quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A GRANDE FAMÍLIA


A GRANDE FAMÍLIA
Por João Octávio Barbosa

70 anos! Não são 7 nem são 27, são 70 anos de vida bem vividos. Hoje a atriz Marieta Severo completa mais um aniversário, o primeiro na casa do 7° andar da vida. Meu limitadíssimo conhecimento sobre a mente da mulher é suficiente para saber que ela não gostaria que eu estivesse revelando a sua idade aqui. Porém, considerando que ela não vai ficar sabendo, acho que é mais um processo que o blog não vai levar (uma pena; estou desde o início do ano esperando ser processado por alguma celebridade, para dar Ibope à nossa página).


De todas as personagens que Severo fez na televisão nenhuma chega aos pés, em popularidade, da “Nenê”, papel que ela interpretou por 15 anos na série “A Grande Família”, da Rede Globo. Foram 489 episódios, na mais longa série da TV brasileira. O sucesso prolongou o programa. E muitos especialistas em televisão atribuem esse sucesso à empatia de ver uma família como a que a maioria de nós tem em casa sendo retratada.

Hoje o “Perfil Sem Curtidas” é de toda uma grande família, que também era muito unida, mas não parecia ser muito “ouriçada”. Já ouviu falar nos Recabitas? Você pode se inteirar lendo o conteúdo no seguinte link: Jeremias 35.

A história é simples, desconhecida e rápida. Meu tipo preferido para esta coluna. Era um tempo de muita “apostasia” em Israel, e se você não está habituado com esse termo, posso descrevê-lo como uma grande zona espiritual no meio do povo que devia seguir a Deus. Crise política, econômica, religiosa... um caos geral.


Eis que Jeremias, o profeta mais respeitado como oráculo de Deus da época, chama todos os representantes da família de sobrenome “Recabita”, para uma experiência social idealizada pelo próprio Deus. A grande família chega ao Templo e Jeremias ordena: “Bebam o vinho que está diante de vós.”. O coração daquele grupo de homens treme. Era tradição familiar: desde a época do vovô Recabe, e por sua determinação, nenhum descendente dele bebia uma gota de álcool.


Não só essa abstinência era tradição. Os recabitas também não tinham plantações e nem construíam casas. Faziam um estilo meio “freiras descalças”, de viver uma vida sem posses, e com toda a simplicidade possível. E tudo isso por obediência à tradição que vinha desde antepassados que nem estavam mais vivos. Com isso, mesmo diante de Deus e do profeta, disseram ousadamente: “Não!”. Recusaram-se a beber vinho.

Era exatamente o que Deus sabia que iria acontecer. Não era intenção divina simplesmente embebedá-los. Os recabitas foram uma parábola viva, um testemunho sobre como as pessoas da época, em meio ao caos citado anteriormente, ainda podiam e deviam ser obedientes.

Jeremias mostra esse episódio como um exemplo a todo o povo, uma prova de que não havia desculpa para a rebeldia geral contra Deus. Aquela família estava no meio da cidade de Jerusalém, convivendo 24 horas por dia e 7 dias da semana com todos os erros espirituais ao redor. Mas apesar de estar ali, não era dali. Eles viviam no mundo, mas vislumbravam um Céu.


No fim do capítulo 35 de Jeremias, a família Recabita recebe uma promessa de Deus de prosperidade e prolongamento do clã. Não é surpreendente. Deus sempre tem uma promessa e uma bênção para quem Lhe ouve e obedece. Não quer você saber qual é a sua? Não quer você receber a recompensa?

Vamos orar juntos, rapidinho?
“Querido Deus, me desculpe por não ser o melhor filho que poderia ser, e me desculpe por viver num mundo cheio de maldade e me envolver com ela sempre. Deus, me ajude a melhorar, e a ser mais obediente. Quero ser alguém que faz o bem e é fiel, como os recabitas. Obrigado por tudo. Em nome de Jesus, amém.”

Não peço que concordem, espero que reflitam!
           

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