BENÇA, PAI
(por
Jackson Valoni)
Tenho
muita dificuldade em começar a escrever alguma coisa, não por falta de
motivação, mas por não saber quais palavras usar na introdução. Vi uma
entrevista com o Jô Soares em que ele ampliava essa dificuldade dizendo que
escrever é como parir sem ser mãe. Eu não teria capacidade para descrever a dor
do parto, mas compreendo perfeitamente aquela comparação que Jô Soares ousou
fazer.
Algumas
vezes tive que escrever de madrugada para a inspiração não ir embora. Houve
vezes em que o texto surgia ao acaso, tomando banho, almoçando, conversando com
alguém, caminhando... o texto-embrião não tem dia nem hora para aparecer. Até
que o texto consiga nascer, o trabalho de parto é constante e não sai da minha
cabeça até que aquele “filho” seja concebido do jeito que eu havia formado na
minha mente. É um processo doloroso e angustiante, depende de humor, tempo e
paciência para a sua conclusão. Graças a Deus, as crias deste blog têm dado
muita alegria. Textos criam asas e alcançam pessoas que nunca imaginaríamos.
Sabe
aquele papo de que a gente cria o filho pro mundo? Meu amigo Pontinelli
escreveu algo que me marcou: “Quando percebo que todo o meu esforço pra tentar
melhorar de classe nessa vida vai ser melhor aproveitado pelo meu filho do que
por mim próprio, já faz eu me sentir pai. Cuidar de um desconhecido.” Parece
que é tão óbvia a noção de que preparamos nossa vida em favor de outra. Quem
sonha em um dia ter filhos provavelmente tem a consciência de que precisa
“preparar o terreno” pro neném ter uma vida de rei, deitado em berço
esplêndido, ou algo assim.
A
gente cria o filho pro mundo... e eu nem tenho filhos, só textos e poesias que
algumas vezes fiz estando apaixonado e, em outras, com dor de cotovelo. Jesus
falou que não somos deste mundo. Embora vivamos neste mundo, fomos escolhidos
por Cristo para anunciar coisas que não são daqui. João 15:16,19; João
17:14,16.
Ouvia
meu pai sempre pedir a benção pra mãe dele, ao encontrá-la e na despedida. Como
é bom ter a bênção dos pais e saber que somos especiais para eles. Deus
abençoou Adão e Eva ao final da Criação da Terra (Gênesis 1:27, 28), assim como
também fez com os animais (Gênesis 1:21, 22).
O
tipo de herança que não tem como recusar dos nossos pais é o caráter e a
educação. Lembro-me de ter visto uma palestra em que uma Psicóloga afirmava que
o caráter de uma criança é formado até os seus sete anos de idade. “Ensina a
criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se
desviará dele” (Provérbios 22:6). É impossível rejeitar algo que está dentro de
nós.
Sabe,
Deus é um paizão. A bênção dEle é disponível a todos! Nosso mundo não é aqui,
apesar de vivermos aqui. Toquinho fala na música Valsa para uma Menininha que o
mundo é ruim, que logo vivemos uma desilusão. Não vejo outro meio de encontrar
verdadeira paz senão com Jesus. Deus é o nosso Pai celestial, disposto a nos
abençoar.
Que
Deus nos abençoe e que sejamos bons filhos, tanto aos nossos pais quanto ao
nosso Pai Celestial.
Meu caro, o Texto é inspirador e serviu para minha meditação matinal, agora. Deus é o pai que eu sempre sonhei. Abraços e Feliz Sábado!
ResponderExcluirLegal saber isso, Amigão! Agimos como ovelhas perdidas e filhos pródigos muitas vezes. Embora sejamos teimosos outras tantas vezes, esse Pai nunca desiste de nós.
Excluir"A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores." Provérbios 10 : 22
ResponderExcluirComo é maravilhoso saber que a bênção de Deus é disponível a todos, mesmo sendo o que somos.
Mesmo sendo o que somos!
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