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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

OS MEIOS DE DEUS

OS MEIOS DE DEUS

Larissa Oliveira – Bento Ribeiro – Rio de Janeiro - RJ            

 

Há duas semanas uma amiga me ligou, pois estava muito angustiada com seu irmão, internado com Covid-19. Ela me fez um pedido, pois sentia que sua família não era abençoada por conta de muitas brigas, mágoas e desavenças que existiam entre eles. Ela me pediu pra escrever um pequeno texto descrevendo a importância do perdão e chamando as pessoas de sua família a participarem dessa reflexão para que começassem a se perdoar mutuamente.

Aceitei o desafio. Pedi a Deus sabedoria e escrevi o texto que enviei no mesmo dia. Fiquei muito feliz com o retorno que estava recebendo daquela mensagem postada no grupo da família dela. Parecia, de fato, que as pessoas estavam entendendo toda aquela coisa do perdoar e ser perdoado. Minha amiga estava alegre e sentia que coisas boas e bênçãos viriam a partir de sua iniciativa.

Alguns dias depois recebo a notícia da piora do irmão dela e de seu falecimento.

Foi difícil encontrar palavras pra dizer naquele momento e ao mesmo tempo lidar com a dor de uma amiga querida que se encontrava perdida e desolada em seu doloroso silêncio.

Como dizer pra alguém aceitar a vontade de Deus numa horas dessas?

Como aceitar a morte como vontade de Deus?  

Como aceitar a morte de um ente amado depois de um despertar familiar de amor, união e perdão?

Não temos respostas racionais pra nenhuma dessas perguntas.

Mas numa noite de muita angústia Jesus estava prestes a sentir a dor da sensação de separação do Seu Pai. Seria entregue à morte e os pecados da humanidade dariam espaço ao mais terrível sofrimento.

Sozinho, imagino eu que ofegante, a mente como um turbilhão, Ele ora. Assim como nós, humano, Ele eleva a Deus uma sincera oração sobre seu destino:

"Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua". Lucas 22:42

Creio que a vontade de Deus não deve ser entendida apenas como um meio, mas também como um fim.

Não temos ideia dos meios que Deus utilizará para que Sua vontade e a de Seus filhos sejam feitas. Nada é em vão.

Por exemplo: se pedirmos a Deus um coração capaz de amar, talvez Ele coloque pessoas difíceis de serem amadas em nosso caminho. Se pedirmos paciência, talvez apareçam circunstâncias em nossa vida que nos façam exercitá-la. Se pedirmos união familiar, talvez aconteçam situações para serem vencidas em união.

Deus utiliza os meios para chegar ao fim que é Sua vontade. E que, por sinal, é sempre benéfica para nós.

Não podemos escolher esses meios, mas é por meio deles, dolorosos ou não, que vamos aprender na caminhada e chegar ao desejo do coração de Deus para nós.

Há muito tempo o plano de redenção foi traçado para salvar os seres humanos.

A morte de Cristo era um desses meios. Ele sabia, e mesmo em meio a tanta aflição seguiu até o fim para cumprir a vontade do Seu Pai, que era de dar a oportunidade de vida nova a Seus filhos.

Lembre-se: a vontade de Deus é sempre, sempre para o nosso bem. Apesar de muitas vezes os meios serem difíceis de aceitar, eles nos ajudam a crescer para chegarmos ao fim com maturidade de um verdadeiro filho de Deus.

Um forte abraço!


 

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

PERDÃO E DESCULPA


PERDÃO E DESCULPA
Larissa Oliveira – Bento Ribeiro              

Permita-me compartilhar com você um breve texto de um autor que gosto muito.
        
         "Perdão e Desculpa são duas palavras tão banais no uso, que nem desconfiamos da diferença entre elas. Em um certo sentido, Perdão e Desculpa são palavras quase opostas. O Perdão nos diz ‘ok, você fez isso, mas eu aceito seu pedido de perdão; não jogarei isso na sua cara e seremos do mesmo jeito que éramos antes’. Já a Desculpa, fala ‘eu percebo que você não podia evitar, sei que realmente você não queria fazer isso; você não é culpado’. Assim, um ato falho sem culpa precisa de desculpa, e não de perdão. Da mesma forma, boas desculpas não precisam de perdão - já que o perdão exige culpa - e se você quer ser perdoado, não há desculpas para o que fez - pois pedir perdão é assumir a culpa. Porém, isso não invalida a possibilidade de haver os dois ao mesmo tempo. O problema está em pedirmos desculpas para aquilo que exige perdão."
C.S. Lewis – Livro “Um ano com C.S. Lewis”

“Ó Senhor, tu és bom e perdoador e tens muito amor por todos os que oram a ti.”
Salmos 86:5

Tenha uma boa reflexão para dia de hoje e...

Um forte abraço!


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

GUARDANDO RANCOR



GUARDANDO RANCOR
Nilton Amorim – Oshawa/ON – Canadá

“Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo.” (Levítico 19:18)

É interessante notar que o mesmo texto que nos sugere amar o nosso próximo, começa nos advertindo a não guardar rancor. O rancor é um intenso ressentimento provocado por uma afronta ou ofensa sofrida no passado. Ele é caracterizado, muitas vezes, por uma raiva oculta e profunda.

Atribuído a diversos autores, de Buda a Nelson Mandela, é o pensamento que diz: “Guardar rancor é beber veneno na esperança de que a outra pessoa morra.”. Rancor funciona como uma seringa que injeta mais uma dose de veneno, cada vez que o insulto sofrido vem à tona.

Mitchell Zuckoff em seu livro “Lost in Shangri-La” (Perdidos em Shangri-La), conta a história de um avião que, em 1945, se esmagou contra uma montanha que contornava um vale da Papua Nova Guiné. A existência desse vale era, até então, ignorada. Nele viviam grupos tribais que nunca tinham tido contato com a civilização.

Das 24 pessoas a bordo, apenas três sobreviveram. Os nativos fizeram amizade com elas e esforços de resgate foram enviados para localizá-las. Quando foram, finalmente, localizadas, receberam provisões lançadas de um avião. Uma das tradições dos indígenas locais consistia em dar um porquinho a toda menina que atingia a puberdade. O porco era cuidado como um tesouro precioso. A adolescente Yunggukwe Wandik tinha acabado de ganhar seu precioso porquinho. E entre os muitos pacotes contendo provisões jogados do avião, um deles caiu bem em cima do porco de Yunggukwe e o matou. Ela ficou furiosa, cheia de rancor. Zuckoff escreveu: "Yunggukwe nunca recebera um pedido de desculpas nem compensação; e ela nunca esqueceu nem perdoou.".

Sessenta e cinco anos depois, quando Zuckoff estava escrevendo seu livro, ele visitou o vale Shangri-La.  Yunggukwe estava viva e ainda guardava um profundo rancor pela perda do seu porco. Por mais de uma hora ela se recusou a falar com o escritor. Depois de muita insistência, ela aceitou encontrá-lo. "Ela não solicitou dinheiro" – escreveu ele – "mas depois de relatar aquilo de que se lembrava, aceitou alguns dólares como compensação atrasada pela perda do seu primeiro porco.". Yunggukwe guardara seu rancor por 65 anos. Ninguém mais estava sofrendo por causa daquele incidente. Somente ela.

O rancor envenena a vida. Muitas vezes, a pessoa que causou o rancor nada soube, ou, se sabia, já superou o passado. Só quem guarda o rancor é que está sofrendo. Isso acontece entre antigos amigos, pessoas da família, e mesmo entre membros de igreja.

Se você guarda algum rancor de alguém, é tempo de falar com Jesus. Só Ele pode ajudá-lo a perdoar e esquecer. Pare de injetar veneno em seu corpo. Recupere a alegria da salvação.


sexta-feira, 8 de junho de 2018

OU VOCÊ ACREDITA OU PRECISA VENCER ESSA INCREDULIDADE...



OU VOCÊ ACREDITA OU PRECISA VENCER ESSA INCREDULIDADE...
Denize Vicente - Rio de Janeiro - RJ

Damos desculpas. Inventamos razões para não acreditar na vida, no mundo, nos outros. Não importa se pensamos que eles nos dão razão pra isso, a verdade é que só entramos nessa de "desacreditar" quando queremos. Deliberadamente, só depende de nós. Afinal, quantas vezes um colega, uma namorada ou um amigo vacilou com você e mesmo assim, na semana seguinte, ou um tempo qualquer depois, lá estavam vocês, novamente, de papo, abraçados, sorrindo como crianças, amoravelmente?

Dizemos que a humanidade não tem mais jeito; mas enquanto fingimos que acreditamos nisso, continuamos tendo filhos, na esperança de um mundo melhor. Dizemos que os políticos não merecem credibilidade; mas seguimos votando nas eleições, ao argumento de que são obrigatórias, quando bastaria pagar aquela multa de "excessivos três reais e poucos centavos"; no fundo, votamos porque ainda não inventamos uma desculpa suficientemente satisfatória e continuamos acreditando, timidamente, que o nosso candidato pode fazer a diferença.

Somos todos crentes, enquanto não criamos uma boa desculpa para não acreditar. Uma desculpa que nos convença. E a razão que encontrarmos, na verdade nunca estará no outro, nunca vai estar lá fora. Será sempre interna. E como a incredulidade não faz parte da nossa natureza, é preciso uma dose de esforço e energia, até para os mais pessimistas, para desacreditar na vida, no mundo, nos outros. O problema é que, quando conseguimos, enfim, nos tornar descrentes, também nos tornamos insuportáveis, e desacreditamos de tudo, de cada coisa, de todas as pessoas.


Valéria – minha amiga querida que se foi, mas ficou - me dizia que devemos perdoar e recomeçar tantas vezes quantas nosso coração determine. Perdoe. Apague. Siga em frente, não importa o que digam os outros. Tantas vezes quantas quiser. Erraram com você? Há motivo para nunca mais acreditar? Nunca mais perdoar? Mas seu coração quer continuar acreditando? Então, apague outra vez. Perdoe. Continue o caminho, siga acreditando, ninguém manda no seu coração. Perdoe quantas mil vezes quiser. Para que nunca, nunca mesmo, exista a dúvida: e se eu tivesse dado uma outra chance?

A razão para crer e também para não acreditar que a vida é bela e as gentes são boas nunca estará no outro, mas sempre dentro de você, que vai aprender, mais cedo ou mais tarde, que há imperfeição nas coisas mais perfeitas, e uma certa humanidade em tudo o que é mais divino. Enquanto não descobre essa verdade real, o homem segue pensando que tudo é perfeito e tudo é divino. Não admite erros. É um chato!

Mas, enfim, quando percebe, tem a opção de aceitar suas próprias limitações e os limites do outro e por isso mesmo, ou apesar disso, continuar crendo... Ou pode lavar as mãos e tornar-se insuportável.

A vida é para todos que nascem.
Mas a felicidade, acredite, ainda está reservada apenas aos que creem.

“Se eu posso?”, perguntou Jesus. “Qualquer coisa
é possível para aquele que crê”.
O pai imediatamente respondeu:
“Eu creio; ajude-me a vencer a minha incredulidade!”