quarta-feira, 16 de novembro de 2016

É FÉ

É FÉ
Por João Octávio Barbosa

É um texto para reflexão; não precisa concordar comigo.

Ela conquistou porque acreditou. Não deveríamos nós acreditar também?

Seria injusto creditar a vitória dessa mulher, na justiça, a uma mera insistência. Essa viúva foi além de meramente repetir o mesmo pedido. Ela lutou pelo direito. Pelo justo. Pelo correto. Quando você direciona sua sincera fé a esses propósitos divinos, uma luz especial brilha no Céu, e seu pedido entra na mais íntima câmara de desejos pleiteados a Deus.


Eis a frase que cala fundo no meu coração. “O Filho do Homem (Jesus) achará fé na Terra quando voltar?”. É tão drástica a afirmação dessa pergunta. É tão direta essa indireta. É tão forte para me fazer duvidar se eu sou cristão. Se alguém é. Se alguém tem fé. Se aquela mulher tinha. Por que ela fazia o que ela fazia, afinal? Estaria ela apenas sendo egoísta e inconveniente?

“A justiça tarda, mas não falha”, diz o velho ditado. Uma generalização simplista demais, como quase todas. Bom, talvez não no caso de Deus. A promessa é enfática. Então a confiança também tem que ser. E a essa confiança chamamos fé. Parece algo fácil de ter: basta crer que algo vai acontecer. Mas o quê? Quando? Onde? De que forma? E Jesus transpassa nosso peito com a fatídica pergunta.


Já sabe qual é? Então agora falemos desse juiz severo e indiferente à população a qual ele, supostamente, servia. O pouco que se comenta sobre a figura passa a imagem de um magistrado soberbo e distante do povo. Egoisticamente, ele se afasta da parte dura do trabalho, e não quer o ônus da profissão. E somente após raciocinar que a mulher viúva não o deixaria em paz, decide agir em nome da justiça, e resolve seu problema, mesmo que com muito atraso.

Caso você não tenha percebido, essa é uma história sobre a forma mais direta de contato com Deus: a oração. Jesus, nesse episódio, usou os personagens de um juiz e uma viúva, onde simplesmente o primeiro ignorava a segunda, que insistentemente lhe pedia o único favor de julgar seu caso. No caso paralelo, vemos a nós mesmos diante do Juiz Deus, com nossas petições sendo protocoladas na Vara da Oração, nossa primeira e última instância. A lição está aqui para ser aprendida.


Tolerância é um atributo fundamental de Deus. Ele suporta nossa insistência também, ao levar a Ele pedidos esdrúxulos para nosso favorecimento. Certa vez, Jesus contou uma história interessante, em que a falta de tolerância (no caso, de ser importunado), acabou gerando justiça. E usou isso de exemplo para nos mostrar como pedir a Deus, e como ser recompensando por Ele. Obviamente, como você, fã inteligente da nossa página, já percebeu, aí estão nossos Perfis Sem Curtidas de hoje, que encontramos em Lucas 18:1-8. A parábola da viúva e do juiz.


Estamos no Dia Internacional da Tolerância. Você acredita que merece parabéns pelo seu dia, ou está mais perto do grupo que pode aproveitar hoje para melhorar essa característica na sua personalidade? Aliás, pondo essa situação em espelho, você é uma pessoa que testa a tolerância do seu próximo? Muitas vezes me sinto intolerável. À minha mãe, ao meu irmão, à minha noiva então! Ao meu chefe também, e aos meus clientes. Mas acima de tudo, a Deus. Ó Deus! Bendita a tua tolerância para comigo! Para com todos nós!


PS: O título do texto pode ser lido de trás para frente, sem alterar o seu sentido!

PS 2: Se a intenção deu certo, os parágrafos do texto também! Favor, testar.

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