Por Airton Sousa
Algumas coisas me encantavam durante o tempo que trabalhei na “Leo Burnett Tailor Made”, uma importante e famosa agência de publicidade.
As maçãs, por exemplo.
Começava pela recepção. Todos os dias havia na recepção uma cesta com maçãs vermelhas. Qualquer visitante, funcionário ou cliente podia comer uma maçã ou várias. Eu mesmo comi muitas. Comia mais de uma por dia, pois eram deliciosas.
No mundo inteiro, em todos os escritórios da Leo Burnett, há maçãs vermelhas em todas as recepções, todos os dias.
A ideia surgiu quando um jornal de Chicago afirmou que o velho Leo Burnett iria afundar logo, logo, se continuasse com suas ideias extravagantes, e que em breve estaria nas ruas vendendo maçãs.
Depois de ler essas palavras, Leo Burnett resolveu oferecer maçãs em vez de vendê-las. E o costume prevalece até os dias de hoje.
Outro símbolo interno importante criado por Burnett foi o ícone de “uma mão a alcançar as estrelas”, que ele explicou dizendo: ”Quando tentamos alcançar uma estrela, podemos não conseguir apanhar nenhuma, mas também não acabamos com as mãos sujas.”.
Um terceiro símbolo foi o “lápis preto”, um Alpha 245 que Burnett usou no dia a dia durante toda a sua vida.
Para Burnett o lápis simbolizava um compromisso para com o calor e humanidade das ideias, e também para com quem as criava.
Tem mais: no aniversário da agência, em 5 de agosto, ninguém trabalha; todos os funcionários recebem um bônus que é um valor equivalente ao numero de anos que a agência celebra. Este ano, por exemplo, a agência completou 81 anos e cada funcionário deve ter recebido 81 dólares. De graça. De bônus.
Aí você pensa: mas que agência graciosa! Era isso mesmo que eu pensava quando trabalhava lá, mas o que me encantava mesmo, de verdade, era o café da manhã diário. Todos os dias havia na copa uma mesa com pães, café, leite e manteiga (manteiga mesmo). Até aí... normal; em outras agências nas quais trabalhei também havia essa generosidade; só que ali na Leo tinha um diferencial, além do pão francês: havia também o pão integral. Aquele pãozinho no mesmo formato do pão francês era uma coisa deliciosa que eu saboreava todas as manhãs. Uma graça!
Não tinha nada a ver com as obrigações trabalhistas da empresa - ela já servia o pão normal, leite e café. Não tinha nada a ver com vale-refeição nem salário. O que me chamava atenção em tudo isso, e ainda hoje, é que não havia necessidade daquela fartura no café da manhã e nem em tantos outros eventos.
Eu me lembrei disso hoje quando fui à padaria dentro do Supermercado Guanabara e vi o pãozinho francês integral. O preço é um pouco maior do que o do pão francês normal. Levei. E enquanto devoro os seis pãezinhos, lembro que eu sempre chamava esse pãozinho de “Plus”.
“PLUS é uma palavra de origem latina que significa MAIS (PLUS ULTRA = MAIS ALÉM). Não use a expressão ‘um Plus a mais’. Ela é redundante.” (do Google). O “Plus” pode ser algo que traz alegria a mais, um favor a mais, algo dado não por merecimento, mas para complemento de algo que foi dado anteriormente.
As bênçãos de Deus são diárias e Ele as renova e traz soluções novas para cada dia. Hoje é um novo dia e eu trago um novo convite para você descansar em Cristo e receber o “Plus” não merecido que Deus nos concede.
Junho está indo, vem aí um período farto de bênçãos para mim e para você. Que tudo hoje seja novo. “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo.” (II Coríntios 5:17).
Mas este pãozinho integral é mesmo uma delícia... Não tem manteiga, vai margarina mesmo. E eu preciso contar aos meus oito leitores como foi que eu adquiri uma fome imensa...
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