quarta-feira, 30 de novembro de 2016

RÁ! IÉ IÉ! PEGADINHA DO MALLANDRO!


RÁ! IÉ IÉ! PEGADINHA DO MALLANDRO!
Por João Octávio Barbosa

O Estado (lê-se “país”) de Israel é um pedacinho de polêmica cercado por árabes por todos os lados. Após o massacre cruel que os judeus haviam sofrido por toda a Europa durante a II Guerra Mundial, pareceu bem aos olhos do mundo que a recém-criada ONU separasse um pedacinho de terra para esse povo, onde eles pudessem viver em paz e seguros. O pequeno inconveniente para os povos árabes é que a escolha desse território reservado não foi um local inabitado. Ou seja, se a ideia era proporcionar tranquilidade aos judeus, isso foi tudo o que não aconteceu.


Em 30 de novembro de 1947, apenas um dia após a ONU anunciar a criação de Israel, o Estado judeu já foi atacado pelos seus vizinhos, que dominavam a região. Sem dúvida, o Festival da Boa Vizinhança, tradicional encontro de bairro lá na região mexicana onde morava o Chaves, não acontecia naquelas bandas. Entre um novo morador abusado e a falta de hospitalidade dos antigos moradores, haveria espaço para a paz?

A História diz que sim. E se apresenta na Bíblia. Num cenário incrivelmente parecido, milhares de anos atrás, os judeus fizeram paz com um povo vizinho, porém, ironicamente, por meio de uma mentira. Uma verdadeira pegadinha, digna de Sérgio Mallandro, Faustão ou Sílvio Santos. Se quiser ler nas palavras da versão original, está em Josué 9.


Há mais de mil anos, Josué liderava Israel rumo à posse do mesmo território que o tratado da ONU buscava garantir no século passado. A ordem era expulsar o povo que habitava a região. Diante do medo da aniquilação, a nação de Gibeon teve uma ideia brilhante: fugindo do comum, decidiu não guerrear, mas fazer um acordo de paz com Israel. No entanto, para que esse acordo fosse aceito, era necessária uma pequena encenação.

Então, os gibeonitas forjaram uma aparência de viajantes de uma terra distante. Mentira; eram vizinhos de Israel. Prepararam todo um esquema que incluía: um pequeno grupo dos melhores atores do país para se fingir de embaixadores; roupas e alimentos propositalmente envelhecidos; e uma mentira muito bem elaborada.


Uma vez que eles já sabiam que Israel fora notificado de que deveria destruir (e não negociar) com todos os países vizinhos da região, os gibeonitas afirmaram vir de muito longe. Para lidar com povos muito distantes, Israel não tinha recebido nenhuma ordem. Cometeram um grave erro ao não consultar Deus sobre a proposta (Josué 9:14). Então, aceitaram o acordo de paz, assim como os presentes que haviam sido estragados de propósito.

Israel cometeu a audácia de resolver os seus problemas sem Deus. Talvez naquele momento as pessoas tenham ficado soberbas. Pessoas quem vinham de longe, falando palavras lisonjeiras, deixando os israelitas orgulhosos: “Poxa, lá no fim do mundo estão falando das nossas vitórias épicas!”.


Três dias durou a farsa. Até que o povo de Israel deu de cara com aqueles que se diziam vir de terras mui distantes. Mas promessa é promessa. Foi cumprida, para que Deus não se irasse mais com o seu descumprimento do que com o descuido, comentado no parágrafo anterior. Impedidos de eliminá-los, tornaram os gibeonitas seus serviçais - coisa que eles agradeceram muito, diga-se de passagem.

Os demais povos da região, que estavam na lista negra da destruição, se sentiram ainda mais ameaçados após esse acordo. Gibeon era uma terra grande, na qual muitos desses depositavam as últimas esperanças de deter Israel antes que os judeus os destruíssem. Então, como vemos em Josué 10, esses povos se reúnem para retaliar a Gibeon, que eles consideravam agora um país “traíra”.

Gibeon apela para Israel. Agora são nações amigas, certo? Aquele acordo baseado na pegadinha do Mallandro se mostra a melhor coisa que poderia acontecer. Israel dá proteção aos gibeonitas, e eles são o único povo a sobreviver à conquista de território dos judeus do segundo milênio antes de Cristo.


Israelenses e árabes do século XX e XXI. O quanto eles têm a aprender com os gibeonitas? Se pensarmos em acordos de paz, convivência sem agressão ou hostilidade, poderíamos dizer que muito; mas eu não consigo parar de pensar na história da pegadinha... Na inteligência usada para mentir. Nesses caminhos tortos que trouxeram o sucesso.

Se você esperava que eu fosse terminar o texto de hoje com um parágrafo estilo “moral da história”, que definisse de forma clara o certo e o errado desse episódio, se iludiu. Não sei. Não sei se faria igual ou diferente, nem de um lado, nem de outro. É luta por sobrevivência; ninguém quer morrer. Mas tem uma coisa que o texto aborda de forma simples: Israel não devia decidir nada sem consultar Deus. Você pode aplicar isso a sua vida também. Que solução Deus tem para seu problema, hoje?

Não peço que concordem, espero que reflitam!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

UM DE NÓS


UM DE NÓS 
Por Airton Sousa

Ele sentou ao meu lado e ficou em silêncio durante muito tempo.

Havia perdido o melhor amigo, assassinado - e muito jovem também (assim como ele, 18 anos de idade). Assassinato covarde, briga de trânsito.

Fiquei ao lado dele e pedia a Deus que colocasse as palavras apropriadas em meus lábios. Eu não podia simplesmente dizer “sinto muito”. Não... A gente nunca sente o suficiente. A gente não sabe. A dor é grande e insuportável, e se sente sozinho. As lágrimas lutavam para sair. Sua voz tremia, quebrada pelo vulcão da dor que martelava seu coração. Finalmente conseguiu falar:

- "É uma coisa difícil de explicar, um sentimento que mata aos poucos. É uma falta tremenda... Não consigo acreditar! Quanto mais eu penso em alguma justificativa, mais eu fico indignado. Toda hora me pego pensando e dizendo baixinho: Volta, mano, volta! Será que tudo isso que eu estou sentindo vai passar? Não sei... Só sei que dói muito, é insuportável e eu não consigo ficar bem. Eu queria muito que Deus me falasse alguma coisa... qualquer coisa...”.

Hoje, o dia em que estou escrevendo este texto, é o “Dia de Finados”, aqui no Rio, e eu me lembrei desse amigo e dessa ocasião. Na hora eu não sabia o que dizer...

Tenho visto muito disso, ultimamente. As pessoas duvidam, questionam, e cada vez mais se sentem solitárias. Desistem da vida, do mundo. Ontem eu fiquei estarrecido quando soube que uma senhora aqui do meu bairro se jogou da passarela na linha do trem e morreu. A foto do seu corpo dilacerado foi estampada nas redes sociais e eu a conhecia. Meus vizinhos contaram que era uma pessoa muito querida aqui na vila. No final de tudo, o silêncio. O respeito aos mortos, o abraço aos enlutados, e cada um sente a dor, cada um do seu jeito.

Eu queria que Deus falasse.

Deus fala!

Deus sabe como você se sente.

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hebreus 4:15

Ele foi um como nós. Ele próprio participou de todos os sofrimentos. Todas as dores. Os estresses, e ansiedades, e insônias.

Traição? Seu melhor amigo O traiu.

Rejeição? Seu outro melhor amigo O negou.

Solidão? Seus amigos O deixaram sozinho e foram dormir.

Morte? Ele sentiu o gosto.

E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. (Lucas 22:44 )


Ele foi ferido e oprimido para que pudéssemos ter paz. “Tomou sobre si as nossas dores e enfermidades (Isaías 53:5). Tirou toda nossa miséria e a colocou sobre os seus ombros. Calou-se para que pudéssemos ter o direito de falar com o Pai e chorou para que pudéssemos cantar.

Morreu para que pudéssemos ter vida.

Ele tornou-se um de nós, para que quando você estiver triste, perturbado, possa recorrer a Ele e permitir que Ele o cure. Espero que você nunca se esqueça disso.

Jesus sabe como você se sente em cada circunstância de sua vida, mesmo que você ache que está sozinho, mesmo que você não acredite. Ele ama você e pagou um preço muito alto para levá-lo de volta para casa.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

NÃO VAI DAR PRA REPETIR





O fato, incontestável, é que nunca poderemos repetir o dia de hoje.

Steve Jobs, cofundador da “Apple”, e que morreu há cerca de cinco anos, disse que aos 17 anos de idade leu uma frase que causou nele um tremendo impacto, e que dizia mais ou menos assim: "Ao se olhar no espelho, a cada manhã, pense que esse pode ser seu último dia. Um dia você vai estar certo!”. Ele disse que saber que estaria morto dentro de algum tempo foi um dos mais importantes instrumentos da sua vida, levando-o a se libertar de coisas superficiais, a se livrar do medo, e a fazer grandes escolhas. Steve Jobs disse que sua maior motivação, na vida, era a morte.

Tá. E se você começasse a pensar nisso? 

Diga lá: que tipo de escolhas faria? Se hoje fosse mesmo seu último dia de vida, continuaria fazendo as mesmas coisas que fez ontem e que tem feito, ao longo da sua vida? Faria hoje o que está na sua agenda? Ainda deixaria de falar com alguém? Ainda perderia tempo com certas coisas superficiais? Se este, de fato, fosse seu último dia, você arranjaria tempo pra fazer as coisas que vem planejando fazer?

 “O que você faria se só lhe restasse este dia?”

Porque nenhum de nós vive para si mesmo e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e, se morremos, também é para o Senhor que morremos. Assim, tanto se vivemos como se morremos, somos do Senhor.” (Romanos 14:8)

domingo, 27 de novembro de 2016

PREVENÇÃO

PREVENÇÃO
Por Pamela Henriques Moreira

Gosto bastante de cozinhar (eu disse que gosto e não que sou muito boa nisso. rs), mas confesso ser um pouco estabanada - derrubo os talheres, a comida, queimo uma coisa aqui, outra ali, às vezes consigo até a proeza de me cortar... Falando em cortar, quem nunca ouviu sobre simpatias ou técnicas para diminuir o choro na hora de cortar a cebola? Cortá-la dentro da água, congelar por 15 minutos antes de cortar e muitas outras. A melhor das alternativas, na minha opinião, é usar óculos de natação!  Rs


Assim como só me lembro dessas alternativas quando já estou em lágrimas, temos o costume de deixar as coisas para depois, lembrando apenas quando o sapato aperta. Hoje eu gostaria de falar sobre prevenção.

Hoje, 27 de novembro, é o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data foi criada em 1988, com o intuito de ampliar o conhecimento da população sobre as formas de prevenção e de tratamento da doença.

Dentre as variadas causas do câncer, tem-se a "externa", relacionada aos hábitos ou costumes de uma sociedade. 

Você sabia que a alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida? Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas açucaradas, pode prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo?



Adoçantes artificiais, consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, alimentos e bebidas com alto teor calórico, excesso de sal e conservantes são vilões e, sim, aumentam a probabilidade de causar câncer, além de outras doenças,  como diabetes e hipertensão.

"Para vocês se alimentarem, eu lhes dou todas as plantas que produzem sementes e todas as árvores que dão frutas. Mas, para todos os animais selvagens, para as aves e para os animais que se arrastam pelo chão, dou capim e verduras como alimento. E assim aconteceu." Gênesis 1:29-30

Deus nos deu tudo que precisávamos para uma vida boa e saudável. O plano original dEle, sem os males que o pecado trouxe ao mundo, incluía uma alimentação natural, de origem vegetal.

Em Levitico 11 Deus nos mostra os animais que podem ou não ser consumidos. Há quem diga que é besteira, que algo tão antigo deva ficar no passado. Eu não sei você, mas creio nas orientações divinas como eternas; o Deus de ontem é o mesmo de hoje, Seu desejo é que tenhamos vida e vida em abundância. Negar as prescrições do Médico dos médicos é negar que Ele é soberano, que sabe o que é melhor para nós e até mesmo que Ele nos ama e quer cuidar de nossa vida e saúde.

É muito difícil deixar certos vícios para trás, abandonar velhos costumes, abdicar daquilo que gostamos, mas compensa muito quando se pensa em ter mais saúde, evitar doenças e dores por causa de nossos maus hábitos. A luta é grande, mas com a ajuda do Eterno conseguimos caminhar conforme Sua vontade.


Há muitos males que não conseguimos evitar, incluindo aqueles herdados geneticamente. Mas podemos tentar melhorar nossa qualidade de vida.

Gostaria que lessem o texto do Nosso Amigão, publicado aqui no blog há alguns dias (http://entaoserve.blogspot.com.br/2016/11/querido-amigao-obrigado-por-parar-de.html?m=1). O Amigão tem vencido o tabagismo. Numa lista de grandes causadores de câncer, o cigarro fica em primeiro lugar.   Nós, do Então Serve, temos muito orgulho dele!

Peço a Deus que mesmo com deslizes e tropeços eu me erga e siga conforme o Seu desejo, em todos os sentidos de minha vida.

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Referências:

Câncer – Prevenção e Riscos. Conteúdo acessado em 05.11.2016: