terça-feira, 19 de junho de 2018

COM O AMIGÃO NA COPA - Parte 3


COM O AMIGÃO NA COPA - Parte 3
Airton Sousa – Direto de Paciência – Rio de Janeiro - RJ

Quando eu era mais jovem, gostava de jogar bola com os outros jovens da igreja que eu frequentava, em Campo Grande, no Rio. A gente jogava em um campo cedido pelo Batalhão da Polícia Militar, ao lado do cemitério.

Geralmente, quem montava os times eram os dois melhores jogadores da turma e eu via a cara deles quando eu estava entre os que seriam escalados pra jogar. Eu sempre era o último a ser escolhido pelo time; às vezes nem era escolhido.

O jogo começava e me mandavam jogar na zaga; daí, eu fazia besteira e me mandavam pro gol; aí, eu tomava uns frangos e me mandavam pro banco.

Eu me lembro até hoje, de uma única vez em que eu estava jogando lá na frente e a bola chegou linda nos meus pés; só tinha o goleiro na frente, era chutar e correr para o abraço. Quando o goleiro, o Jeferson, me viu sozinho com a bola, ele disse uma frase que nunca esqueci: “Eu me recuso a levar gol do Zé!”. E simplesmente abandonou o gol. E mesmo assim, eu ainda chutei para fora. Traumatizei, desisti do futebol, mudei pra São Paulo e comecei a torcer para o Palmeiras.

Outro dia, eu estava num evento evangélico, na Vila Olímpica, em Deodoro, quando o telão mostrou um rosto bem conhecido. E mesmo sem o ver há muitos anos, eu reconheci o Jeferson. Confirmei depois pelo WhatsApp. Era ele mesmo. Ainda não nos encontramos pessoalmente aqui no Rio, mas vai acontecer. Aquela época, vou lhe dizer, o futebol jogado naquele campinho... é uma das coisas de que mais tenho saudades!

Mas eu levei pela vida a tristeza de não saber jogar futebol. Eu queria ser um craque, mas não rolou um clima entre ela, a bola, e eu.

A grande questão é: será que Deus se importa com o fato de eu ser o último escolhido no time?


Quando a gente começa a ler e estudar a Bíblia com mais atenção, a gente vai descobrindo que a Bíblia não procura provar a existência de Deus. Ela simplesmente declara que Deus existe e daí para a frente procura nos provar que Ele se importa conosco.

A própria obra da criação é uma prova disso. Quando criou os céus e deu forma à Terra, e criou a luz e as estrelas, o sol e o mar, estava mostrando que queria ter um contato e um relacionamento conosco. Por quê? Porque Ele se importa. A prova disso está em Salmos 8:5,6: “Ele nos fez um pouco menor do que os seres celestiais e de honra e glória nos coroou.”.

Mais esta: “Mas até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.”. (Lucas 12:7)

Se você acha que Deus não se preocupa, saiba que Ele sabe onde você mora, sabe o nome da rua e o número da sua casa. Seu CPF, carta de motorista. Seu sobrenome. Ele não dorme, Ele guarda a sua entrada e a sua saída. Ele sabe quem deixou você, quem o traiu, quem o molestou, quem o feriu. Ele sabe quem você é.

Se o fato de você ser o último a ser escolhido no time, o deixa triste, Deus se importa sim. Com certeza.

Deus se importa com tudo que deixa você triste, ou pra baixo.

Ele ama tanto você que até enviou o próprio Filho para morrer no seu lugar.

Em todos os tempos e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se afigura sombria e o futuro cheio de perplexidades, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem separar-nos de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos aonde quer que vamos, Ele se encontra sempre à nossa direita, para apoiar, suster, erguer e animar." (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pp. 669 e 670).

2 comentários:

  1. Amei Airton!

    Muito legal!


    Denise Jesus (Cesarão)

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  2. Que bom que você gostou, Denise. Obrigado pela leitura. Que Deus te abençoe.

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