É FÉ
Por
João Octávio Barbosa
É
um texto para reflexão; não precisa concordar comigo.
Ela
conquistou porque acreditou. Não deveríamos nós acreditar também?
Seria
injusto creditar a vitória dessa mulher, na justiça, a uma mera insistência. Essa
viúva foi além de meramente repetir o mesmo pedido. Ela lutou pelo direito.
Pelo justo. Pelo correto. Quando você direciona sua sincera fé a esses
propósitos divinos, uma luz especial brilha no Céu, e seu pedido entra na mais
íntima câmara de desejos pleiteados a Deus.
Eis
a frase que cala fundo no meu coração. “O Filho do Homem (Jesus) achará fé na
Terra quando voltar?”. É tão drástica a afirmação dessa pergunta. É tão direta
essa indireta. É tão forte para me fazer duvidar se eu sou cristão. Se alguém
é. Se alguém tem fé. Se aquela mulher tinha. Por que ela fazia o que ela fazia,
afinal? Estaria ela apenas sendo egoísta e inconveniente?
“A
justiça tarda, mas não falha”, diz o velho ditado. Uma generalização simplista
demais, como quase todas. Bom, talvez não no caso de Deus. A promessa é
enfática. Então a confiança também tem que ser. E a essa confiança chamamos fé.
Parece algo fácil de ter: basta crer que algo vai acontecer. Mas o quê? Quando?
Onde? De que forma? E Jesus transpassa nosso peito com a fatídica pergunta.
Já sabe qual é? Então agora falemos desse juiz
severo e indiferente à população a qual ele, supostamente, servia. O pouco que
se comenta sobre a figura passa a imagem de um magistrado soberbo e distante do
povo. Egoisticamente, ele se afasta da parte dura do trabalho, e não quer o
ônus da profissão. E somente após raciocinar que a mulher viúva não o deixaria
em paz, decide agir em nome da justiça, e resolve seu problema, mesmo que com
muito atraso.
Caso você não tenha percebido, essa é uma história
sobre a forma mais direta de contato com Deus: a oração. Jesus, nesse episódio,
usou os personagens de um juiz e uma viúva, onde simplesmente o primeiro
ignorava a segunda, que insistentemente lhe pedia o único favor de julgar seu
caso. No caso paralelo, vemos a nós mesmos diante do Juiz Deus, com nossas
petições sendo protocoladas na Vara da Oração, nossa primeira e última
instância. A lição está aqui para ser aprendida.
Tolerância é um atributo fundamental de Deus. Ele
suporta nossa insistência também, ao levar a Ele pedidos esdrúxulos para nosso
favorecimento. Certa vez, Jesus contou uma história interessante, em que a
falta de tolerância (no caso, de ser importunado), acabou gerando justiça. E
usou isso de exemplo para nos mostrar como pedir a Deus, e como ser
recompensando por Ele. Obviamente, como você, fã inteligente da nossa página,
já percebeu, aí estão nossos Perfis Sem Curtidas de hoje, que encontramos em Lucas 18:1-8. A
parábola da viúva e do juiz.
Estamos no Dia Internacional da Tolerância. Você
acredita que merece parabéns pelo seu dia, ou está mais perto do grupo que pode
aproveitar hoje para melhorar essa característica na sua personalidade? Aliás,
pondo essa situação em espelho, você é uma pessoa que testa a tolerância do seu
próximo? Muitas vezes me sinto intolerável. À minha mãe, ao meu irmão, à minha
noiva então! Ao meu chefe também, e aos meus clientes. Mas acima de tudo, a
Deus. Ó Deus! Bendita a tua tolerância para comigo! Para com todos nós!
PS: O título do texto pode ser lido de trás para
frente, sem alterar o seu sentido!
PS 2: Se a intenção deu certo, os parágrafos do
texto também! Favor, testar.
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