PERFEIÇÃO, PRA QUE TE QUERO!?
(Por
Sérgio Mafra)
Conta
a mitologia grega que Narciso foi um herói da Beócia conhecido por sua beleza e
orgulho. Uma das versões de sua história nos diz que por ser muito bonito
despertava amores e encantos, mas ninguém conseguia quebrar sua arrogância. Ao
contemplar a própria imagem no espelho d’água, Narciso se apaixonou pelo que
viu, mas obviamente nunca conseguiu possuir o que julgava ser digno do seu
amor, pois nada mais era do que a imagem dele mesmo. Definhou deitado num banco
de areia na beira do rio, tentando em vão encontrar aquela imagem refletida na
água.
Sempre
me lembro dessa história em conversas que giram em torno da busca pela beleza e
corpo perfeito. Neste último feriado de carnaval, eu estava em um restaurante e
papo vai, papo vem, caímos no assunto. Em meio a discussões e ponderações com
diferentes pontos de vista, comenta-se que algumas pessoas fazem de tudo na
busca pelo que é considerado perfeição, apenas para não ouvir, dos outros,
comentários considerados pejorativos. Diante disso, me coloquei a pensar sobre
até que ponto vai a busca desenfreada pelo que a sociedade julga perfeito; e o
pior: não por nós, mas pelo que os outros irão pensar ou achar.
O
que estamos fazendo com nós mesmos, com nossos amigos e familiares ao julgar
com base na beleza, a despeito de caráter? Julgar levando em conta cabelos,
roupas, altura, a despeito do respeito e do amor ao próximo? Viver com saúde é
mesmo o estereótipo do que vemos pregado por aí? Cuidar da mente e do corpo
está realmente dentro dos nossos atuais parâmetros? O que, efetivamente, isso
significa? Eu convido você a pensar comigo em sermos mais felizes com o que
somos e temos. Nosso Deus assim nos fez e nos mantém; vamos preservar o que Ele
nos deu.
Eu
me despeço com as palavras que li num estudo que estou fazendo nestes últimos
meses: “Ninguém ama seu cônjuge (mas bem que se poderia dizer amigos,
família...) porque ele é perfeito. Ele é amado a despeito dos seus erros e
falhas. Somente através do amor aprendemos a não julgar os outros, porque, com
nossas próprias faltas e falhas, poderíamos ser tão culpados quanto eles.”
(Lição da Escola Sabatina – Provérbios – 08/02/2015).
Tu é bom, hein, cara. Belo texto.
ResponderExcluirE é bom mesmo. Gostei muito desta reflexão e preciso usar no trato com meus semelhantes.
ResponderExcluirAbraço Sergio!
Gosto dos detalhes... Detalhes fazem a diferença. Detalhes dão beleza. Às pessoas, às coisas. Ao texto. Detalhes neste texto que o fizeram lindo. Como dizem as crianças... "Eu gosti". rs
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