PERFIS SEM CURTIDAS
Por
João Octávio Barbosa
Começa
hoje uma jornada para nós dois. Uma para mim que escrevo, outra para você que
lê. Conto com você, porque não quero ficar sozinho.
Aliás,
quem quer ficar sozinho? Isolado, carente, distante? Interação sempre foi
necessidade humana básica. Pouco a pouco, embora, recentemente, mais rápido do
que nunca, evoluímos para o aumento da comunicação entre as pessoas. Eis a era
digital.
Estamos
no tempo do Facebook, do Big Brother, do GPS e do iPhone. A propósito, não pedi
autorização e nem paguei para citar nenhum desses nomes (espero que este blog
tenha um bom advogado). Podemos viver, publicamente, por meio das redes
sociais, por exemplo. Podemos sonhar com a fama. Uma foto, um vídeo, um áudio,
tudo pode se tornar um viral. E assim ganhamos dinheiro, ou pelo menos o
direito de tirar onda com amigos e ver nosso ego inflar.
Ninguém
quer que sua foto nova do perfil não receba uma “curtida no face”. De que
adiantou malhar se ninguém parece ter notado sua foto com a camisa “No Pain, no
Gain”? Começa a guerra da vaidade. “Como Fulana pode ter mais amigas do que
eu?”, “Como Sicrano pode ter curtido o vídeo desse cara e não o meu?”, e por aí
vai. Meu nome tem que ser lembrado, meu post precisa ser polemizado, meu
“textão” tem que ser bombado na base
de milhares de cliques.
Eu
queria falar de Vitor. Vitor é goleiro de futebol. Não joga no meu Vascão nem
no Flamengo nem em outro time da primeira divisão. Ele joga no Londrina, do
Paraná. A página do Face dele (se é
que ele tem... peraí, vou ver... não, não achei) não tem tantas curtidas quanto
a do Neymar ou do Messi. Proporcionalmente, ele seria um perfil sem curtidas.
Mas a história é válida para a gente.
Vitor
acaba de ser pivô de uma polêmica, após a imprensa descobrir que ele não atua
em jogos no horário de sábado. Vitor é adventista do sétimo dia e crê que não
deve trabalhar nesse dia da semana. A diretoria do clube, ciente da situação e
dos prejuízos que isso pode acarretar, planeja dispensá-lo do time ao fim do
contrato, daqui a quatro meses. É do que se tem notícia, hoje, dia em que
escrevo este texto. De jogador profissional, ele se tornará um feliz desempregado.
“Feliz” pelas próprias palavras dele*.
Vitor
escolheu seguir a Deus e abriu mão de um salário bastante razoável, na média
nacional, e de uma carreira em viés de crescimento. Baita coragem. Pessoas
assim muitas vezes passam despercebidas. A Bíblia tem diversos personagens
assim: desconhecidos. Mas com histórias interessantes e enriquecedoras.
Semanalmente, vamos falar sobre elas. É a nossa jornada. Partiu?
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para aconselhar, para corrigir, para instruir em
justiça.” II Timóteo 3:16
PS:
Falei muito? Vão se acostumando!
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
Desafio
do JOBS: Quantos homens morreram na queda da Torre de Siloé?
Resposta semana que vem.
Resposta semana que vem.
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Referência:
Gostei muito do texto. Curti. Obrigado pela mensagem.
ResponderExcluirObrigado, amigão.
ExcluirPartiu, Jobs!
ResponderExcluirFalou muito não! Continue nos inspirando!! Muito bom!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaraaa.. muito bom.. amei o ritmo do texto e a relação da história do Vitor (que eu achei o máximo). Continue assim!! :)
ResponderExcluirTu é fera
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