sexta-feira, 25 de novembro de 2016

FLAMENGO E SPORT, MAS NÃO SÓ ISSO. NÃO MESMO!


FLAMENGO E SPORT, MAS NÃO SÓ ISSO. NÃO MESMO!
Por Denize Vicente

Todo mundo que me conhece sabe que eu gosto muito de futebol. Sou daquelas torcedoras que grita, vibra, perturba os coleguinhas da “torcida arco-íris” – como são chamados, no Rio, os torcedores de todas as outras cores que não são rubro-negros – e, por conta disso, sou alvo das piadas e brincadeiras desses mesmos amigos, quando meu time está em baixa. Na verdade, pra me zoarem basta eu ficar resfriada e com um pouco mais de dificuldade de sentir cheirinho...

Se você é um pouco ligado em futebol já sabe, a esta altura, qual é o meu time. Se é completamente avesso ao esporte ou minimamente desligado desses assuntos, pode ler o texto que o Jobs, nosso colunista das quartas-feiras, escreveu no dia 24 de agosto, pra entender melhor o tema. Naqueles tempos, ele e seus amigos ainda acreditavam que desta vez ficariam na segunda divisão apenas por um ano... e ainda não viam de perto a terceirona. Pobres moços.

Você já percebeu: este post é sobre futebol. É sim. Mas não só.

Há um clube de futebol rubro-negro, em Pernambuco, chamado “Sport Club Recife”. Não vamos discutir, aqui, se ele tem ou não um título de Campeão Brasileiro de Futebol da 1ª Divisão; vamos falar sobre um programa tipo “Sócio Torcedor”. Mas sobre pequenos torcedores. Hoje vamos falar de crianças. E de adoção.

“Adote um Pequeno Torcedor” é um Programa Social desenvolvido pelo Sport em parceria com a 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, lá de Recife, e com o Ministério Público de Pernambuco, lançado em agosto de 2015.

Sabe como foi o lançamento do Programa? Aconteceu num jogo entre o Sport e o Flamengo, na Arena Pernambuco, no dia 30 de agosto do ano passado. A garotada, que vive em abrigos, entrou em campo ao lado dos jogadores; tinha bandeirão, faixas, e no telão passava a imagem das crianças/adolescentes. Eram 46. A mensagem transmitida era que eles estavam ali e queriam ser adotados. As crianças falavam da sua vontade: “O que eu mais queria era ter uma família...”.

Em maio de 2016, nove meses depois do lançamento, já haviam sido contabilizadas 13 famílias na chamada “adoção tardia”. Um número para festejar!! São histórias lindas, as que esses meninos agora têm pra contar.


A Bíblia conta a história de Joquebede, mulher que teve seu filho na época em que o Faraó determinou que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos (Êxodo 1:15-22). Joquebede, preocupada com a vida e a segurança do bebê, fez um cesto de junco e o vedou com piche e betume; colocou dentro dele o nenenzinho, e deixou o cesto às margens do rio onde as filhas do Faraó tomavam banho, para que fosse pego por alguma delas. O plano deu certo. O bebê foi adotado e passou a fazer parte da família real (Êxodo 2:1-10). O nome dele? Moisés. E você sabe que Moisés se tornou um grande líder do povo de Deus.

Outra história linda de adoção é a de Hadassa (também conhecida como Ester), menina órfã, que foi adotada pelo seu primo Mardoqueu (Ester 2:5-7). O pai adotivo cuidou de Ester até que ela foi para Susã, para tornar-se Rainha, esposa do Rei Assuero (Ester 2:8-18), e um dia Deus a usou para levar libertação ao povo judeu.

Jesus Cristo, que não teve, propriamente, um pai biológico, foi adotado pelo marido de Maria, José (Mateus 1: 18-21), recebido na família, e criado por ele como se fosse seu próprio filho; aprendeu o ofício de seu pai, foi o homem mais bondoso do mundo e se tornou o Salvador da humanidade.

Eu e você também fomos adotados. Adotados como filhos de Deus:
“Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade...” (Efésios 1:5)

“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus...” (João 1:12)


Incluir uma pessoa na sua família, pela adoção, é uma escolha de amor. E, de alguma forma, todos nós podemos fazer isso também. Adote alguém – no sentido físico e material, ou no sentido espiritual. Pesquise mais sobre os programas de adoção de crianças, sobre “adoção tardia”, sobre programas de apadrinhamento afetivo e financeiro. Estude e se prepare para se tornar um pai ou mãe espiritual de alguém. Você pode fazer isso em qualquer idade, a qualquer tempo. Espiritualmente falando, então, sempre é tempo! E o resultado, em qualquer dos casos, será este: bênçãos na vida de todos.

Assim como Deus escolheu José para ser pai de Jesus, Mardoqueu para ser pai de Ester, a filha do Faraó para ser mãe de Moisés, e escolheu você para ser Seu filho, você também pode estar sendo designado por Deus para escolher alguém pra chamar de filho, e fazer dele um grande homem, uma grande mulher. Pense nisso.

Pense bem!

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Referências:

Vídeos do Programa “Adote um Pequeno Torcedor”. Disponíveis em: <www.adoteumpequenotorcedor.com> - acessado em 23.11.2016.


Informações sobre apadrinhamento afetivo. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/77259-apadrinhamento-afetivo-de-criancas-e-adolescentesentenda-como-funciona> - acessado em 23.11.2016.

Diferença entre apadrinhamento afetivo e apadrinhamento financeiro. Disponível em: <https://www.childfundbrasil.org.br/blog/qual-a-diferenca-entre-apadrinhamento-afetivo-e-apadrinhamento-financeiro/> - acessado em 23.11.2016.

Adoção tardia. Disponível em: <http://institutohopehouse.com/adocao-tardia/> - acessado em 23.11.2016.

Passo a passo da adoção. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/cadastro-nacional-de-adocao-cna/passo-a-passo-da-adocao> - acessado em 23.11.2016.

Espiritualidade. Disponível em: <https://www.adventist.org/pt/espiritualidade/> - acessado em 23.11.2016.
 



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