experiência.
Mas, a partir da sua postura, acho que ele nos dá uma lição.
O fato é que Naamã e sua comitiva já estavam na direção de casa quando pararam no rio e a cura foi realizada, mas fizeram questão de voltar para agradecer.
Mas, a partir da sua postura, acho que ele nos dá uma lição.
O fato é que Naamã e sua comitiva já estavam na direção de casa quando pararam no rio e a cura foi realizada, mas fizeram questão de voltar para agradecer.
Talvez
pensemos que a diferença na vida desse homem tenha sido o livramento da doença,
mas ele nem sequer menciona a cura em sua conversa com Eliseu; parece até um
detalhe insignificante. Naamã se concentra no reconhecimento da existência de
um único Deus verdadeiro e em sua adoração a Ele.
Aquele
homem voltou diferente para casa, mas não foi por conseguir mais vitórias, nem
foi por ficar mais rico. O ponto da virada pra Naamã foi ter encontrado Deus.
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Nota da Revisão: O texto mencionado pelo autor pode ser lido AQUI.
Gosto muito quando o Edu escreve neste blog. Sempre uma mensagem bela e inspiradora. Obrigado por esta meditação.
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