ASSASSINO DE MENTIRINHA
Por
João Octávio Barbosa
Você
brincou de polícia e ladrão, quando criança? Um jogo de personagens centrados
em um mistério: quem é o assassino,
que, com uma simples piscada, mata um por um? A parte mais importante do jogo,
quando você dava a sorte de ser o assassino (porque, na maior parte do tempo, a
gente era a vítima, o que não tinha graça nenhuma), era matar sem ser
descoberto pelo personagem detetive.
Não
é muito diferente, na vida real. Os assassinos não querem ser descobertos. No
mínimo, eles serão presos por isso. Mas a história de hoje fala sobre um
assassino que quis ser pego e confessou o crime. Crime, inclusive, que ele nem
tinha cometido.
Há
uns 3.000 anos Israel perdeu uma guerra. Era
liderado pelo rei Saul, que morreu na batalha juntamente com seus filhos. Entre
esses, estava Jonatas, querido amigo de Davi. Se possível, leia II Samuel
1:1-15.
E, nesse contexto, surge um homem metido a
esperto. Ele esteve na batalha fatal, e viu quando Saul, ferido e com medo,
cometeu suicídio (I Samuel 31:4 e 5). Recolheu a coroa e o bracelete do rei, e
teve uma ideia que parecia brilhante: “se
eu assumir o assassinato de Saul, serei homenageado pelos seus inimigos”,
ele pensou.
Mas nosso falso assassino não conhecia
Davi. Ele sabia que Saul era inimigo de Davi, mas não sabia que Davi não era
inimigo de Saul. Pelo contrário, apesar de perseguido, o coração puro de Davi
nutria admiração por Saul, o “Ungido do Senhor” (verso 14). Ele mesmo havia
tido oportunidades de matar Saul em outras ocasiões e não o fez. Esse
amalequita, que confessou um crime que não cometeu, acreditou que a morte de
Saul e Jonatas alegraria Davi; mas, na verdade, isso o arrasou.
O falso assassino foi ambicioso, mentiroso,
e um tanto quanto ignorante. Um homem mesquinho, que não percebeu que tinha à
frente um homem de coração bom. A história desse homem nos faz refletir sobre
como as riquezas terrenas podem nos cegar para nos negarmos a fazer o que é
correto. Mentir, matar, tudo foi feito em nome de receber glórias e honrarias
do futuro Rei Davi.
Por fim, vale ressaltar o respeito às
autoridades. “Ah, mas eles são corruptos!
Eles são safados! São ladrões!” Sim, as autoridades podem ser muitas
coisas. Mas o caminho certo é criticá-las? É nos rebelarmos violentamente, em
ações ou palavras? Não vou responder nem que sim nem que não, até porque acho
que “existem casos e casos”... Mas para nós que tenhamos o privilégio de viver
numa democracia tão abrangente, totalmente diferente dos tempos de monarquia
bíblica, não lhe soaria melhor ter consciência de escolha política nos momentos
certos (eleições), a fim de elegermos pessoas capacitadas, do que não dar a
devida importância a isso e se acomodar a, simplesmente, passar quatro anos
xingando e achando que tudo o que os governantes fazem é errado?
Enfim...
O que aprendemos hoje, crianças? Não minta. Não
busque vantagens terrenas baseadas em “golpes”. Não bajule quem você não
conhece. E acate as determinações do Senhor, respeitando* as autoridades que Ele
instituiu, por mais que pareçam injustas.
* “Respeito” não é obediência; sob nenhuma hipótese!
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
Desafio do JOBS: Que tribo de Israel quase foi destruída
numa guerra civil?
Resposta semana que vem.
Resposta semana que vem.
Resposta da semana passada: O próprio Saul; foi suicídio (I Samuel 31:4 e 5).
Nada de mentiras, nada de golpes, nada de bajulação. Ai, ai, ai!!
ResponderExcluirAh, os bauladores. Que Deus nos livre deles e que nunca sejamos como eles. Abraços.
ResponderExcluirBajuladores, eu disse.
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