NO TEMPO CERTO
(Por Sérgio Mafra)
Já passava das 16h quando, finalmente,
chegamos à capital da Áustria. Viena é uma cidade que impressiona por vários
ângulos: sua riqueza arquitetônica, cultural e artística, a educação do seu
povo, a limpeza das suas ruas e praças, e as flores. Sim, as belas e coloridas
flores de vários tipos e tamanhos que enfeitam praticamente todos os espaços.
Ao sairmos do aeroporto em direção ao hotel,
um misto de alegria e cansaço tomou conta do nosso semblante - afinal, Viena
era a primeira parada de uma viagem há tempos esperada e preparada, com direito
a saborosas e divertidas reuniões entre amigos. Ficamos hospedados no elegante
hotel Royal, que fica bem próximo à bela Stephansdom (Catedral de São Estevão),
uma igreja construída entre os séculos XII e XIV, em estilo gótico, orgulho dos
vienenses.
(clique nas imagens para ampliá-las)
Umas das peculiaridades, não só de Viena,
mas de várias cidades europeias é o horário de funcionamento dos seus
restaurantes e do comércio. Eles fecham cedo, para os nossos padrões. No Rio,
em São Paulo e em outras grandes cidades brasileiras você consegue jantar após
as 21h com facilidade. Mas, o fato era que após uma longa viagem, processo de
check-in e acomodação nos quartos, estávamos, como dizia minha avó, “azuis de
fome”.
Após uma ambientação rápida nas ruas do
entorno, saímos à procura de um restaurante para jantar e, para nossa surpresa,
quase todos estavam fechados, mas conseguimos um, cuja placa na entrada dizia: “Jantar até às 21h”.
Pronto! Era o que precisávamos. Entramos por volta de 20h40, sentamos, pegamos
o cardápio e nos pusemos a discutir e escolher o que comeríamos, diante de
tantas novidades.
Por duas vezes o educado garçom veio até à
nossa mesa perguntar se já havíamos escolhido e dissemos que não; afinal, o
mais difícil já havíamos conseguido: entrar no restaurante. Quando finalmente
decidimos, chamamos o garçom e nos colocamos a dizer nossos pedidos. De maneira
formal e firme, ele responde tirando um relógio do bolso: “Sinto muito, aqui o
tempo é certo, são 21h05 e não servimos mais jantar”. Toda insistência foi
inútil, ali não existia o “jeitinho brasileiro” e tivemos que nos contentar com
alguns petiscos e bebidas.
Trago sempre esse episódio na minha mente
ao lembrar que Cristo tem me dado todo o tempo do mundo para estar plenamente
com Ele, para que eu lhe entregue, verdadeiramente, minha mente e coração. Por
vezes viajamos, estudamos, casamos, muitos até seguem determinadas religiões,
mas Cristo continua esperando, pois estar em uma igreja não significa,
infelizmente, estar com Ele. Não quero deixar minha vida passar sem essa
entrega diária, afinal, como me ensinou o garçom austríaco, o tempo é certo e o
cardápio de oportunidades não ficará disponível para sempre!!
Boa semana.
Li outro dia, no livrinho de meditações Encontros com Deus: "Quer fazer Deus rir ? É só contar pra ele seus planos para amanhã" e mais esta "Muitos que planejam entregar sua vida a Deus, as 12h00 morrem às 11h30". Forte né ? Mas como você disse, o tempo é cert e o cardápio de oportunidades não ficarão disponível para sempre. Obrigado pela mensagem. Abraço.
ResponderExcluirEsse pensamento corretíssimo combate aquela nossa filosofia de deixar para amanhã o que temos que fazer hoje. Apropriando a esta situação, deixar pra depois o que se tem que fazer agora. O presente é o único momento que temos em mãos para realizar coisas, tomar decisões, influenciar positivamente, etc.
ResponderExcluirO cardápio é realmente extenso e variado, as conversas distraem e a crença de que podemos dar um jeitinho pra tudo nos tira o foco de que o garçom não vai esperar pra sempre. Essa é uma decisão urgente que deve ser tomada agora e a cada momento. Que Deus nos ajude a não demorar a decidirmos por Ele.
"A vida é muito curta para ser pequena" - Benjamin Disraeli
ResponderExcluirPor isso é tão importante tomarmos sábias decisões, com categoria, sem dar espaço ao erro. E que possamos aprender com os erros quando eles surgirem.