OU VOCÊ ACREDITA OU PRECISA VENCER ESSA INCREDULIDADE...
Denize Vicente - Rio de Janeiro - RJ
Damos desculpas. Inventamos razões para não
acreditar na vida, no mundo, nos outros. Não importa se pensamos que eles nos
dão razão pra isso, a verdade é que só entramos nessa de "desacreditar" quando
queremos. Deliberadamente, só depende de nós. Afinal, quantas vezes um colega,
uma namorada ou um amigo vacilou com você e mesmo assim, na semana seguinte,
ou um tempo qualquer depois, lá estavam vocês, novamente, de papo, abraçados,
sorrindo como crianças, amoravelmente?
Dizemos que a humanidade não tem mais jeito; mas enquanto fingimos que acreditamos nisso, continuamos tendo filhos, na esperança de um mundo melhor. Dizemos que os políticos não merecem credibilidade; mas seguimos votando nas eleições, ao argumento de que são obrigatórias, quando bastaria pagar aquela multa de "excessivos três reais e poucos centavos"; no fundo, votamos porque ainda não inventamos uma desculpa suficientemente satisfatória e continuamos acreditando, timidamente, que o nosso candidato pode fazer a diferença.
Dizemos que a humanidade não tem mais jeito; mas enquanto fingimos que acreditamos nisso, continuamos tendo filhos, na esperança de um mundo melhor. Dizemos que os políticos não merecem credibilidade; mas seguimos votando nas eleições, ao argumento de que são obrigatórias, quando bastaria pagar aquela multa de "excessivos três reais e poucos centavos"; no fundo, votamos porque ainda não inventamos uma desculpa suficientemente satisfatória e continuamos acreditando, timidamente, que o nosso candidato pode fazer a diferença.
Somos todos crentes, enquanto não criamos
uma boa desculpa para não acreditar. Uma desculpa que nos convença. E a razão
que encontrarmos, na verdade nunca estará no outro, nunca vai estar lá fora.
Será sempre interna. E como a incredulidade não faz parte da nossa natureza, é preciso
uma dose de esforço e energia, até para os mais pessimistas, para desacreditar
na vida, no mundo, nos outros. O problema é que, quando conseguimos, enfim, nos
tornar descrentes, também nos tornamos insuportáveis, e desacreditamos de tudo,
de cada coisa, de todas as pessoas.
Valéria – minha amiga querida que se foi,
mas ficou - me dizia que devemos perdoar e recomeçar tantas vezes quantas nosso
coração determine. Perdoe. Apague. Siga em frente, não importa o que digam os
outros. Tantas vezes quantas quiser. Erraram com você? Há motivo para nunca mais
acreditar? Nunca mais perdoar? Mas seu coração quer continuar acreditando?
Então, apague outra vez. Perdoe. Continue o caminho, siga acreditando, ninguém
manda no seu coração. Perdoe quantas mil vezes quiser. Para que nunca, nunca
mesmo, exista a dúvida: e se eu tivesse dado uma outra chance?
A razão para crer e também para não acreditar que a vida é bela e as gentes são boas nunca estará no outro, mas
sempre dentro de você, que vai aprender, mais cedo ou mais tarde, que há
imperfeição nas coisas mais perfeitas, e uma certa humanidade em tudo o que é
mais divino. Enquanto não descobre essa verdade real, o
homem segue pensando que tudo é perfeito e tudo é divino. Não admite erros. É um chato!
Mas, enfim, quando percebe, tem a opção de aceitar suas próprias limitações e os limites do outro e por isso mesmo, ou apesar disso, continuar crendo... Ou pode lavar as mãos e tornar-se
insuportável.
A vida é para todos que nascem.
Mas a felicidade, acredite, ainda está
reservada apenas aos que creem.
“Se eu posso?”, perguntou Jesus.
“Qualquer coisa
é possível para aquele que crê”.
é possível para aquele que crê”.
O pai imediatamente respondeu:
“Eu creio; ajude-me a vencer a minha incredulidade!”
“Eu creio; ajude-me a vencer a minha incredulidade!”
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