MUDANÇAS
Airton Sousa – Paciência – Rio de
Janeiro
Sempre que termino um texto fico com a sensação de que deveria escrever
mais sobre o assunto, e no dia seguinte começo a pensar no que deixei de
mencionar, o que mais deveria ter escrito, fica a dúvida se a ideia foi bem
passada ou não e, inevitavelmente, eu volto a falar sobre o mesmo assunto...
Desta vez complicou mais ainda, porque no esboço inicial eu deveria incluir a
história de Nicodemos no “Texto 1” e isso acabou passando batido. Daí... os
meus leitores que me perdoem, mas eu volto hoje com a segunda parte e não
garanto que seja a final.
E quem leu o texto da semana passada lembra que eu terminei na parte em que
meu amigo entra em cena segurando a minha carteira de identidade e dizendo:
- Quer dizer que você não é carioca e nos enganou esse tempo todo?
Os amigos nunca deixam um “vacilo” desses passar assim, despercebido, e
mesmo que você peça de joelhos para morrer com o assunto... não adianta! A
história cresce mais ainda! E no final daquela tarde a zona sul de São Paulo
inteira já sabia que eu não era carioca. O lugar de onde você veio é um detalhe
muito importante em uma cidade como São Paulo, que costuma chamar os
nordestinos de baianos, e cuja ideia principal é “passou de Guarulhos já é
Bahia”.
Mas tinha algo bom nessa bobageira toda: eu estava livre!
Procurando referências no Google sobre “identidade”, encontrei uma
citação do seriado “Prision Break”. Um personagem, ao ser preso por assassinato
e outros crimes bárbaros, tenta dar a volta por cima e arrumar um emprego, mas
sofre preconceito e volta para o crime. Quando perguntado por que voltou para a
bandidagem ele respondeu: ”Fazer o quê? Somos escravos da nossa própria
identidade! A minha é ser criminoso.”.
Nicodemos, um cara da Bíblia com boas credenciais, não podia ser visto
perto de Jesus; era autoridade entre os judeus, mestre da lei. Procura Jesus
secretamente e, cheio de dúvidas, pergunta:
- Mestre, o que devo fazer para ver o reino de Deus?
E Jesus responde que para alguém entrar no Reino de Deus é preciso nascer
de novo.
- Mas será que é possível alguém nascer de novo? Será que alguém pode
entrar no ventre da sua mãe e nascer outra vez? – indaga Nicodemos.
E Jesus explica: “A menos que alguém nasça da água e do espírito, não
pode entrar no Reino de Deus.”.
Nicodemos não consegue entender nada, e então Jesus fala mais a respeito
de sua obra como filho de Deus: “Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será
erguido o Filho do Homem, para que todo aquele que nEle crer tenha vida eterna.”
— João
3:14, 15.
Jesus não veio ao mundo para
julgar ou condenar, veio sim para iluminar o caminho dos que desejam mudanças,
veio para “que o mundo fosse salvo por meio dEle” (João 3:17).
O começo de tudo isso é o novo
nascimento. Quando você muda, quando você se liberta da escuridão. ”Pois quem
pratica coisas ruins odeia a luz e não se chega à luz, para que as suas obras
não sejam reprovadas. Mas quem faz o que é verdadeiro se chega à luz, para que
se veja claramente que as suas obras são feitas em harmonia com a vontade de
Deus.” (S. João 3:19-21).
É dia de mudanças.
Há um trecho de uma música do Gabriel o Pensador
que acho fantástico:
“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente. Na
mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro. Na
mudança do presente a gente molda o futuro.”
Tudo o que cada um de
nós precisa para ser feliz já existe; o que precisamos está conosco; não há
nada que precise ser inventado. É hora de nos livrarmos de um monte de
detalhezinhos que nos afastam da luz.
E Jesus Cristo está bem pertinho de você dizendo:
- Amigão, se você quer mudanças,
eu estou contigo. Estou envolvido em sua vida. Vou tomar conta de você.
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