FELIZ NATAL!
(AH!, PERA! SÓ ISSO??)
Por Denize Vicente
Nestes dias que antecedem
o Natal as pessoas costumam ficar bem cansadas, geralmente. É uma coisa que
acontece todos os anos. As pessoas, independentemente de crise financeira,
política ou social, não se permitem comemorar o Natal sem trocar presentes.
Amigo oculto, amigo oculto de R$1,99 (ainda existem essas lojas?), amigo oculto
de cartão (que vai sempre acompanhado de, pelo menos, um chocolate), amigo da
onça, inimigo oculto... são apenas algumas das variáveis, mas o certo é que a
maioria das pessoas vai às ruas, aos shoppings, aos bazares, pra descolar uma
lembrancinha que seja, pra presentear alguém no Natal.
E nessa correria as
pessoas vão se cansando. Muito. É o calor, são as lojas cheias, a atenção
redobrada pra fugir de assaltos (às vezes inevitáveis)... tudo isso esgota a
energia, compromete o humor, esvazia o bolso e enche a cabeça do brasileiro.
Nos dias que se seguem ao
Natal a correria continua, mas aí é para trocar os presentes recebidos. A blusa
que ficou apertada, a calça que ‘tá grande demais, o perfume que não agradou...
E lá pelo dia 28 ou 29, presentes trocados, as pessoas começam a se preparar
para a virada do ano.
Nesse pique, muita gente
se dá conta de que o ano tá acabando, blá, blá, blá... e aí começam as
mensagens de ano novo. Tem gente bem criativa ao expressar seus votos de “Feliz
Ano Novo!”, e é também nessa época que as pessoas começam a fazer o balanço do
ano que acaba e definir suas resoluções para o ano seguinte.
Em meio a tudo isso, eu
andei reparando: mensagens de “Feliz Ano Novo!” começam a ser espalhadas antes
mesmo do Natal. Mensagens de “Feliz Ano Novo!” muitas vezes trazem desejos e
reflexões que poderiam muito bem ser feitos no dia do Natal. Mensagens de “Feliz
Ano Novo!” substituem mensagens de Natal. Bem assim!
Para o Ano Novo as pessoas
criam textos e escrevem ou falam coisas que tocam o coração, que fazem você
pensar... No Natal, é o mesmo de sempre: “Feliz Natal!”. No máximo, alguns
acrescentam: “Que Jesus possa nascer no seu coração diariamente!”. Rolam uns
vídeos e tal, mas nada mais que isso...
O que está acontecendo?
Talvez estejamos cansados,
correndo muito, talvez o foco não esteja na coisa certa, talvez a gente nem
saiba o que é o Natal. A história do menino filho de pais pobres (ou, pelo
menos, que não eram ricos), honestos e trabalhadores, que não nasceu na
Perinatal, mas num estábulo, que cresceu sem videogame, skate, camisa do
Barcelona, e ajudava seu pai na carpintaria, que se tornou um homem de bem, mas
muito simples, revolucionário para os costumes e tradições da sua época, rejeitado
pelos que estavam esperando um pouco mais de pompa, da sua parte... e que foi
traído por 30 dinheiros, açoitado até sangrar, e depois morreu, morte de cruz!,
talvez não seja a história de sucesso, cheia de alegria, fogos e brilho que se quer
ouvir no meio da correria do Natal... Como assim “o Salvador do mundo”?
Como assim??
Pois é... A biografia de
um homem que foi concebido no ventre de uma virgem, nasceu num bercinho de
palhas e não teve um quarto decorado, viveu na humildade e morreu morte cruel,
sem merecer, não acaba nisso. No dia em que se comemora o nascimento de Jesus,
deveria ser inevitável falar também da vida desse moço, da Sua morte, e da Sua
ressurreição. Porque isso é o que nos faz entender essa história de “Salvador
do mundo”.
Jesus Cristo, o
aniversariante do próximo domingo (uma data simbólica, você sabe), viveu 30
anos da sua curta existência num vilarejo, pequeno e sem expressão, desenvolveu
seu ministério em apenas três anos e meio, mas causou um impacto fenomenal no
mundo, dividindo a História em “antes” e “depois” de Cristo. Você já parou pra pensar
nisso? Na grandeza dessa história? Na grandeza desse personagem?
Isso não é nada comum,
gente! Viveu pra servir, amou incondicionalmente, defendeu os excluídos, restabeleceu a auto-estima dos desprezados,
restituiu a saúde dos enfermos e debilitados, trouxe de volta à vida quem já
havia morrido, deu esperança, deu pão, água, respeito... morreu (por quê?) e
ressuscitou. No grande conflito entre o Bem e o Mal, Jesus Cristo é o Salvador
da humanidade. É muito mais do que um super-herói.
Cristo, o Filho do Deus
vivo. (Mateus 16:15,
16)
Ele veio – nasceu e morreu
- para que todos tenham vida, e vida em abundância. (João 10:10)
Na verdade as pessoas se esquecem o que estão comemorando. Pensam que o Natal é só troca de presentes e no dia seguinte segue a vida até chegar o próximo Natal. Na verdade o sentimento de amor ao proximo deve ser cultivado em todos os dias do ano! Esse é o verdadeiro espírito Natalino!
ResponderExcluirTá que nem fila, Cris. As pessoas entram sem nem saber pra que é. Tem festa? Tô dentro. E pronto.
ResponderExcluirDamos presentes a quem pode retribuir, comida pra quem tem a despensa cheia, carinho pra quem já recebe o ano inteiro...
Precisamos para um pouco a correria e entender do que se trata, essa coisa de Natal, né não?