OS VINGADORES
João
Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City - RJ
Filmes
sobre super-heróis seguem um padrão muito básico. Certo vilão surge, quer matar
todo mundo e dominar a Terra, aparece um pessoalzinho com uns poderes acima da
média, e esse pessoalzinho salva o mundo. Em “Os Vingadores”, de 2012, esse
padrão não é quebrado. Loki (Tom Hiddleston) é o cara mau, do espaço, que tenta
nos destruir. Aí, Nick Fury (Samuel L. Jackson de tapa-olho) reúne os personagens
mais famosos das histórias em quadrinhos para combatê-lo.
A
vingança é, além de um prato que se come frio, algo que vemos aos montes como
premissa de histórias. Nos filmes, na Bíblia, na vida real. A despeito dos
roteiros Hollywoodianos que levam milhões aos cinemas, Deus deixa claro em sua
palavra qual é a sua opinião sobre vingança.
Vejamos
o caso de Davi, por exemplo, e sua relação conturbada com Saul. Eles estavam
unidos (I Samuel
16:14, cap. 17 e 18:1-5), depois Saul
passou a ver Davi com inveja e o quis matar (I Samuel 18, 19, 20, 21, 22 e 23). Porém, num descuido,
Saul acabou entrando no esconderijo de Davi, sem perceber. Era a chance da
vingança, e Davi fez questão de poupar o rei (I Samuel 24).
O
mundo é cheio de reviravoltas, e a vingança muitas vezes parece ser a
alternativa óbvia. Mas não funciona assim para Deus. Eu creio no Deus da
segunda chance. No Deus que não se agrada em fazer sofrer nem mesmo aquele que
comete o mal, mas se agrada em vê-lo arrependido. É o Deus da justiça e do
perdão; não da vingança.
Ó Senhor Deus, a quem a vingança
pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente. Salmos 94:1
A
Deus pertence a vingança. Aos homens, pertence somente a justiça. A vingança
pode apenas nos aproximar da maldade que envolveu aquele que nos fez o mal. As
punições da justiça são algo totalmente diferente. Pense nisso em termos
práticos, usando o exemplo dos recentes massacres nos presídios. O que motiva
parte da opinião pública a apoiar essas mortes? A justiça divina ou a vingança
diabólica?
Spoiler
final: sem nenhuma surpresa, e até por isso os filmes de super-heróis costumam
ser os últimos da minha lista de preferência, no fim de “Os Vingadores” os
vilões se dão mal, os heróis vencem e são aclamados, a Terra é salva, e os
moradores ficam extasiados (com exceção daqueles que perderam carros, casas ou
comércios nos locais onde aconteceram as batalhas - os filmes nunca mostram o
desespero desse grupo após a destruição apocalíptica). O interessante é que
fora das telonas, na vida real que a gente vive todo dia, tão redundante quanto
deveria ser, o final é tão óbvio e previsível quanto lá.
Sim,
amigo. Não é que a vida imita a arte; é a arte que antecipa a vida, porque nosso
roteiro como seres humanos já está escrito e separado, bastando algumas cenas
para o grande final, o “felizes para sempre”.
Em
breve, muito em breve, o Bem vencerá o Mal, definitivamente, sem “Parte 2”. Não muito tempo à frente,
alguns de nós poderão ver o fim deste mundo em sua maldade, doença, tristeza e
pecado. Deus, o único verdadeiro super-herói, com seus superpoderes, irá
derrotar de uma vez por todas todo o mal da Terra. Porque a sua vingança não é
contra nenhum ET de uma galáxia distante, e sim contra o mal que habita em cada
coração por causa do Inimigo.
Sem
historinha, só realidade. O Vingador é aquele a quem pertence a vingança. A
nós, basta segui-lO.
Não
peço que concordem, espero que reflitam!
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